A MÚSICA ERA DIFERENTE

Certa vez, um velho fazendeiro foi passar um fim de semana na capital e no domingo, visitou pela primeira vez uma grande igreja. Quando chegou em casa, a mulher lhe perguntou como fora aquilo.

- Bem, - disse ele - gostei do culto deles, sabe? Mas eles fizeram uma
coisa diferente. Em vez de entoar hinos, cantaram músicas de louvor.
- Músicas de louvor? O que é isso?
- Não é nada ruim, sabe? Essas músicas são mais ou menos que nem hinos,
só que diferentes.
- Diferentes de que jeito?
- Como é que vou explicar? Ah, já sei: Se eu dissesse para você: "As vacas invadiram o milharal", isso seria um hino. Mas vamos imaginar que eu diga a você:

"Marta, Marta, oh! Marta, MARTA, MARTA,
As vacas, as grandes vacas,
as vacas marrons, as vacas pretas,
As vacas brancas, as vacas malhadas,
as VACAS, VACAS, VACAS
Invadiram o milharal, estão no milharal,
se encontram no milharal,
MILHARAL, MILHARAL, MILHARAL!"

Então, se eu repetisse tudo isso umas duas ou três vezes, a coisa seria uma música de louvor.

(Na mesma hora, estava acontecendo um caso paralelo...)

Um jovem cristão carismático foi visitar parentes e assistiu à pequena igreja de que eles faziam parte. Quando voltou para casa, a mulher lhe perguntou como fora aquilo.

- Bem, - disse o jovem - gostei do culto deles, sabe? Mas eles fizeram
uma coisa diferente. Cantaram hinos, em lugar das músicas de louvor.
- Hinos?! - exclamou a esposa. - Que é que é isso?
- Não é nada ruim, sabe? Hinos são mais ou menos que nem músicas de louvor, só que diferentes.
- Diferentes de que jeito?
- Como é que vou explicar? Ah, já sei. Se eu dissesse para você: "Marta, as vacas invadiram o milharal", isso seria como uma música normal. Mas vamos imaginar que eu diga a você o seguinte:

Marta, oh! Marta, escuta o clamor;
Inclina o ouvido às palavras da minha boca.
Volve o maravilhoso ouvir, agora e sempre,
Para a justa, a única, a gloriosa verdade.

Pois o caminho dos animais, quem o explicará?
Visto que em suas cabeças não se encontra sombra de juízo.
Declaro que os bichos, abaixo do sol de Deus ou da sua chuva,
Não sendo barrados, por cerca cabal, do suculento milho,

Sim, as mesmas vacas, buscando rebelde e bovino prazer,
Têm rompido os grilhões, desprezando o estábulo.
Instigadas por forças das trevas brumosas,
Devoraram, sem dó, o melhor do meu milho.

Marta, aguardemos o brilho feliz
Desse dia em que a Terra se renovará.
Nenhum bicho fará a minha alma chorar,
Pois vaca nenhuma no milho estará.

Aí, se cantássemos somente as estrofes um, três e quatro, isso seria um hino!

A Soma dos Talentos
Michel Quoist

Se a nota dissesse:
Não é uma nota que faz uma música
...não haveria sinfonia.

Se a palavra dissesse:
Não é uma palavra que pode fazer uma página.
...não haveria livro.

Se a pedra dissesse:
Não é uma pedra que pode montar uma parede.
...não haveria casa.

Se a gota dissesse:
Não é uma gota que pode fazer um rio.
...não haveria oceano.

Se o grão de trigo dissesse:
Não é um grão de trigo que pode semear um campo.
...não haveria colheita.

Se o homem dissesse:
Não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade,
Jamais haveria justiça e paz, dignidade e felicidade na terra dos homens.

Como a sinfonia precisa de cada nota.
Como o livro precisa de cada palavra.
Como a casa precisa de cada pedra.
Como o oceano precisa de cada gota de água.
Como a colheita precisa de cada grão de trigo.
A humanidade inteira precisa de ti,
Pois onde estiveres, és único e, portanto, insubstituível.

Textos Sermão Pr. Silvado 25/04/2010 - IBB

PRECISAMOS ESTUDAR A BÍBLIA?

Você precisa ser ensinado? Precisa estudar a Bíblia? Algumas igrejas e alguns líderes religiosos não incentivam o estudo da Bíblia, até dizem que a busca de conhecimento da palavra prejudica. Vamos considerar argumentos usados para desestimular o estudo das Escrituras, em contraste com as instruções da própria Bíblia.
§ Alguns afirmam que o crente não precisa de ensino, pois o Espírito o guia. Procuram apoio das Escrituras. Por exemplo, João diz “Não tendes necessidade de alguém que vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas...” (1 João 2:27). Olhando melhor o contexto, percebemos que João alerta os discípulos sobre o perigo de deixar a verdade que já aprenderam para seguir enganadores (1 João 2:26-28).

Alguns aplicam às pessoas erradas as orientações que Jesus deu aos apóstolos: “O Espírito Santo ... vos ensinará todas as coisas” (João 14:26); “ele vos guiará a toda a verdade” (João 16:12); “não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque ... vos será concedido o que haveis de dizer, visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito ... que fala em vós” (Mateus 10:19-20). O Espírito revelou o evangelho diretamente aos apóstolos, mas eles deixaram esta mensagem escrita para as gerações posteriores (João 20:30-31; Hebreus 2:1-4; 2 Pedro 1:12-15). A pessoa que não estuda negligencia a palavra de Deus!

