QUANDO O PROBLEMA DE UM É PROBLEMA DE TODOS

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.

Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!! A galinha disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer,
a não ser orar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse:
- O quê? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não! Então o rato
voltou para casa abatido, para encarar a ratoeira.

Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira.
No escuro, ela não viu que a ratoeira havia apanhado a cauda de uma cobra
venenosa. E a cobra picou a mulher… O fazendeiro a levou imediatamente
ao hospital. Ela voltou com febre.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma
canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente
principal.

Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou
e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para
alimentar todo aquele povo.

Moral da História:

Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema
e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando há uma
ratoeira na casa, toda fazenda corre risco.

O problema de um é problema de todos!

- Autor desconhecido

É TEMPO DE UNIDADE

Buscando ser fiel à oração do Senhor Jesus Cristo: "para que todos sejam um" (João 17.21), desejo buscar aqui forças em Deus para desafiar nossa denominação e igrejas a “unidade”. Precisamos celebrar essa “unidade”. Celebrar a unidade é fortalecer os laços, é aprofundar o conhecimento mútuo, é crescer em direção à unidade, na prática comum da adoração, do louvor e da oração. Para que haja unidade, é importante que tal prática cresça mais ainda. Em cada um de nossos encontros denominacionais, será importante que se experimente a celebração conjunta. Temos certeza de que, através das celebrações em comum, o Senhor Jesus nos ajudará e fortalecerá no caminho da unidade. Nossas Assembléias são e devem ser uma ótima oportunidade para isso. É a celebração em conjunto e a oração pela unidade que nos fará crescer em fé, esperança e amor, apesar das diferenças existentes.

Não obstante, não se pode ignorar tais diferenças existentes. Ainda que, em muitos aspectos, as nossas igrejas estejam bem próximas umas das outras, entre algumas delas há divergências. E se queremos celebrar o que nos une, é fundamental que em nosso entusiasmo não voltemos a nos magoar reciprocamente, olhando e enfatizando nossas diferenças. O que é possível e normal, e até mesmo essencial para uns, pode não sê-lo para outros, por uma simples razão de costume. O que parece lógico e perfeitamente ajustado na liturgia de minha comunidade pode não sê-lo para a outra. Se desejamos a unidade de nossas igrejas precisamos dialogar constantemente sobre tais questões.

Se desejamos realmente buscar a unidade, temos que evidenciar a expressão de nosso grande anseio e de nossa mais forte esperança por uma unidade cada vez mais efetiva das nossas igrejas, apesar das dificuldades que todos nós sentimos em buscar concretizá-la. Temos certeza de que, no futuro, o Senhor mesmo nos reunirá a todos em torno de sua presença.

A unidade porque as Igrejas aspiram é uma busca espiritual que tem em vista viver em conjunto a comunhão espiritual com a pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. Ela só poderá chegar, quando todos nós buscarmos "a mente de Cristo", "o amor de Cristo", "a fé de Cristo", "a humildade de Cristo", "a disposição sacrifical de Cristo" e de modo geral quando buscarmos tudo aquilo que é de Cristo, quando desejarmos sinceramente viver como Ele quer que vivamos.

Neste delicadíssimo esforço espiritual, surgem dificuldades devidas ao fato de que a maior parte dos homens com muita freqüência apresenta as suas posições, opiniões e considerações como se elas fossem expressões da mente, do amor e, em geral, do espírito de Cristo. As discórdias emergem porque estas opiniões e considerações pessoais e, por vezes, até mesmo as próprias experiências pessoais, não coincidem entre si, nem com a experiência de vida de Cristo. Em boa fé, mediante os diálogos eclesiásticos, procuremos compreender-nos uns aos outros com abundante amor; e procuremos inclusivamente constatar em que e por que motivo se diferenciam as nossas experiências de vida, que se expressam com diversas formulações dogmáticas. Entre tantos estilos de vida, que se exprimem mediante diferentes formulações, procuremos aquilo que expressa retamente, ou pelo menos da forma mais completa possível, o Espírito de Cristo.

Paulo destaca em suas epístolas que o que nos une é o fato de estarmos em Cristo. E isso segundo Paulo, é muito maior do que pequenas diferenças que poderiam existir entre os cristãos. Essas diferenças deveriam ser tratadas com amor, compaixão e as exortações deveriam ser exercidas da mesma maneira. Se estamos em Cristo, nossa motivação deve ser glorificar Seu nome com o que fazemos e como lidamos uns com outros. Por isso, não há espaço para ambições egoístas ou vaidade. Podemos perceber a mesma preocupação de Paulo em Romanos 14:19: “Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua” e Romanos 15:5-7: “O Deus que concede perseverança e ânimo dê-lhes um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só voz vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Para que sejamos um com os irmãos, è fundamental termos Jesus como nosso espelho: Ele se submeteu a Deus, se humilhou, se deu, a fim de que todos o adorem e reconheçam Sua soberania. A unidade da Igreja leva à glorificação do nome de Jesus, atrai as pessoas a Ele e nos leva, enquanto igreja a percebermos nossa dependência e nossa necessidade dele.

Na busca pela unidade, as igrejas precisam da bênção de Deus. Desde os tempos do deserto, o Deus que libertara seu povo do Egito instituiu a sua bênção sobre sua assembléia. Aarão e seus filhos receberam de Deus, através de Moisés, a tarefa de abençoarem o povo dizendo: "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto, e te dê a paz" (Nm 6,24-26).

DEUS SALVE A FAMÍLIA!


É provável que a maioria de nós já tenha ouvido muito esse tipo de exclamação: "Deus salve a América” (God save America), Deus salve a Rainha (God Save the Queen), salve Deus a nossa pátria.

Quando me voltei para o tema DEUS SALVE A FAMÍLIA! Tinha em mente a dura realidade que enfrenta a família ao tentar se manter como uma instituição divina em meio a tantos bombardeios e ataques do inimigo.

Um dos maiores ataques de Satanás tem sido contra as relações entre marido e mulher. O que originalmente deveria significar união permanente (Gên. 2:24; Mat. 19:5; Efés. 5:31), fiel e feliz, acabou por se tornar um retrato da degradação causada pelo pecado. Mas a expectativa de Deus é a restauração do Seu propósito para o casamento, o que só será possível quando os cônjuges conseguirem perceber essa relação como um dom do Senhor. O mesmo pode ser observado nas relações dos filhos para com os pais e vice-versa; o relacionamento entre irmãos e parentes extensivos alcançará o ideal de paz, afirmação e felicidade quando a família for percebida e desfrutada como um presente de Deus ao ser humano.

Quando Deus criou Adão, ele se sentia só. "Nenhum homem é uma ilha" é pensamento amplamente conhecido que traduz uma verdade inegável. Não podemos viver sozinhos. Não podemos, porque o Criador nos fez seres sociais, pessoas para viver em relacionamentos. A vida pressupõe, pelo menos, cinco esferas de relacionamentos fundamentais a serem considerados: (1) Com Deus; (2) com o ambiente natural físico e biológico; (3) com o cônjuge e a família; (4) com os semelhantes; (5) com a sociedade organizada. É mais do que atestado pelas ciências e situações práticas do viver que os seres humanos são tanto mais felizes quanto mais sadios forem os seus relacionamentos. É pensando assim que percebemos claramente que Eva é um presente de Deus para Adão.