§ Alguns dizem que o estudo é perigoso, porque “a letra mata”. Uma tática para fugir do ensinamento da Bíblia é citar 2 Coríntios 3:6 – “a letra mata, mas o espírito vivifica”. Mas o contexto mostra que a “letra” representa a Antiga Aliança, e o “espírito”, a mensagem do Novo Testamento. Devemos estudar para ter a vida!

§ Muitos desestimulam o estudo para manter seu poder sobre os “leigos”. Os sacerdotes e fariseus, na época de Jesus, desprezaram as pessoas comuns (João 8:49), e muitos pastores hoje usam seus diplomas e títulos para manter suas posições de superioridade. E muitas ovelhas se contentam com a própria ignorância, exaltando seus líderes.

Mas Jesus não quer seus seguidores ignorantes! “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertarᔓé o poder de Deus para a salvação” (João 8:32); O evangelho (Romanos 1:16); “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17); “tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine” (Hebreus 5:12); “acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma.... Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem-aventurado no que realizar” (Tiago 1:21-25). As Escrituras servem para nos ensinar e nos habilitar para toda boa obra (1 Timóteo 3:16-17). Devemos estudá-las com diligência.

Há algumas sugestões práticas que podem ajudar a desenvolver bons hábitos no estudo da Bíblia por toda a vida:

1. Leia, leia, leia! O passo mais importante no estudo efetivo é a leitura do texto. Isto deverá envolver pelo menos dois tipos de leitura: (a) Leitura geral do texto da Bíblia para tornar-se cada vez mais familiar com a mensagem da Bíblia como um todo, e (b) Leitura mais cuidadosa de textos específicos que você estiver estudando.

2. Procure entender o contexto. Um dos erros mais comuns no estudo e ensino da Bíblia é tirar um versículo do seu contexto para interpretá-lo de um modo que vai contra o significado do texto e contra o amplo contexto da Bíblia como um todo. Se você estiver estudando um capítulo, olhe primeiro o livro onde foi encontrado. Se estiver estudando um versículo, leia pelo menos o capítulo que o envolve. Muitos erros serão evitados pela cuidadosa consideração do contexto em cada estudo. Ajuda no entendimento da Bíblia procurar respostas para questões simples, tais como: Quem está falando a quem? Por quê? Quando e onde tudo isto ocorreu?

3. Observe que tipo de texto você está estudando. É uma narrativa que relata uma parte da história da Bíblia? Está o autor desenvolvendo um argumento para explicar ou refutar alguma doutrina? É uma profecia? Contém o texto mandamentos específicos? É uma parábola? É parte do Novo Testamento (que se aplica nos dias de hoje) ou da velha lei (que governava os judeus do Velho Testamento)?

4. Entenda as palavras que você está estudando. Neste ponto, aquele dicionário da Bíblia ou outra tradução pode ser muito útil.

5. Procure auxílio em outras passagens. Muitos dos mais difíceis textos da Bíblia são esclarecidos por mais simples afirmações em relatos paralelos ou similares. A Bíblia é o seu próprio e melhor comentário! Desde que verdade nunca contradiz verdade, é nossa responsabilidade estudar diligentemente para reconciliar as discrepâncias aparentes.

6. Estude para conhecer a verdade, não para defender crenças pessoais ou tradições humanas.

7. Faça anotações. Muitas pessoas acham muito útil o uso de um caderno para anotar as observações sobre o texto, perguntas que elas querem saber, etc. Mais leituras e estudo muitas vezes responderão a dúvidas ou questões, por isso é bom ter anotações que você possa usar para aumentar o seu conhecimento.

8. Lembre-se de que a Bíblia nos dá o que necessitamos, mas nem tudo o que poderíamos querer. A infinita sabedoria de Deus está além da nossa compreensão, e há muitas coisas que poderemos querer saber que não estão reveladas na Bíblia (veja Deuteronômio 29:29). Temos que aprender a contentarmo-nos com o que Deus disse e não devemos nos permitir opinar e presumir para falar onde ele não falou.

por Dennis Allan.
(www.estudosdabiblia.net)

VITÓRIA PÍRRICA OU VITÓRIA DE PIRRO?

Uma vitória onde todos saem perdendo?
Já pensou seriamente sobre isso?

Vitória pírrica ou vitória de Pirro é uma expressão utilizada para expressar uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis.

Esta expressão tem origem em Pirro, general grego que, tendo vencido a Batalha de Ásculo contra os Romanos com um número considerável de baixas, ao receber os parabéns pela vitória tirada a ferros, teria dito, preocupado: "Mais uma vitória como esta, e estou perdido."

Com efeito, Pirro tivera, além da Batalha de Ásculo, mais uma vitória parecida contra os Romanos, a Batalha de Heracleia. Embora os Romanos tivessem tido um número superior de baixas, era-lhes mais fácil recrutar mais homens e reorganizar o seu exército, algo impossível para o exército de Pirro, cujas baixas lhe dizimavam o exército irreparavelmente.

Esta expressão não se utiliza apenas em contexto militar, mas também está, por analogia, ligada a atividades como a economia, a política, a justiça, a literatura e o desporto para descrever uma luta similar, prejudicial para o vencedor.