Deus salve a família! Por que isso é tão importante hoje? Para quê salvar a família? Para acabar com a solidão eu ousaria responder. Deus disse que não seria bom manter o homem solitário. Assim, criou a mulher para ser-lhe companheira. E que criação maravilhosa, que obra-prima! O homem é um ser sociável, mas também é um ser espiritual, partilhador, que precisa de alguém com quem conversar intimamente, alguém com quem partilhar as alegrias, as tristezas, as vitórias, os fracassos, os projetos, alguém que interaja com ele, que o constranja, que o elogie, que lhe dê carinho e atenção, com quem possa relacionar-se fisicamente. Deus resolveu a solidão, instituindo a família!

Homem e mulher foram criados para serem parceiros, e não concorrentes! Há casais que concorrem entre si, numa disputa impensada e infantil, para ver quem ganha mais dinheiro, quem recebe mais diplomas, quem consegue maior sucesso, quem conquista mais os filhos, quem obtém os melhores elogios, quem vive mais que o outro. Não foi para serem concorrentes que Deus fez homem e mulher, mas "parceiros"!

Sim, a família é um projeto de Deus. Foi pra sermos felizes que Deus a criou. E quando somos resgatados por Cristo somos também restaurados à posição de família conforme o desejo original de Deus. Homem e mulher. Pais e filhos. Deus e seus filhos. Como é lindo!

Que Deus abençoe as famílias do mundo inteiro! "DEUS SALVE A FAMÍLIA!".

O PASTOR E SUAS RESPONSABILIDADES

“Conjuro-te diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino. PREGA A PALAVRA, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.” ( 2 TIMÓTEO 4.1-2).

“PREGA A PALAVRA”

Como é importante no ministério receber do Senhor o que também vai entregar (1 Cor 11.23). Como é importante investir tempo no contato diário com a Palavra de Deus. Para falar das verdades de Deus, será preciso saber Dele.

“Certa feita um grupo de seminaristas foi fazer uma prova. De uma única questão: Fale sobre Deus e sobre o diabo.

Foi-lhes dado 60 minutos para responder.

Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus.

Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu Filho, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que, não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos.

Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página:

FIQUEI TÃO ENVOLVIDO COM DEUS, QUE NÃO TIVE TEMPO PARA SATANÁS.

Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.

“PREGA A PALAVRA”. Por quê?

“... Porque VIRÁ TEMPO em que não suportarão a sã doutrina mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas....” (Vs. 3-4)

Três sugestões sobre como enfrentar um tempo assim:

1) “Vade Retro*” (Mateus 16.23)

(*Isso é Latim, e significa vai para trás, recua).

O exemplo do diálogo entre Jesus e Pedro nos mostra claramente que nem tudo que nos pedem para fazer é possível. Quantas vezes as pessoas estão até bem intencionadas (de boas intenções o inferno está cheio), mas estão também totalmente equivocadas em relação a vontade de Deus. É neste tempo que devemos encher a boca e dizer: “Vade Retro” (vai para trás, recua).

Vejamos o exemplo de Paulo em 2 Timóteo 4.14-15 sobre Alexandre o Latoeiro. Sua recomendação a Timóteo é que deveria evitá-lo.

Um pastor de verdade deve cuidar bem de suas amizades.

a) Um pastor não assenta na roda de escarnecedores. (Salmo 1)
b) Não mantém amizade com o mundo
“Infiéis, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (Tiago 4.4)

c) A histórias de Elias e Acabe (1 Reis 21.20) diz muito sobre os relacionamentos do homem de Deus e sua postura diante do pecado: “Perguntou Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? Respondeu ele: Achei-te, porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau perante o Senhor.”

1) “Vade Retro*” (Mateus 16.23)
2) “Vá de Jetro” (Êxodo 18. 17-24)

Quando o trabalho for árduo e pesado (Números 11. 10 a 15), e o trabalho vai sempre parecer pesado, vá de Jetro.

Não há nada melhor do que o conselho de Jetro para Moisés : “E tu dentre todo o povo procura homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que odeiem a avareza; e põe-nos sobre eles por maiorais de mil, maiorais de cem, maiorais de cinqüenta, e maiorais de dez”.

Todo o homem de Deus precisa se unir a pessoas assim, gente que teme a Deus, homens de verdade. A Bíblia nos diz que Deus ajunta 70 homens (Números 11.16) para fazer a obra. O próprio Jesus envia 70 para a obra de evangelização (Lucas 10. 1).

Paulo é alguém que demonstra ter entendido bem às recomendações de Jetro:
- Chamou Timóteo pra perto dele – 2 Timóteo 4.9
- Ficou firme com Lucas ao seu lado – 2 Timóteo 4.11
- E pediu que buscassem Marcos para estar com ele – (4.11)

Uma boa recomendação para estruturar sua igreja e seu ministério: vá de Jetro.

1) “Vade Retro*” (Mateus 16.23)
2) “Vá de Jetro” (Êxodo 18. 17-24)
3) “Vá Direto” (Efésios 2.18 e 3.12)

Como é precioso no ministério cristão saber que podemos ir direto ao trono do Senhor o nosso Deus. A palavra nos orienta e recomenda a que busquemos cada vez mais essa postura para nossas vidas. “Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito”. (Efésios 2.18). “No qual temos ousadia e acesso com confiança, pela nossa fé nele”. (Efésios 3.12). Um pastor precisa ter contato DIRETO com o Senhor.

Aprender de Deus. Depender de Deus. Ter contato direto com Ele é imprescindível no ministério pastoral.

Uma pequena história nos dá conta de alguém que começou a estudar num seminário teológico, aquela era a primeira vez que o convidavam para pregar e ele tinha certeza que ia ser uma "benção", pois havia se preparado suficientemente.

Encostou a Bíblia no peito e caminhou até o altar feito um general.

No entanto, sua pregação foi um fiasco. Parecia até que Deus o havia deixado sozinho, desamparado, lá na frente de todo mundo.

Saiu de cabeça baixa e só foi até a porta da frente cumprimentar os irmãos porque o pastor da igreja insistiu com ele.

Ele não conseguia entender o que havia saído errado, até que um senhor idoso abraçou-o e coxichou em seu ouvido:

Se você tivesse entrado do jeito que saiu, teria saído do jeito que entrou.

Quantos se perdem exatamente aqui: Depender de Deus em tudo.

Moisés foi um líder que clamou por esse contato direto com Deus e não abriu mão disso – (Êxodo 33.18) “Rogo-te que me mostres a tua glória”.

Isaías exclamava e dizia “Eu vi o Senhor”. (Isaías 6.1).

Ninguém mais do que Paulo sabia como era importante esse CONTATO DIRETO com Deus.
(2 timóteo 4.16) – Ele disse: “Todos me abandonaram”. Mas ele afirmou saber e confiar que Deus estava com ELE: “Mas o Senhor esteve ao meu lado e me fortaleceu, para que por mim fosse cumprida a pregação, e a ouvissem todos os gentios e fiquei livre da boca do leão, E o Senhor me livrará de toda má obra, e me levará salvo para o seu reino celestial a quem seja glória para todo o sempre. Amém." (2 Timóteo 4.17-18)

Amado Pastor,
“Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas: porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” – (I TIMÓTEO 4.16).

A MORTE DA MORTE NA MORTE DE CRISTO

O titulo é de uma obra de John Owen, escritor e teólogo, publicada em 1647. Não vamos discorrer aqui sobre o conteúdo desse livro (de cunho polêmico), cujo objetivo é defender a redenção efetuada por Cristo na cruz apenas para os eleitos e predestinados, conforme ênfase da doutrina da predestinação de João Calvino e teólogos calvinistas.
O título sim, nos chama a atenção: “A morte da morte na morte de Cristo”. Mas o que significa, afinal, a palavra “morte” nas três vezes em que ocorre nesta sentença?

1) A MORTE DA MORTE

Em primeiro lugar, todos os homens são pecadores e, por isso, sujeitos à morte física e espiritual.

Aqui, nos referimos à segunda menção da palavra “morte”.

De acordo com a Bíblia,

“o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12 – NVI).

É a morte do corpo e da alma. Enquanto a morte física separa a alma do corpo, o qual retorna à terra, a morte espiritual afasta o homem de Deus.

O livro de Hebreus ensina-nos que todos nós um dia enfrentaremos a morte: “Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo” (Hebreus 9.27).

E o pecado é o causador dessa separação. O profeta declara:

“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça” (Is 59.2).

Que tristeza! Tanto a morte física quanto a morte espiritual constituem a grande tragédia da humanidade.

2) A MORTE DA MORTE

Em segundo lugar, essas duas mortes, física e espiritual, morrem na vida dos que estão em Jesus Cristo. Quer dizer, a morte que tanto nos aflige e nos tira a alegria já tem sua morte decretada em Cristo.

Essa é a morte mencionada primeiramente no título.

Em outras palavras: a “morte morre”. A morte morre? Estranho, não é?

Bem, a morte eterna, que é a finalização da morte espiritual, já morreu antecipadamente para quem vive para Deus. Jesus diz:

“Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Por isso, Jesus foi levantado na cruz e crucificado “para que todo o que nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.15). A vida eterna anula a morte eterna, a separação definitiva entre o ser humano e Deus. Logo, a vida eterna já nos é assegurada em Cristo nesta vida.

Quanto à morte física, sabemos que não escaparemos dela, a menos que Cristo volte antes que ela ocorra.

Felizmente, há uma certeza para nós: “Ora, o último inimigo a ser aniquilado é a morte” (1Co 15.26).

Quando se dará?

Na ressurreição dos mortos em Cristo, por ocasião da volta do Senhor Jesus. Em 1Coríntios 15.50-55, Paulo diz que quando o nosso Senhor retornar à terra, os vivos subirão com os corpos transformados, isto é, corpos íntegros e imortais. Então, se cumprirá a Palavra de Deus: “Tragada foi a morte pela vitória” (1Co 15.54). A morte por fim morrerá.

Em 1Tessalonicenses 4.16,17, lemos que os que morreram em Cristo ressuscitarão e os que estiverem vivos serão arrebatados com eles para viverem eternamente com o Senhor Jesus. Já em Apocalipse 21.4, está escrito: “E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. Isto é, a morte física terá seu fim.

3) A MORTE DA MORTE NA MORTE DE CRISTO.

Em terceiro lugar, a morte da morte só é possível na morte de Jesus Cristo.

Essa morte é a terceira referida do titulo.

É a “morte” de Cristo que causa a “morte” das “mortes” física e espiritual.

Complicado?

Vejamos. Em 2Timóteo 1.10, Paulo escreve que Jesus Cristo não só destruiu a morte como também trouxe a vida e a imortalidade. Lemos, em Hebreus 2.14,15, o seguinte:

“E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão”.

Quando Cristo morreu na cruz, fazendo-se maldito em nosso lugar, teve o propósito deliberado e planejado de nos conceder vida eterna. “...morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão”. (1 Pe 3:18b).

CONCLUSÃO

Concluímos dizendo que a morte da morte na morte de Cristo é um fato que nos deve levar a amar mais o nosso Senhor.

Por que Jesus Cristo teve de passar pela morte?

Para anular a morte, que foi decretada contra nós por causa do pecado. A morte física, que desaba sobre nós como uma guilhotina sobre a cabeça do condenado, e a morte espiritual, que traz a conseqüente e terrível morte eterna, são inevitáveis resultados do pecado. Mas a vitória do cristão está garantida, como diz o apóstolo:


“Graças a Deus, que nós dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15.57).

OS "CASAMENTOS" DO FUTURO

ATENÇÃO: A situação abaixo é inteiramente uma ficção

Em algum lugar ao redor do mundo, em algum tempo no futuro, um escriturário está cumprindo o seu expediente no balcão de um Cartório de Registro Civil:

“O próximo, por favor.”

“Bom Dia. Nós queremos dar entrada nos papéis para o casamento.”

“Nomes?”

“Pedro da Silva Pereira e João da Silva Pereira.”

“Silva Pereira? Vocês são parentes? Posso ver que se parecem fisicamente.”

“Sim. Somos irmãos.”

“Irmãos? Mas vocês não podem se casar!”

“E por que não? A lei já não contempla o matrimônio de casais do mesmo gênero? Sabemos, inclusive, que muitos têm tido seus registros aqui neste tabelionato.”

“Sim, milhares! Mas nós nunca tivemos casamentos entre irmãos. Isto seria incesto!”

“Incesto? Não! O senhor está equivocado. Nós não somos gays.”

“Não são gays? Então, por que querem se casar?

“Pelos benefícios financeiros, é claro. E, além disso, nós nos amamos, e não temos nenhuma outra pessoa em vista para o casamento.”

“Infelizmente, senhores, nós somente lavramos o registro de casamento de gays e lésbicas para quem a igualdade de proteção legal tem sido negada anteriormente pelas autoridades judiciárias. Se vocês não são gays, podem se casar com mulheres!”

“Um momento! Um homem gay tem todo o direito de casar-se com uma mulher, assim como eu também tenho. Entretanto, simplesmente porque eu sou hetero, não quer dizer que eu queira casar-me com uma mulher. Eu quero me casar com João, meu irmão.”

“E eu quero me casar com Pedro. Este cartório vai nos discriminar simplesmente porque não somos gays?”

Aproxima-se o Oficial do Cartório, e intervém:

“Está bem, está bem! Acalmem-se, senhores. Vamos dar entrada nos papéis e fazer correr os proclamas.”

“Próximo, por favor.”

“Olá. Estamos aqui com o propósito de casarmos.”

“Nomes?”

“Rodrigo Santos, Jane Vilela, Roberto Madureira e Maria do Rosário.”