Dario e Alexandre III, o Grande ou Magno, na Batalha de Isso
A infância e juventude de Pirro foram bastante atribuladas. Tinha apenas dois anos de idade quando o seu pai foi destronado. Mais tarde, aos 17 anos de idade, os Epirotas chamaram-no para governar, mas Pirro acabou por ser destronado novamente. Nas guerras entre os diádocos, após a divisão do Império de Alexandre III, tomou parte pelo seu cunhado Demétrio I da Macedónia e lutou a seu lado na Batalha de Ipso (301 a.C.). Mais tarde, tornou-se refém de Ptolomeu I do Egipto, num acordo entre este e Demétrio. Pirro casou com Antígona, filha de Ptolomeu I. Em 297 a.C. restaurou o seu reino no Épiro. De seguida, declarou guerra a Demétrio, seu antigo aliado. Em 286 a.C. depôs o seu cunhado e tomou controlo do reino da Macedónia. Dois anos depois, porém, o seu ex-aliado Lisímaco expulsou-o da Macedónia.

Até então o que Pirro não imaginava é que há certas batalhas em que ninguém sai ganhando. Em 281 a.C., a cidade grega de Tarento, no sul da Itália, foi tomada de assalto pelos Romanos. A derrota dos Tarentinos parecia certa. Na altura, Roma já crescera suficientemente para partir à conquista - com sucesso - da Magna Grécia, ou Itália do Sul. O povo de Tarento não teve outra solução que não pedir o auxílio de Pirro.

Pirro foi encorajado a ajudar os Tarentinos por influência do oráculo de Delfos. A suas pretensões, no entanto, ambicionavam mais. Pirro almejava forjar um império em Itália. Para isso, tornou-se aliado do rei Ptolomeu da Macedónia e o seu vizinho mais poderoso e chegou à Itália em 280 a.C..

A sua força militar era extraordinária: 3.000 cavaleiros, 2.000 arqueiros, 500 fundeiros, 20 000 tropas de infantaria e 19 elefantes de guerra. Com ela, o objectivo de Pirro era não só evitar a conquista de Tarento pelos Romanos, como subjugá-los.

Devido à superioridade da sua cavalaria e dos seus elefantes, derrotou os Romanos na Batalha de Heracleia. Os Romanos perderam cerca de 7.000 homens, ao passo que Pirro perdeu 4.000. Embora o número de baixas fosse alto, a Batalha de Heracléia não costuma ser considerada uma vitória de Pirro. Desde esta vitória, várias tribos e as cidades gregas de Cróton e Locros juntaram-se a Pirro. Este ofereceu aos Romanos um tratado de paz, que foi prontamente rejeitado. Pirro passou o Inverno na Campânia.

Quando Pirro invadiu a Apúlia (279 a.C.) os dois exércitos defrontaram-se na Batalha de Ásculo onde Pirro obteve uma vitória muito a custo. Os romanos perderam 6.000 homens e Pirro perdeu 3.500. Foi um duro golpe no exército de Pirro, que não aguentaria outro desfalque semelhante contra os romanos.

Pense nisso! Há certas lutas que travamos em que todos saem perdendo. Uma vitória obtida a alto preço, potencialmente acarretadora de prejuízos irreparáveis.
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Carlos Elias S. Santos
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A EBD NA ÓTICA DO PROFESSOR E DO ALUNO

È sempre bom lembrar, pois tem sempre gente nova chegando na igreja. A EBD – Escola Bíblica Dominical, é o espaço que a igreja local reserva para o estudo dominical da Palavra de Deus. É nesse horário reservado no domingo, que nós os alunos da EBD nos encontramos para estudar a Palavra de Deus. Especialmente no mês Abril, que é o mês da EBD, damos uma ênfase maior ao seu trabalho e a sua importância.


O início da Escola Dominical, como a conhecemos hoje, deu-se em 20 de julho de 1780 na cidade de Gloucester. Era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial. Foi da visão de Robert Raikes, fundador da Escola Dominical que recebemos o pontapé inicial do trabalho que ainda hoje realizamos.

Pensemos na EBD na ótica do aluno. O segredo de uma EBD eficaz depende, e muito, do aluno. E como deve ser o aluno da EBD? Qual o perfil do aluno ideal? Antes de respondermos essas perguntas, é importante dizer que por aluno ideal não nos referimos, propriamente, a um ser extraordinário: brilhante, gênio, super intelectual. Não, o aluno ideal é antes de tudo uma pessoa bem intencionada. Como assim? Ele é dedicado: Assíduo, pontual, responsável. Vai à EBD com prazer e não para dizer simplesmente “estou aqui”, “cheguei” ou “agora o pastor não vai pegar no meu pé”. O verdadeiro aluno da EBD não pensa assim. Ele faz a lição de casa. Lê a Bíblia e sua revista; anota suas dúvidas e vem disposto a colaborar seriamente na sala de aula.

É lamentável quando o aluno vai à EBD sem ter estudado durante a semana; sem sua Bíblia e/ou sem revista. E olha que eu não estou falando dos pequeninos, e sim, de gente grande mesmo! Pode parecer grosseiro de minha parte, mas muitas vezes eu me ponho a pensar: “O que alguém que não leva Bíblia, revista (ou algo semelhante), e que não estuda em casa vai fazer na escola dominical?”. Aprender? Duvido! Não se pode aprender quando o básico é menosprezado.

Pensemos na EBD na ótica do professor. O bom professor é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em alcançá-la. Tem que ser como o apóstolo Paulo exortou: “…o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7). Paulo recomenda àquele que ensina a dedicação total desse ministério. Dedicação que resultará num progresso constante do professor, quer seja em relação à habilidade no ensino e crescimento espiritual de seus alunos; quer seja em relação a sua própria vida cristã.

O professor da EBD deve ser o primeiro a viver o que ensina. A classe nunca deve ser subestimada (muito menos a dos pequeninos). Ela saberá se o professor está sendo sincero no que diz. Como também saberá se o professor se preparou adequadamente para a aula. Fazer pesquisas de última hora e preparar a aula às pressas nunca dá certo. Quando o professor não se esforça para fazer o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra Deus.

Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos. Ele nunca deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e ensinar o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa. O professor da EBD deve conhecer a sua classe, cada um de seus alunos. É importante que o professor conheça seus alunos, até mesmo para uma transmissão mais natural e eficaz de sua aula.

Quanto ao preparo e a exposição da aula propriamente dito, existem muitas sugestões preciosas que ajudarão em muito os professores da EBD. Vejamos:

  • Utilizar sempre a Bíblia como referencial absoluto.
  • Elaborar pesquisas e anotações, buscando noutras fontes subsídios para a complementação das lições.
  • Planejar a ministração das aulas, relacionando-as entre si para que haja coerência e se evite a antecipação da matéria.
  • Evitar o distanciamento do assunto proposto na lição.
  • Dinamizar a aula sem monopolizar a palavra oferecendo respostas prontas.
  • Relacionar as mensagens ao cotidiano dos alunos, desafiando-os a praticar as verdades aprendidas.
  • No final da aula, despertar os alunos quanto ao próximo assunto a ser estudado, mostrando-lhes a possibilidade de aprenderem coisas novas e incentivando-os a estudar durante a semana.
  • Depender sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e colocando-se diante de Deus como instrumento para a instrução de outros.
  • Verificar a transformação na vida dos alunos, a fim de avaliar o êxito de seu trabalho.
Duas coisas, pelo menos, têm levado muita gente a perder o interesse pela escola dominical hoje em dia, ou seja, a falta de criatividade do professor e dinâmica das aulas. Professor: Faça de sua aula algo interessante; seja criativo, gaste tempo nisso. Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do sucesso do professor eficaz.
É necessário que o professor da EBD veja seu trabalho como o ministério que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da melhor maneira possível. “… o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7).

Neste mês da Escola Bíblica Dominical, nosso desejo é que alunos e professores cresçam juntos no ideal de melhor servir a Deus através deste magnífico ministério.
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Pr. Carlos Elias de Souza Santos.

ROBERT RAIKES E A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

Robert Raikes
VOCÊ SABE COMO SURGIU A ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL?

O início da Escola Dominical, como a conhecemos hoje, deu-se em 20 de julho de 1780 na cidade de Gloucester. Era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial, notável por sua indústria de tecelagem. Atraía muita gente que, deixando a vida no campo, seguia para as cidades buscando melhores condições de vida. Entretanto, na cidade de Gloucester, a imensa riqueza de uma minoria contrastava com a grande pobreza e o analfabetismo da maioria da população. O fato de existirem muitas igrejas não impedia o avanço da criminalidade. Robert Raikes, fundador da Escola Dominical, dedicou-se à carreira de jornalista e editor, trabalhando na Imprensa Raikes, de propriedade da família, a qual ele passou a dirigir após a morte de seu pai.

Raikes preocupava-se muito em melhorar as condições das prisões, visando a regeneração dos criminosos que para ali eram conduzidos. Descobriu que o abandono em que viviam as crianças pobres da localidade e as suas atividades, também aos domingos, eram um estímulo à prática do crime. Que perversos os meninos de Gloucester! Lutavam uns com os outros, eram mentirosos e ladrões, indescritivelmente sujos e despenteados. Depredavam propriedades e infestavam ruas, tornando-as perigosas com as calamidades deles.

Robert Raikes, um homem de profundas convicções religiosas, fundou então uma escola que funcionava aos domingos porque as crianças e os jovens trabalhavam 6 dias por semana, durante 12 horas. Usava a Bíblia como livro de estudo, cantava com os alunos e ministrava-lhes, também, noções de boas maneiras, de moral e de civismo.

O plano de Raikes exigia um profundo sentimento de caridade cristã. Conseguiu que algumas senhoras crentes o ajudassem, fazendo visitas aos bairros pobres da cidade, a fim de convencerem os pais a enviarem seus filhos à escola.

De 1780 a 1783, sete Escolas já tinham sido fundadas somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Em 3 de novembro de 1783, Robert Raikes, triunfalmente, publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida das crianças.

O historiador John Richard Green afirmou:"As Escolas Dominicais fundadas pelo Sr. Raikes, no final do século XVIII, originaram o estabelecimento da educação pública popular".

O efeito da Escola Dominical foi tão poderoso, que 12 anos após sua fundação, não havia um só criminoso na sala dos réus para julgamento nos tribunais de Gloucester, quando antes a média era de 50 a 100 em cada julgamento !

Em muito pouco tempo, o movimento se espalhou e várias igrejas ao redor do Mundo organizaram suas Escolas Dominicais. Nas E.B.D. mais antigas, segundo se tem notícia, o ensino limitava-se à leitura de passagens bíblicas estudadas simultaneamente por crianças e adultos. Mais à frente, nasceu o desejo de que houvesse um sistema de lições graduadas : seriam adaptadas ao desenvolvimento da mente infantil e viria estabelecer conveniente e necessária promoção de alunos de grau em grau entre os diferentes departamentos da Escola Dominical.