“E quem vai casar com quem?”

“Todos nós queremos casar uns com os outros.”

“Mas como é isto? Vocês são quatro pessoas!”

“Sim, está certo. Mas, veja, somos os quatro bissexuais. Eu amo a Jane e ao Roberto, Jane ama a mim e a Maria, Maria ama o Roberto e a Jane, e Roberto ama Maria e a mim. Se todos nos casarmos será a única maneira em que poderemos expressar nossas preferências sexuais em um relacionamento matrimonial.”

“Senhores, infelizmente só procedemos o registro de casamento para casais de lésbicas e gays.”

“Mas isto é uma discriminação contra as pessoas bissexuais? Por que não podemos nos casar?”

“Infelizmente é assim mesmo, senhores. Bem... a idéia tradicional do casamento é apenas para casais.”

“E desde quando vocês se regulam e se determinam pela tradição?”

“Bem, o que quero dizer é que a gente tem que estabelecer o limite em algum lugar.”

“De acordo com quem? Não existe uma razão lógica para se limitar o casamento a um casal. Quanto mais, melhor! Além disso, nós reivindicamos os nossos direitos! As nossas autoridades afirmam que a Constituição garante igualdade e proteção legal a todos os cidadãos. O senhor queira, por gentileza, fazer correr os nossos papéis para o casamento!”

O Oficial do Cartório, agora mais atento, aproxima-se novamente, e arremata:

“Está bem, está bem! Será feito, senhores. Fiquem tranqüilos! Aceitam um cafezinho?”

O escriturário, sentindo-se constrangido, e de cabeça baixa e olhos pregados nos papéis, prossegue:

“O próximo, por favor.”

“Nomes?”

“Daniel Costa e Paulo Ricardo Gonçalves”

“Até que enfim um casal normal...!”

“Idades?”

“Daniel , 48 anos, e Paulo Ricardo, 13 anos”.

O escriturário levanta a cabeça e ajeita os óculos.

“Mas isto não é possível, senhor. Este menino é só um adolescente!”

“E qual o problema?”

“Bom...”

O escriturário olha para o Oficial, como a pedir socorro.

“O casamento produz a emancipação do menor, senhor. Já não é assim nos casamentos de heterossexuais?"

“O menor trouxe a assinatura dos pais ou responsáveis?”

“E é preciso?! Não basta apresentar as testemunhas? Elas estão assentadas ali...”

O escriturário já tem o pescoço meio virado para a mesa do Oficial, enquanto Daniel, à frente, repousa o seu braço sobre os ombros de Paulo Ricardo, que está igualmente expectante pela resposta.

“Por favor, dirijam-se àquela extremidade do balcão e resolvam este caso com aquele senhor lá adiante...”

“Próximo”.

“Nome?”

“Davi Januário Assunção.”

“E o outro homem?”

“Sou somente eu. Eu quero me casar comigo mesmo.”

“Casar-se consigo mesmo? O que você quer dizer com isto? Está maluco?”

“Bem, meu analista disse que eu tenho dupla personalidade. Então, quero casar as duas personalidades. Talvez, desta maneira, eu possa fazer uma declaração conjunta de Imposto de Renda e aumentar a minha restituição.”

A esta altura, foi o escriturário que quase teve um surto psicótico, e extravasou:

“Chega! Eu desisto!! Vocês estão fazendo pouco caso do casamento!!”

E, confuso, ele já não sabia mais se poderia oferecer alguma definição do que seja casamento... Aproveitou, e pediu ao Davi::

“Você pode me indicar o seu analista?... Aliás, vocês... xiii”.

"Mais tarde! Pois a fila continua imensa e crescente, e sabe-se lá o que ainda vem por aí."
Como foi dito, a situação acima é inteiramente ficcional ou fictícia. Entretanto, talvez alguém se pergunte: "E isto poderia tornar-se realidade?"


Texto escrito a partir de uma estória que me chegou por e-mail.
O texto reproduz algumas partes da estória

por Gilson Carlos de Souza Santos
Publicado com permissão
Ex Corde (http://www.gilsonsantos.com.br).
© Copyright Gilson Santos 2008 - Direitos Reservados
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O QUE VOCÊ ENTENDE QUANDO LÊ: JOÃO 3:16


"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". (João 3.16)

Creio que uma bela ilustração pode ajudá-lo a encontrar a verdade por trás do texto: "Sem conseguir vender mais nenhuma bala, ele sentou na escada em frente a uma loja e ficou observando o movimento das pessoas.

Sem que ele percebesse, um policial se aproximou. "Está perdido, filho?" O garoto maneou a cabeça. "Só estou pensando onde vou passar a noite hoje... Normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível... O senhor sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite?"

O policial mirou-o por uns instantes e coçou a cabeça, pensativo. "Se você descer por esta rua", disse ele apontando o polegar na direção de uma rua, à esquerda, "lá embaixo vai encontrar um casarão branco; chegando lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga ´João 3.16`”.

Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta. Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa. "João 3.16", disse ele, sem entender direito. "Entre, meu filho". A voz era meiga e agradável. Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha acesso. "Sente-se, filho, e espere um instantinho, tá?" O garoto se assentou e, enquanto observava a velha e bondosa mulher se afastar, pensou consigo mesmo: "João 3.16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que aquece a um garoto com frio".

Pouco tempo depois a mulher voltou. "Você está com fome?", perguntou ela. "Estou um pouquinho, sim... A dois dias não como nada e meu estômago já começa a roncar..."

A mulher então o levou até a sala de jantar, onde havia uma mesa repleta de comida. Rapidamente o garoto sentou-se a mesa e começou a comer; comeu de tudo, até não agüentar mais. Então ele pensou consigo mesmo: "João 3.16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que mata a fome de um garoto faminto".

Depois a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um quartinho com uma banheira cheia de água quente. O garoto só esperou que a mulher se afastasse e, então, rapidamente, se despiu e tomou um belo banho, como há muito tempo não fazia. Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo: "João 3.16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna limpo um garoto que há muito tempo estava sujo”.

Cerca de meia hora depois a velha e bondosa mulher voltou e levou o garoto até um quarto onde havia uma cama de madeira, antiga, mas grande e confortável. Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caia do outro lado do vidro da janela. E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: "João 3.16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que dá repouso a um garoto cansado".

No outro dia, pela manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa e o convidou para o café da manhã.

Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um livro grande, de capa escura. Era uma Bíblia. Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próximo ao garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira doce e amigável. "Você entende João 3.16, filho?" "Não, senhora... Eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi ontem à noite. Um policial que falou". Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3.16 e começou a explicar sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, o garoto entregou o coração e a vida a Jesus. E enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e rolavam face a baixo, ele pensou consigo mesmo: "João 3.16... Ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz um garoto perdido se sentir realmente seguro".