Em resposta a esse apelo, o Comitê das Lições Internacionais, unanimemente, encaminhou o assunto à Convenção em Louisville, realizada em junho de 1908. Foi criado um Subcomitê, que preparou lições dirigidas aos principiantes, ao departamento primário elementar e ao primário superior. Em anexo, enviaram uma lista dos assuntos que corresponderiam aos anos seguintes desses mesmos departamentos. Anunciou-se também a preparação do programa geral de lições para todos os departamentos em que a Associação Internacional dividiu a Escola Dominical : Principiantes (4 e 5 anos), Primário Elementar (6 a 8 anos), Primário Superior (9 a 12 anos), Intermediário (13 a 16 anos), Superior (17 a 20 anos) e Adultos (20 anos em diante).

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Fonte: Revista Vida Cristã Número 183.

TRIBUTO A LYGIA LOBATO DE SOUZA MOTTA



Lygia Motta 29/05/1922 - 04/04/2010

A irmã Lygia Motta era a última missionária emérita viva da JUNTA DE MISSÕES MUNDIAIS. Foi juntamente com seu falecido marido, Pastor Waldomiro Motta, o casal de missionários batistas pioneiros na Bolívia, pela JMM, entre 1946 e 1956. Teve uma vida muito abençoada, deixando um grande legado, que ficará para sempre em nossa memória:

“IN MEMORIAN” Waldomiro Motta – Esposo

...Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito , para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam. (Apocalipse 14:13)

Filhos, genros e noras: Creusa Lygia (Arídio), Paulo (Aurora), Rozélia (Deusdedit), Waldomiro (Neuza Maria), Ligivaldo (Solange), Conceição (Paulo Monteiro).

Netos: Arídio, Paulo Marcelo, Douglas, Alexandre, Laida Corina, Ana Lúcia, Ruth Cristina, Dalton, Wladmir, Sandra, Adriano, Soraya, Rogério, Cristine, Anderson e Vitor Hugo.(16)

Bisnetos: Cairo, Cyro, David, Nathalia, Larissa, Danilo, Karina, Ana Lygia, Jéssica, Joanna, Bruna Lygia, André Vitor, Rodrigo, Graziela, Dalton, Diego, Melyssa, Júlia, Bruna, Gustavo, Gabriel, Felipe, Carolina, Matheus, Enzo e Mariana. (26)

LOUVAMOS A DEUS PELA VIDA EXEMPLAR E DE LUTAS POR AMOR A JESUS CRISTO QUE ELA NOS DEIXA.

Histórico da irmã Lygia

Em 1946, a Junta de Missões Estrangeiras (primeiro nome de Missões Mundiais da CBB) envia o casal Waldomiro e Lygia Motta, junto com os três filhos, para Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Após um ano de trabalho, precisamente em 26 de junho de 1947, organizam a Primeira Igreja Batista de Santa Cruz da la Sierra. O trabalho de pregação do Evangelho seguiu prosperando naquele país, mesmo enfrentando oposições, doenças, prisões e perigos, como as locomoções entre as localidades alcançadas, que eram feitas a cavalo, em carretas de bois, de caminhão e a pé.

Em 14 de abril de 1949, o Pr. Waldomiro Motta é agredido e preso pelo prefeito da cidade de Santa Cruz de la Sierra. O fato, aparentemente triste, resulta em bênção para a família missionária. Primeiro, os moradores da cidade tornam-se simpáticos para com os evangélicos, em especial com o ministério do casal. Em segundo, o jovem Alexandre Serrate Perez, sobrinho do prefeito, se converte e mais tarde torna-se pastor, formando-se em Teologia no Seminário Batista do Sul (STBSB), no Rio de Janeiro/RJ.

A família Motta se divide entre a organização da Primeira Igreja Batista de Santa Cruz, os programas de rádio, o jornal El Bautista Boliviano, o trabalho de colportagem, o ambulatório médico, a organização da Junta de Missões Nacionais Boliviana, dentre outros ministérios.

Em 1955, o casal missionário Pr. Waldomiro e Lygia Motta volta ao Brasil, mas as marcas desses pioneiros em terras bolivianas até hoje permanecem.

EVIDÊNCIAS DE UM TÚMULO VAZIO

Não havia noticiário na televisão, no primeiro século. Mas, se tivesse havido, você pode imaginar o que um comentarista poderia ter relatado na manhã da ressurreição, cerca de 1977 anos atrás: "Bom dia, senhoras e senhores. Aqui fala Claudius Marcellus diretamente de Jerusalém. Estamos aqui na cena de um desaparecimento espantoso... mas antes de discutir isso, deixem-me preencher alguns detalhes do cenário. Há cerca de três anos este homem, Jesus, começou a viajar pelo interior da Judéia pregando um novo tipo de religião. Enquanto conseguia muitos seguidores, ele desagradava a maioria dos líderes religiosos da Palestina. Na manhã de sexta-feira, ele foi crucificado por acusação de traição e blasfêmia. Na tarde dessa sexta-feira, ele foi tirado da cruz e colocado num túmulo em forma de caverna, no qual agora me encontro. Agora, domingo de manhã, o corpo se foi. As únicas coisas deixadas são as mortalhas, bem dobradas e deixadas de lado. A cena aqui é de confusão e alvoroço. A pergunta na boca de cada pessoa é: 'O que aconteceu com o corpo?'"

A questão do desaparecimento do corpo de Jesus de um túmulo em Jerusalém, dois milênios atrás, ainda é fundamental para a fé cristã. Cerca de 50 dias depois do "desaparecimento", os apóstolos de Jesus começaram a pregar sua ressurreição e milhares começaram a ser convertidos. Os céticos denunciavam os apóstolos e seu ensinamento e perseguiam violentamente os seguidores de Jesus, mas ninguém jamais disputou o único fato incontestável: o túmulo estava vazio. Teria sido impossível discutir este ponto. Uma caminhada de quinze minutos por uma secretária de Jerusalém, no intervalo do seu almoço, poderia ter confirmado visualmente o fato. O túmulo estava vazio!

A resposta à questão do túmulo vazio requer investigação da evidência, indo desde o depoimento de testemunhas a uma análise das circunstâncias. Esta evidência precisa ser objetivamente esmiuçada para determinar o que, de fato, aconteceu.

1) CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS

Fatos verificáveis

Jesus viveu. Sobre isso não há dúvida substancial. Documentos escritos por cristãos (Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Pedro, etc.) no primeiro século confirmam este fato. Assim também o fazem os escritos de historiadores romanos (Tácito e Suetônio) e judeus (Josefo).

Jesus morreu. Depois de ser espancado e açoitado, Jesus foi crucificado. Os soldados furaram seu lado, do qual escorreram sangue e água, confirmando que ele tinha morrido (João 19:33-34). O governador romano, Pilatos, depois de verificar sua morte, liberou o corpo para ser tirado da cruz e sepultado (Marcos 15:44).

Jesus foi sepultado. Um proeminente chefe religioso judeu, que era um discípulo secreto de Jesus, um homem chamado José, tinha um túmulo novo escavado na rocha, dentro do qual ele colocou o corpo de Jesus (Mateus 27:57-61; Marcos 15:42-47; Lucas 23:50-56; João 19:38-42). Diversas mulheres observaram José e seu amigo Nicodemos colocarem o corpo dentro do túmulo em forma de caverna e rolarem uma grande pedra sobre sua abertura. Eles tinham tido pouco tempo para embalsamar o corpo adequadamente, pois o sábado judaico começava ao pôr-do-sol da noite de sexta-feira. As mulheres fizeram planos para virem cedo na manhã de domingo com mais especiarias para completar o embalsamamento. Mas quando chegaram, encontraram a pedra tirada e nenhum corpo no túmulo.

Testemunhas oculares alegaram que viram Jesus vivo. Entre estas estavam discípulos que viram Jesus muitas vezes num período de 40 dias e puderam tocá-lo, falar com ele e até mesmo comer junto com ele.

Como julgaríamos o depoimento destas testemunhas?. Geralmente, avaliamos o testemunho por fatores tais como honestidade, competência e número. Honestidade: Os apóstolos nada ganhavam (dinheiro, popularidade, etc.) por terem pregado a ressurreição. De fato, foram freqüentemente mortos por causa disso. Sua disposição a morrer por sua crença confirma sua integridade. Competência: Os escritos destes homens demonstram competência mental, lucidez e atenção aos pormenores. O fato que muitos deles já conheciam bem Jesus e foram capazes de ter contato físico íntimo com ele certamente os coloca em posição de verificar a ressurreição. Número: Normalmente, duas ou três testemunhas são suficientes para estabelecer um fato histórico, mas neste caso, houve literalmente centenas (1 Coríntios 15:6). A relutância inicial das testemunhas oculares em crer reforça seu testemunho (Marcos 16:11, 13; João 20:19-29). Alguns a quem Jesus apareceu nem eram discípulos antes de terem visto Jesus ressuscitado: seu irmão Tiago, por exemplo (João 7:5; 1 Coríntios 15:7) e Saulo (Paulo).

2) ARGUMENTOS E CONTRA-ARGUMENTOS

Explicações

Diversas teorias têm sido propostas para explicar os fatos do túmulo vazio e os aparecimentos alegados. Vamos examiná-las cuidadosamente:

Teoria do desfalecimento. Esta explicação sugere que Jesus não estava realmente morto quando o sepultaram. Ele só parecia estar morto, porém mais tarde reviveu no túmulo. Mas, mesmo que ele não estivesse morto quanto deixado no túmulo, ele estaria severamente enfraquecido pela flagelação, pelo espancamento e pelas horas passadas na cruz. No seu sepultamento, seu corpo tinha sido firmemente enrolado com ataduras engomadas. Realmente, nesta condição enfraquecida, sem atendimento médico, poderia Jesus de algum modo ter revivido, sem considerar que tivesse removido o embalsamento como um casulo? Mesmo que tivesse, mais dois obstáculos teriam bloqueado seu caminho à liberdade: A grande pedra que tinha sido rolada sobre a boca da cova e os guardas romanos armados que estavam de plantão do lado de fora. Para, de algum modo, remover a pedra e superar os guardas, seria exigida uma grande força. Mais ainda, a evidência sugere que Jesus estava, de fato, morto quando foi sepultado.Os romanos crucificavam homens freqüentemente e estavam aptos a ssegurarem-se da morte da vítima. A teoria do desfalecimento simplesmente não merece crédito.

Teoria da sepultura errada. Esta afirma que todos, tanto amigos como inimigos, tinham esquecido onde Jesus tinha sido sepultado e estavam, portanto, olhando para uma sepultura na qual nenhum corpo tinha sido colocado. Isto explicaria o túmulo vazio, mas e quanto aos aparecimentos de Jesus? E é possível que os amigos de Jesus, os soldados romanos e mesmo José, o proprietário da cova, todos terem esquecido sua localização apenas depois de dois dias? E por que as mortalhas de Jesus foram deixadas no túmulo?