Eu tenho de confessar uma coisa, eu também não entendo como Deus pode mandar Seu Filho para morrer por nós e também não entendo como Jesus concordou com tal coisa. Eu não compreendo a agonia do Pai e de todos os anjos no Céu enquanto viam Jesus sofrer e morrer por nós. Eu não entendo esse imenso amor que Jesus teve por nós, a ponto de ser crucificado na cruz. Eu não entendo muito bem, mas estou certo que isso faz a vida valer a pena, pois Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu único Filho para que todo aquele que nEle crê, não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3.16) Deus não mandou Jesus para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo. Aquele que crer em Jesus não será condenado, mas terá a vida eterna!".

UM ABENÇOADO DIA DOS PAIS

Dizem que o primeiro a comemorar o Dia dos Pais foi um jovem chamado Elmesu, na Babilônia, há mais de 4.000 anos. Ele teria esculpido em argila um cartão para seu pai. Mas a instituição de uma data para comemorar esse dia todos os anos é bem mais recente...
Em 1909, a norte-americana Sonora Louise Smart Dodd queria um dia especial para homenagear o pai, William Smart, um veterano da guerra civil que ficou viúvo quando sua esposa teve o sexto bebê e que criou os seis filhos sozinho em uma fazenda no Estado de Washington.

Foi olhando para trás, depois de adulta, que Dodd percebeu a força e generosidade do pai. O primeiro Dia dos Pais foi comemorado em 19 de junho de 1910, em Spokane, Washington. A rosa foi escolhida como a flor oficial do evento. Os pais vivos deviam ser homenageados com rosas vermelhas e os falecidos com flores brancas. Pouco tempo depois, a comemoração já havia se espalhado por outras cidades americanas. Em 1972, Richard Nixon proclamou oficialmente o terceiro domingo de junho como Dia dos Pais.

O pai brasileiro ganhou um dia especial a partir de 1953. A iniciativa partiu de um jornal do Rio de Janeiro, que se propôs a incentivar a celebração em família, baseado nos sentimentos e costumes cristãos. Primeiro, foi instituído o dia 16 de agosto. Mas, como o domingo era mais propício para as reuniões de família, a data foi transferida para o segundo domingo de agosto. Data que se observa até os dias de hoje.

Na cultura judaica tradicional, o pai é responsável pela educação religiosa dos filhos. O destaque fica para a educação do menino, que, a partir dos 7 anos, começa a aprender os rituais religiosos. Com 13 anos, o pai o leva à sinagoga, onde, depois da cerimônia conhecida como Bar-Mitzva, o garoto se torna membro efetivo e participante da comunidade. Nas famílias judaicas, exemplos de patriarcalismo, os pais recebem todo o respeito e obediência dos filhos.

Na visão de Deus o Pai deve considerar os filhos como plantas de oliveira, ao redor da mesa. (Sl 128.3) O que significa plantas da oliveira?. A oliveira produz oliva que produz o óleo, que simboliza a unção de Deus sobre as pessoas. Quando é citado no salmo como estando ao redor de sua mesa a palavra está falando de comunhão. O que fazemos à roda da mesa? Ceiamos! Ceia fala de comunhão, ou seja, quando a palavra fala dos nossos filhos está sugerindo que nós vamos repassar o amor e conhecimento que temos do Senhor à medida que mantivermos comunhão com os filhos. Que tragédia é hoje o uso demasiado da TV; o trabalho exagerado ou as atividades que nos roubam dos filhos. Nunca repassaremos aos filhos a intimidade que temos com o Senhor, se não tivermos comunhão com eles.

Peço a Deus que o dia dos pais não seja apenas mais um dia comercial, mas que seja um dia muito especial e uma ótima oportunidade para que pais e filhos desfrutem juntos os privilégios e bênçãos de Deus.

A todos os papais desejamos um abençoado dia dos pais.

QUANDO O VENTO SOPRA CONTRÁRIO

"Navegando vagarosamente muitos dias e tendo chegado com dificuldade defronte de Cnido, não nos sendo permitido prosseguir, por causa do vento contrário, navegamos sob a proteção de Creta, na altura de Salmona." (Atos, 27.7)

Há momentos da nossa vida em que os ventos parecem ser contrários. Nada dá certo! Nada funciona! Tentamos, tentamos, mas não vamos a lugar nenhum porque os ventos nos são contrários.

Esta é a conclusão a que chega Lucas pelo fato de que nada estava dando certo na viagem de Paulo, que queria chegar a Roma, mas não estava indo a lugar nenhum.

Dois anos e meio preso, jogado de um lado para o outro, a vida andando em círculos, patinando, seus dias resumiam-se à vida monótona de uma cadeia.

Finalmente, parecia que tudo ia dar certo: ele conseguiu embarcar em um navio que estava partindo para Roma.

Diz o texto que os ventos voltaram a soprar contrário e a viagem de Paulo tornou-se mais um problema, mais uma dificuldade e mais uma provação.

O que fazer quando tudo parece conspirar contra a nossa vida? O que fazer quando, por mais que tentemos nós, não conseguimos ir a lugar nenhum? O que fazer quando em nossa vida os ventos sopram contrário, os céus estão blindados, Deus parece estar em silêncio e o nosso barquinho começa a ser açoitado pelas ondas da vida?

Esse texto nos dá algumas dicas preciosas para enfrentarmos esses momentos de crise:

Devemos reavaliar as nossas prioridades. A crise tem esse efeito didático em nossas vidas. ela nos leva a reavaliar as nossas prioridades. E é exatamente isso o que Paulo e seus companheiros de viagem fazem naquele momento crítico da viagem. Diz o texto que eles não tiveram receio de jogar fora os seus pertences (vv. 18, 19 e 38).

A crise nos leva a reavaliar as nossas prioridades. Ela nos faz ver aquilo que realmente é importante e aquilo que não é importante. Então quando o barco das nossas vidas estiverem sendo açoitados, é hora de revermos as prioridades, é hora de jogar ao mar aquilo que não tem muito valor e nos agarrar àquilo que realmente importa.

Devemos nos agarrar às promessas iniciais de Deus. O navio estava sendo açoitado de um lado para o outro, todo mundo desesperado, mas havia alguém sereno dentro do barco. Quem era? Paulo. Porque ele tinha uma promessa inicial de Deus, dita pelo anjo que aparecera para ele na noite anterior: ele, apesar de todas as dificuldades, iria chegar a Roma para testemunhar de Cristo perante o César.

Os ventos eram impiedosos, o navio estava se partindo, mas Paulo estava sereno porque sabia que Deus jamais deixou de cumprir as Suas promessas. Portanto, quando o barco de nossas vidas não estiver indo a lugar nenhum por causa dos ventos contrários, agarremo-nos às promessas de Deus, porquanto são infalíveis.

Devemos lembrar que Deus não promete sermos poupados de sofrer, mas nos promete sermos poupados no sofrer. Um anjo do Senhor aparece para Paulo, consola-o e anima-o. Porém, não o saca da tempestade. Dá ânimo, mas não lhe poupa do sofrer.

E aqui está o nosso privilégio em termos fé. Deus não nos poupa DE sofrer. Deus nos poupa NO sofrer. Não nos dá pernas ágeis para correr, nos dá ombros largos para suportar o peso da cruz.