Teoria do roubo. Alguns pensam que os discípulos de Jesus roubaram o corpo e mais tarde declararam que ele tinha sido ressuscitado. Conquanto esta explicação seja a mais velha, é difícil levá-la a sério. Por que os discípulos teriam roubado o corpo? A proclamação de ressurreição por eles não lhes trouxe poder nem prestígio, mas perseguição e pobreza, jamais motivos para um roubo tão ousado. Eles morreram por seu testemunho da ressurreição; os homens morrem pelo que crêem ser verdade, não pelo que sabem ser mentira. Considere também os padrões morais dos discípulos. É razoável que seu caráter inatacável e ensinamento puro fossem baseados numa mentira premeditada e roubo? Mas, mesmo que o quisessem, os discípulos não poderiam ter roubado o corpo porque o túmulo estava guardado por soldados especialmente encarregados da responsabilidade de prevenir o roubo desse corpo. A falta de um motivo, a natureza moral dos discípulos e os soldados romanos todos permanecem como testemunhas silenciosas. O corpo não foi roubado.

Teoria da alucinação. Esta noção implica em que os discípulos, perturbados emocionalmente depois da morte de Jesus, apenas pensaram tê-lo visto vivo. Mas os relatórios destas testemunhas oculares não têm as características de alucinações. Eles envolveram tempos, lugares e grupos de pessoas diferentes. Os aparecimentos terminaram subitamente. Mais de 500 pessoas viram Jesus vivo ao mesmo tempo (1 Coríntios 15:6), mas alucinações são bem individuais. Além disso, esta teoria não tenta explicar o túmulo vazio.

Jesus foi ressuscitado
. Esta é a única explicação que leva e conta, adequadamente, todos os fatos do caso. Mas, se Jesus foi ressuscitado, o que isto significa para nós?

3) AS IMPLICAÇÕES DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO

Implicações da ressurreição

A ressurreição de Jesus garante nossa ressurreição (1 Coríntios 15; 1 Tessalonicenses 4:13-18), A ressurreição de Jesus não é um assunto de mero interesse histórico, mas serve como o protótipo da ressurreição de todo ser humano. Sua ressurreição é a base para a esperança (1 Pedro 1:3).

A ressurreição de Jesus prova que ele julgará o mundo (Atos 17:30-31). Ele ainda vive e todos os homens o enfrentarão como Juiz, um dia. Este fato deve provocar sóbria reflexão em nossa vida.

A ressurreição confirma as declarações de Jesus de ser o Filho de Deus (Romanos 1:4). Serve como fundamento de seu reinado (Efésios 1:19-23) e sacerdócio (Hebreus 7:23-28).

A ressurreição de Cristo provê o modelo (Romanos 6:3-5) e o poder (1 Pedro 3:21) do batismo cristão. Os pecadores precisam morrer para o pecado como Jesus morreu na cruz. Eles precisam ser sepultados com Jesus no batismo para que possam ser erguidos para caminhar numa nova vida, como Jesus foi erguido dentre os mortos.
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Adapatado de Gary Fisher.
Por Carlos Elias S. Santos.

VOCÊ TEM TUDO PRA DAR CERTO

Agora cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha num outeiro fértil. E cercou-a, e limpando-a das pedras, plantou-a de excelentes vides; e edificou no meio dela uma torre, e também construiu nela um lagar; e esperava que desse uvas boas, porém deu uvas bravas. Agora, pois, ó moradores de Jerusalém, e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha. Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando em que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? (Isaías 5:1-4)
Não sei se você já ouviu falar da Lei de Murphy . É um ditado popular da cultura ocidental que afirma que "se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará".

Certamente a parábola da vinha narrada pelo profeta Isaías, segue um rumo bem diferente do que costumeiramente o homem consegue imaginar.

Esta é uma parábola contada por Deus a fim de ilustrar a sua decepção diante da nação de Israel.

E para que nós pudéssemos entender melhor Ele se coloca como o dono do campo, mas não somente isso, também se coloca como sendo o grande agricultor que prepara todo aquele campo para receber da boa semente, diz aqui que:

1) Ele sachou a terra, o sacho era uma enxadinha estreita e pontuda e com ela se afofava a terra extraindo dela as ervas daninhas,

2) também diz que Ele tirou as pedras que poderiam ser um prejuízo para suas sementes,

3) e também selecionou as sementes e as depositou naquele campo preparado, esperando que os frutos surgissem.

Tudo concorria para que aquele campo desse bons frutos, tanto é que o dono do campo imediatamente preparou um lagar (local onde as uvas eram expremidas para a obtenção do suco), para que ali os frutos fossem espremidos e se extraísse o seu suco.

O fruto n o veio! Que decepção! E o proprietário pergunta: o que mais poderia ter feito em minha vinha que eu não lhe tenha feito?

È uma boa pergunta, não acha? Sabe qual é a única resposta: NADA! ABSOLUTAMENTE NADA!

Da parte de Deus tudo foi feito para que a vinha produzisse bons frutos. Ela tinha tudo para dar certo.

As conseqüências no (v. 5-7) já que a vinha não produziu bons frutos diz que o agricultor retirou a sebe (a cerca que protegia a vinha), todo mundo sabe o que acontece com uma plantação sem uma cerca de proteção?

Deus providenciou todas as coisas que para que seu povo desse certo, mas por que será que: “... esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas?”.

Vamos analisar no texto as razões pelas quais o que tinha tudo para dar certo, acabou por dar errado.


Onde reside o ERRO? Onde foi que esse povo errou?