Quando o barquinho das nossas vidas estiver sendo açoitado pelos ventos que nos são contrários, devemos sempre nos lembrar dessas verdades que nos dão a certeza de que nossas vidas estão seguras nas mãos do nosso Deus e que toda crise obedece a um propósito determinado dentro de Seu plano eterno.

Que para tanto o Senhor nos abençoe.

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

Certa vez alguém perguntou a um ateu se ele em algum momento de sua vida lutara contra a idéia, mesmo que por alguns instantes, de que talvez realmente existisse um Deus. "Com certeza!" disse o ateu e ainda afirmou: "Anos atrás, quando meu primeiro filho nasceu, eu quase me tornei um crente em Deus. Ao olhar para aquele ser humano tão pequeno e tão perfeito deitado ali no berço; ao ver aqueles dedos em miniatura se mexendo e perceber que aqueles pequenos olhos começavam a me reconhecer, eu passei por um período de vários meses de reflexão, durante os quais eu quase deixei de ser ateu. Ver meu filho pequeno quase me convenceu de que tinha de haver um Deus".

Aconteceu em Genebra, após anos de espera e vários atrasos, o grande acelerador de partículasA existência de Deus e as questões da origem do homem, são presentes na mente humana por toda a sua existência. Saber de onde viemos e para onde vamos sempre foi à pergunta que o homem se fez.
construído pela Organização Européia para Pesquisa Nuclear (CERN), o Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), através do qual se tentará descobrir mistérios como o da origem do Universo, foi apresentado pela primeira vez. Considerada a experiência científica do século - o início do funcionamento do maior acelerador de partículas do mundo, concebido para explorar os enigmas do Universo – começou na quarta-feira (10/09/2008) com sucesso na Organização Européia para a Pesquisa Nuclear. Um gigantesco túnel circular subterrâneo de 27 km, que fica na fronteira entre a França e a Suíça.

Para que todo esse esforço científico? Nos parece a luta do homem para responder a grandes perguntas: "O que é a matéria?", "do que é feita?", "qual é a sua origem?" e "como permanece unida formando objetos tão complicados como as estrelas, os planetas, o ar e os seres humanos?" A tarefa do maior laboratório de física de partículas do mundo, é buscar a resposta para estas questões fundamentais da natureza. Utilizando o que se parece com um "túnel do tempo", os físicos simulam uma viagem até uma fração de segundo após o "Big Bang", a grande explosão que, segundo eles, resultou no universo, de acordo com uma das teorias físicas. O "túnel" de que se trata é um acelerador de partículas: uma infra-estrutura capaz de provocar choques entre as partículas que compõem a matéria e desmembrá-las, tal como se encontravam após o chamado “Big Bang”. E, através dos detectores - equipamentos acoplados no acelerador de partículas, os pesquisadores observam o que se passa a partir do choque dessas partículas, o que os possibilita estudar a estrutura da matéria.

É através desses testes que se procura encontrar as respostas que faltam para completar o Modelo Padrão, ou seja, o quebra-cabeça criado pelos físicos para explicar a origem do universo. A expectativa dos cientistas é poder retroceder as origens do Universo. "Agora estamos em posição de poder retroceder muito mais, até a origem do Universo, e de poder não apenas observar, mas simular estes instantes", declarou o físico italiano de nome Aymar. “Saber de onde viemos e para onde vamos sempre foi à pergunta que o homem se fez", disse Aymar.

Exatamente a procura do que estão os cientistas? Eles procuram, o que alguns estão denominando de: "Partícula Deus". Uma das questões que despertam maior expectativa diz respeito à partícula de Higgs, também conhecida como "partícula Deus", a mais procurada pelos físicos.

Cientistas acreditam que ela dê massa a tudo o que existe, e encontrá-la seria crucial para a nossa compreensão do universo.

Será que essas respostas poderão ser reveladas através de um anel acelerador de partículas que já custou a humanidade mais de 6 ou 7 bilhões de dólares? Creio que temos respostas para todas essas perguntas. Creio que se fizermos a pergunta certa, da forma certa à pessoa certa, Ele nos poderá responder no tempo próprio. Creio que o Universo tem um projetista, e que já se revela ao homem através de sua Palavra. Creio que Deus tem procurado se fazer conhecido mesmo através da ciência. Os cientistas nos dizem que o cérebro é capaz de armazenar e relembrar de milhares de imagens mentais, de solucionar problemas, apreciar a beleza, compreender a si mesmo, e desejar desenvolver-se melhor. As descargas elétricas que se originam no cérebro controlam toda a atividade muscular de nosso corpo. Os computadores também funcionam através de impulsos elétricos. Contudo, foi necessária uma mente humana para inventar o computador, e um ser humano para construí-lo e dizer-lhe o que fazer. Não é de admirar que o salmista concluiu que o corpo humano fala em claro e bom som acerca de um maravilhoso Criador: "Eu Te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Digo isso com convicção." (Salmo 139:14).

Eu creio que Deus tem se revelado a nós através da Bíblia. A Bíblia não busca provar a Deus - ela declara Sua existência. Dr. Artur Conklin, um renomado biólogo, escreveu certa vez: "A probabilidade de que a vida tenha se originado de um acidente é comparável à probabilidade de que um dicionário não abreviado tenha surgido à partir da explosão de uma gráfica."

Na minha opinião este Projetista do Universo é o Deus Criador que sabiamente tudo fez. Fez o mundo e tudo o que nele há. Se fez em um dia de 24 horas ou de milhões de anos, não sabemos ao certo, mas o importante é sabermos que nos fez. Tudo indica que o Criador, na sua superior sabedoria, providenciou um manual de instruções humano chamado Bíblia Sagrada. (Um manual de boa educação e de exemplos de vida para nos orientarmos, com sensatez, a fim de sermos em tudo bem-sucedidos.) Além disso, disponibilizou a todos os que crêem o “Espírito Santo” por intermédio da correta aplicação da fé e da oração. O Espírito Santo está disponível como extraordinário socorro e contínuo veículo de comunicação, de ação e de inspiração divina (inspiração procedente do Criador).

Diante de experimentos científicos tão grandiosos, me proponho a orar pelo futuro da humanidade. Temo pelos resultados envolvidos nesse processo. As causas, benefícios e malefícios envolvidos podem ser incalculáveis, pois suas variáveis não estão sob o controle da ciência. Podemos estar diante de grandes avanços, e ao mesmo tempo mergulharmos numa crise sem precedentes.

Para encerrar afirmo o que creio: “No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis 1.1). Isso já nos revelou a Bíblia. E creio mais do que nunca: “ O justo viverá pela fé” (Habacuque 2.4, Romanos 1.17). Que para tal tempo nos guarde o Senhor e nos abençoe.

ORDEM E REGRESSO!

Quando lemos um título como esse, temos em nossa mente a impressão de que algo não parece estar muito certo. Também tive a mesma impressão ao redigi-lo.
A sentença a que estamos acostumados diz: “Ordem e Progresso”. Mais do que um simples lema na bandeira brasileira, por detrás deste lema, estão as idéias positivistas de Augusto-Comte que impregnaram o nascimento e a formação da República brasileira. Foram numerosas as influências do positivismo na organização formal da República brasileira, entre elas o dístico Ordem e Progresso da bandeira; a separação da Igreja e do Estado; o decreto dos feriados; o estabelecimento do casamento civil e o exercício da liberdade religiosa e profissional; o fim do anonimato na imprensa; a revogação das medidas anticlericais e a reforma educacional proposta por Benjamin Constant.

Ao buscar a República muitos sonhavam com uma República que traria ORDEM E PROGRESSO. Esse movimento era o grande sonho dos brasileiros da época. Havia muitos pequenos clubes republicanos, porém, depois de algumas guerras e conflitos internos, nossos sonhadores começaram a perceber que a República não passava de um sonho.

No Brasil em que vivemos o que mais queremos é continuar buscando ordem e progresso! Esse é um Sonho ainda a ser concretizado.

E na denominação? O que esperamos? Com o que estamos sonhando?

Decidi buscar em Deus forças para reformular uma sentença: “Ordem e Regresso”.


Não haverá ordem sem regresso! Nem Progresso sem Ordem. Penso ser isso o que diz a palavra de Deus: "Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete candeeiros de ouro: Conheço as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua perseverança; sei que não podes suportar os maus, e que puseste à prova os que se dizem apóstolos e não o são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança e por amor do meu nome sofreste, e não desfaleceste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras “. (Apocalipse 2.1-5)”.

A igreja de Éfeso estava realizando grandes feitos, grandes “obras” e Deus estava vendo isso. Deus queria, no entanto uma coisa: REGRESSO. Era preciso voltar. Lembrar-se de onde caiu e praticar as primeiras obras. Deus desejava ardentemente o “Regresso” de sua igreja ao primeiro amor.

Alguém escreveu uma canção que expressa isso de forma muito clara. “Quero voltar ao inicio de tudo. Encontrar-me contigo Senhor. Quero rever meus conceitos e valores. Eu quero reconstruir. Vou regressar ao caminho, rever as primeiras obras, Senhor. Eu me arrependo, Senhor, me arrependo Senhor, me arrependo, Senhor. Eu quero voltar ao primeiro a mor”.

Creio profundamente que Deus espera isso de nossa denominação. Um processo de reorganização espiritual. Rever conceitos e valores. Reconstruir. A Ordem começa com Regresso. Uma grande revisão precisa ser feita e deve começar não no âmbito administrativo, mas, no âmbito espiritual.

Muitas são as pessoas que tem perseverado, e sofrem por amor de Cristo, porém sua fé não é mais com antes, seu coração anda preocupado com muitas coisas. Sua busca para com Deus, não é como outrora. O Espírito Santo quer que o seu coração seja 100% para Ele, e para isto, deve acontecer de sua parte uma entrega total a Ele. Com o passar do tempo a tendência de muitos é esfriar-se em sua comunhão com Deus, passando a dar mais importância às coisas do mundo, portanto, a partir de hoje, devemos colocar as coisas de Deus em primeiro lugar, voltar ao primeiro amor. Buscar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento, de toda a alma, e então, todas as demais coisas serão acrescentadas. Esse é o regresso proposto por Deus em sua Palavra.

Pensamos até aqui no Regresso e como fica a Ordem?

Como dissemos anteriormente sem regresso não há ordem. Na Palavra de Deus o que abre as portas para o regresso é o arrependimento, o ato de cair em si, e decidir voltar e começar de novo.

Na Palavra de Deus, o rei Ezequias recebeu Dele um ultimato: 'Põe em ordem a tua casa “(Isaías 38)”. Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta Isaías e lhe disse: Assim diz o Senhor: 'Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás' “– (Isaías 38:1). Ezequias era um piedoso rei de Judá. Muita coisa fez para exaltar o nome do Todo-Poderoso Deus. Homem de retidão, de grandes empreendimentos, de reformas sociais e espirituais; homem de pureza e santidade. Apesar, disso tudo, não estava preparado para morrer. Deus lhe enviou o profeta Isaías para lhe dizer que morreria e por isso precisava por em ordem a sua casa”.

Bem! O processo de “colocar tudo em ordem” no caso de Ezequias, começou com um arrependimento por parte do rei. Ezequias se arrependeu, com lágrimas, diante do Senhor Deus e Ele lhe perdoou o pecado e lhe prolongou a vida. (Isaías 38.5-6).

Creio que para este tempo, Deus requer de nossa denominação: “Ordem e Regresso”. Isso requer esforço e dará muito trabalho. Contudo, é isso que Deus espera de nós.

A Graça de Deus será a nossa força, sua Palavra será a nossa fonte e nossa fé a motivação para continuar crendo!

Ordem e Regresso: Palavras de Deus para este tempo.

O CAVALO DE ROMA E O SENADO DE DE TRÓIA


"Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus." (Salmos 20.7)
A maioria de nós ao ouvir a expressão “Cavalo de Roma” não deve se lembrar muito de algum fato histórico com esse título.

Provavelmente o fato mais comum com um tema semelhante a esse seria: “O Cavalo de Tróia”. De acordo com a lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, na chamada Guerra de Tróia, um grande cavalo de madeira foi deixado junto às muralhas de Tróia. Construído de madeira e oco no seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro da sua barriga. Deixado à porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria um presente como sinal de rendição do exército inimigo. Durante a noite, os guerreiros deixaram o artefato e abriram os portões da cidade. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Tróia, tomar a cidade, destruí-la e incendiá-la. Essa é uma tragédia bem conhecida pela maioria de nós.

E o Cavalo de Roma? Quem se lembra dele? A que tragédia está associado o Cavalo de Roma? Essa não é uma tragédia muito lembrada pelos historiadores, ou mesmo contada pelo povo. Trata-se da tragédia no Senado de Roma. A desmoralização por lá chegou a tal ponto que o imperador Calígula, neto de Tibério, resolveu escarnecer do Senado e nomear seu cavalo Incitatus como senador de Roma. Na época, o Senado demonstrava merecer tal fato, tal era o nível dos seus ocupantes e a devassidão em que viviam no Senatus Populus que Romanus.

O Cavalo de Roma de nome Incitatus, não era um cavalo comum, afinal, diz Suetônio, escritor daquele tempo. Tinha cerca de dezoito criados pessoais, era enfeitado com um colar de pedras preciosas e dormia no meio de mantas de cor púrpura, que era a cor destinada aos trajes imperiais, um monopólio real. Tanto assim, que lhe foi dedicada uma estátua em tamanho real de mármore com um pedestal em marfim.

O Cavalo de Roma nos faz pensar na seguinte questão: O que faria Incitatus no Senado? Parece que isso não importava muito. Para Calígula, ele tinha mais utilidade do que aquele grupo de homens enrolados em suas mantas, ditando regras, tomando sauna e envolvendo-se em fofocas da velha Roma. O Senador e Cavalo de Roma foi uma bela homenagem ao Senado romano. Ambos passaram para a História.