Não sei se você já brincou com aquele joguinho chamado: O jogo dos sete erros. No Jogo dos Sete erros, você encontra duas figuras praticamente idênticas, sendo que uma delas, se diferencia da outra em apenas sete erros “propositais” do autor, que devem ser encontrados por quem gosta de brincar com esses joguinhos.

Vejamos se podemos aplicar isso a nossa vida hoje. Deus tem um “desenho” ideal para o mundo e para as pessoas que nele habitam. No meio do caminho o homem, acaba por inserir, por conta e risco, pequenas novidades no desenho, que o fazem bem distorcido da “figura” inicial. Certamente serão os sete erros básicos que farão a diferença entre o desenho original “pintado” por Deus e o resultado distorcido produzido pela vida do homem.

Sete erros que prejudicam a vida dos servos de Deus.

1) A Ganância. (v. 8-9)

O povo passou a se preocupar com grandes posses, os grandes fazendeiros começaram a forçar os pequenos a vender seus negócios para que eles pudessem dominar toda terra. Deixaram a causa de Deus por amor ao dinheiro e como diz Paulo a Timóteo (I Tim. 6:10) "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns nessa cobiça se desviaram da fé".

Pedro também diz a Simão o em (Atos 8:20) "o seu dinheiro seja contigo para sua perdição" Deus quer nos alertar sobre esta questão e foi esse um dos motivos do afastamento do povo de Israel do seu Deus.

O consumismo tem sido um dos maiores problemas da nossa era pós-moderna, queremos ter mais e mais...Nunca estamos satisfeitos com o que temos,

COMPRAMOS O QUE NÃO PRECISAMOS COM DINHEIRO QUE NÃO TEMOS POR CAUSA DE PESSOAS QUE NEM CONHECEMOS.

Sempre queremos mais, estamos sempre preocupados com nós mesmos e não temos tempo para Deus, temos que trabalhar para ter posses carros, casas, chácaras etc.

2) Os prazeres do mundo. (v. 11-12)

3) Alcoolismo (v.22)

Eles se levantavam bem cedo, mas não para orar e agradecer a Deus, mas iniciavam suas jornadas com bebedices, com divertimentos mundanos a vida para eles somente girava em torno dos seus próprios desejos festas e músicas.

Se embriagar era prova de machismo, de força, de capacidade.

Vamos ver quem bebe mais!, torneios com prêmios para o vitorioso (festa do chopp bebem chopp por metro) ao contrario disso a bíblia diz em (Efe. 5:18) "não vos embriagueis com o vinho em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito".

Como diz João em sua primeira carta (I Jo o 2:15-17) "Não ameis o mundo... porque tudo que há no mundo a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo, e o mundo passa bem como a sua concupiscência mas, aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente".

E muitas vezes os prazeres do mundo estão afastando os crentes do serviço do Senhor!

Como está nossa vida irmãos? Como estão nossas diversões?

4) Incredulidade. (v. 18-19)

Estes versículos estão fazendo menção a procissões das quais o povo dito de Deus puxava carros com ídolos e desafiando o Deus de Israel, dizendo se manifesta logo para que nós o possamos reconhecer, apesar de tudo o que Deus já havia feito em seu meio aquele povo incrédulo ainda queria ver mais do poder de Deus para crer.

E quantos nos nossos dias são como estes, "eu quero ver para crer!" Deus tem que me provar que existe!

Como diz o Salmista Davi no Salmo 19 "os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas m os... n o ha palavras... n o há palavras, mas, no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz".

5) Falsa Moralidade (v. 20)

A depravação era ensinada e praticada como prova de virilidade, a impureza como sendo uma virtude. Os padrões que Deus havia colocado foram logo esquecidos pelo seu povo. O mesmo acontece hoje em dia quando os que querem viver honestamente so tachados de bobos, quadrados, hoje em dia já é careta, conservar-se puro para o casamento é motivo de chacota, e muitos crentes jovens e adolescentes estão entrando nessa onda.

Estão chamando a promiscuidade de amor, de opção de vida, leiam as palavras duras de Paulo aos (Romanos 1:21-27).

6) Orgulho (v.21)

Quando o homem se julga muito sábio, auto-suficiente ele está prestes a cair, e aqui eles estavam se julgando até mais sábios do que Deus.

O orgulho é o maior dos males espirituais destrói a obra de Deus.

7) Corrupção (v. 23)

Vendiam suas convicções, sua integridade, eram injustos indo completamente contra o caráter do seu Deus.

Não sejamos corruptos, não abramos m o das nossas convicções espirituais por nada deste mundo, pois muitos têm caído neste erro.Conclusão

Olhe para sua vida hoje e me diga como está.

O QUE MAIS SE PODERIA FAZER?

Da parte de Deus ele providenciou em Jesus Cristo o seu único filho, tudo o que você precisa para que sua vida dê certo.

Em Jesus não faltará nada para que sua vida dê certo.

Deus já fez tudo para que sua vida produza bons frutos, e agora Ele quer nos ver frutificando.

Não existem desculpas que sejam aceitáveis a Deus para não estarmos trabalhando em sua obra. Ele vai cobrar de cada um seu papel neste mundo.

Pense nisso: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”. (Efésios 1.3).

Não por seus méritos, mas por causa do que Deus já providenciou. Lembre-se: VOCÊ TEM TUDO PRA DAR CERTO. Fuja dos erros aqui mencionados, fortaleça sua vida em Cristo Jesus, e certamente sua vida dará certo.