Quando penso em Senado, isso me lembra senil, sênior, senhor, idoso, velho e em alguns casos, infelizmente, raríssimos, quer dizer sábio. Em Roma, era do Senado que vinham as melhores idéias, as leis mais importantes e, como não poderia deixar de ser, as piores façanhas.

A façanha do Cavalo de Roma é para nossa sociedade atual uma tragediosa lembrança de que se descuidarmos da seriedade de nossas instituições políticas, se nossas instituições estiverem entregues nas mãos de homens descomprometidos com a moral e a ética, estaremos, cada vez mais perto da idéia de termos de volta um Cavalo no Senado da República.

Hoje ainda acho que a pior história do Cavalo é a de Roma, mas, já há por aí “Senados de Tróia”: Ocos! Absurdamente ocos no seu interior.

Do jeito que a coisa anda, é bom fazer menção do nome do Senhor nosso Deus.

APRENDA A BUSCAR O SIM NA TERRA DO NÃO


“...Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do Maligno” (Mateus 5.37).
Não sei não! Essa é uma frase muito comum e utilizada quase sempre por todos. Quantas vezes usamos o não sem pensar? Quantas vezes dizemos não, quando deveríamos dizer sim. Em se tratando de não, é bom pensar se o nosso não, não é sempre aquele não cheio de pessimismo para com o mundo e as pessoas ao nosso redor. Precisamos aprender a lutar contra o não, quando esse tratar de pessimismo ou mesmo de superação.

Certa vez eu decidi fazer uma viagem pela terra do não enquanto lia um livro sobre esse assunto[1]. A primeira pessoa que encontrei na terra do não foi um sujeito de nome bem diferente: Hen Tusiasmo. Ele era uma pessoa muito animada e sempre com boas idéias. Um dia, Hen Tusiasmo, passeando pela terra do não, decidiu abrir a primeira porta que encontrou pela frente. Ao entrar, ele encontrou por lá, escondido atrás de uma pilha de papéis o Sr Nem Morto. Hen Tusiasmo foi puxando uma conversa aqui, falando de sonhos ali, quando decidiu perguntar a seu novo amigo da terra do não, o que achava de seus sonhos, Nem Morto, sem fazer a menor cerimônia, assim respondeu: - nem morto posso fazer parte disso! Pobre do Hen Tusiasmo. Suas esperanças de se dar bem na “terra do não” foram frustradas ali mesmo.

Uma outra pessoa muito comum que anda pela terra do não é a Srª Temki Seragora (uma coreana). Ela é muito conhecida por sua pressa em ver as coisas acontecerem. Num de seus encontros, marcou uma reunião com o Sr. Tauvez Maistarde (um colombiano). A reunião era para falar de seus projetos e sonhos imediatistas. Após apresentar seu projeto, quando lançou a pergunta para saber o que o Sr Tauvez achava, ele subitamente disse: Agora NÃO! Talvez mais tarde. Quem sabe numa outra oportunidade teremos condição de apreciar suas idéias.

Por essas duas experiências na terra não, talvez achemos difícil que haja um sim perdido em algum lugar nessa terra.

Como em todo lugar a terra do não também recebe seus novatos. É o caso da Srª de nome Sou Novaqui (de origem russa). Ela começou a sua aventura na terra do não, procurando expor seu projetos e novos sonhos para aquele lugar. Quando tinha tudo pronto para apresentar e emplacar seu novo projeto para a terra do não, seus superiores imediatos, o tesoureiro de nome Acabou A. Grana (um português) e o gerente financeiro o Sr. Histátus Quo (um grego) , logo lhe interromperam na apresentação de seus sonhos, mostrando em números exatos e gráficos estatísticos a dura realidade da terra do não. Ao final ainda lhe recomendaram umas aulas com o professor do Campus Universitário o mestre Apren Diznão (um italiano). Disseram que com ele, ela estaria bem orientada, e que encontraria nele um ótimo discipulador para os novatos e inexperientes na terra.

Em outras andanças pela terra do não encontramos dois sujeitos interessantes, o jovem Polko Ynformado (um japonês) e o experiente Kerô Maisdados (chinês). O pobre Polko Ynformado também não teve sorte na terra do não. Ao falar de seus sonhos e de seus projetos, logo foi interrompido, ao ouvir um grande brado do experiente Kerô Maisdados. Disse ele: - muito resumido, tem pouca informação, isso não é suficiente, quero mais dados. Se você me entende, então me ouça, quero mais dados, isso só não é o suficiente.

Se nessa terra existisse um diploma de BACHAREL EM NÃOLOGIA, muitos seriam diplomados com certeza. Muitos alunos estariam formados na Universidade no vale do Naumvale Apena (você já deve ter ouvido falar desse lugar).

Uma boa pergunta agora seria: existe mesmo como encontrar um sim na terra do não? Deixe-me apresentar três amigos que muito podem ajudar: o Sr Es Forço, o jovem Dis Posição e a linda menina Flexi Bilidade. Eles podem ajudar e muito nessa jornada. Na terra do não é bom procurar essa turma, pois será difícil viver nessa terra sem buscar a ajuda dessa turma. Você vai precisar deles, quando pelo caminho encontrar com gente do tipo do seu Tô A. Tolado, um ocupadíssimo senhor e que nunca tem tempo pra nada, nem pra ninguém. Outro sujeito difícil também de lidar é o seu Ivo Cêtálouco. Ele é do tipo de pessoa que nunca vê com bons olhos o que você acha ou pensa.

Se você acha que já conhece todos na terra do não, então espere até conhecer dois chilenos exilados nessa terra. Eles não são fáceis. É muito provável que você já tenha encontrado com algum deles. São os irmãos gêmeos Jávi e Jáfiz, cuidado ao conversar com eles. Você vai descobrir que quando se trata de qualquer assunto eles dizem: - Isso eu já vi! Não funciona. Isso já fiz e também não dará certo.

Bem! No final de nossa jornada encontramos uns poucos que numa terra tão árida se deram bem, mesmo quando tudo lhes parecia contrário. O primeiro deles é o Sr. Perseu Verança (um italiano). Esse não é brincadeira não, nunca desiste fácil, vai lutando até conquistar um sim pela frente. O outro é o Sr. Dev Serpaciente. O Sr Dev também é muito paciente e sabe esperar a hora certa para agir. Eles conhecem bem os segredos dessa terra do não.

Encontrar o SIM na terra do não pode parecer simples, mas não é fácil. Se fosse fácil qualquer um conseguiria. Para encontrar um sim, às vezes será preciso buscar o que se quer. Será preciso coragem, muita coragem para enfrentar o desconhecido. Para se alcançar um sim, algumas vezes será preciso não se deixar abater por um não. Um não, não deve e não pode ser o fim do mundo. Quem sabe esse não é um bom começo, uma grande oportunidade pra tentar um outro caminho, uma nova oportunidade de recomeçar.

Não perca tempo, continue sua busca pelo SIM, ele está sempre por aí, perdido no meio da terra do Não.

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[1] GALLAGHER, BJ e VENTURA, Steve. Sim na Terra do Não. Uma Fábula sobre superação do pessimismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.