O DEUS QUE SE RELACIONA CONOSCO.




No início da sua criação, Deus está no Éden. Procurando manter um relacionamento com o homem.

“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim”. (Gênesis 3:8).

Deus está correndo atrás do homem e o homem está correndo de Deus.  O homem na verdade está se escondendo de Deus.

Grande parte dos homens que não estão correndo ou se escondendo de Deus, acabam por decidir viver como se Deus não existisse.

“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”.  (Salmos 14:1).

A verdade sobre Deus é que Ele existe e deseja se relacionar conosco:
“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel", que significa "Deus conosco". (Mateus 1.23).

1)   O CONVITE DE DEUS PARA NOS RELACIONARMOS COM ELE.

O convite de Deus para um relacionamento, às vezes, vai além do chamado individual. Ele convidou toda a nação da antiga Israel para entrar em um relacionamento com Ele.

Essa associação foi baseada em uma aliança que previa promessas, expectativas e condições importantes para manter esse relacionamento.
Através de Moisés, Deus disse aos israelitas:

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa” (Êxodo 19:5-6, ARA).

Esse relacionamento, de certa forma, foi admitido como uma aliança de casamento. Mas o coração de Israel não estava inclinado a obedecer a Deus. Através do profeta Jeremias, Deus disse a Israel:

“Deveras, como a mulher se aparta perfidamente do seu marido, assim com perfídia (deslealdade) te houveste comigo, ó casa de Israel” (Jeremias 3:20, ARA).

Antes disso, Deus tinha dito a Samuel: “Antes, a Mim me tem rejeitado, para Eu não reinar sobre eles” (1 Samuel 8:7).

Veja o que Deus achou, quando eles O rejeitarem como seu Deus e Rei.

“Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exaltei-os, mas eles prevaricaram contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o Meu povo não entende … Deixaram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás” (Isaías 1:2-4).

Qual foi a resposta de Deus para essa rejeição?

“Com mão erguida, também jurei a eles … que os espalharia entre as nações e os dispersaria por outras terras, porque não obedeceram às minhas leis, mas rejeitaram os meus decretos e profanaram os meus sábados, e os seus olhos cobiçaram os ídolos de seus pais” (Ezequiel 20:23-24, NVI).

Embora os antigos israelitas tenham rejeitado a Deus e recusaram Seu convite para um relacionamento, Ele ainda deseja profundamente ter um relacionamento com os seres humanos. Embora Deus tenha castigado os israelitas, Ele nunca os abandonou completamente nem aos seus descendentes. Paulo explica:

“Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu” (Romanos 11:1-2, NVI).

Paulo continua:

“Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade” (Romanos 11. 25-26, NVI).

Paulo conclui:

Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vocês; mas quanto à eleição [como pessoas com quem Deus estabeleceu um relacionamento especial] são amados por causa dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. Assim como vocês, que antes eram desobedientes a Deus, mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês” (Romanos 11. 28-31, NVI).

Por causa de Sua grande misericórdia, Deus planeja trazer o povo de Israel ao completo arrependimento e, trabalhando com eles, vai convidar todas as outras pessoas para entrar em um relacionamento semelhante com Ele.

Deus é fiel. Ele não desiste de um relacionamento que estabeleceu, enquanto ainda há alguma esperança de arrependimento e restauração das partes envolvidas.

DEUS TE CONVIDA PARA RELARCIONAR-SE COM ELE.

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
(Mateus 4:19 - ACF).

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mateus 11:28,29- ACF).

2) PRINCÍPIOS QUE REGEM ESSE RELACIONAMENTO.

Todos nós conhecemos esse dilema de causalidade: “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?” Este dilema poderia ser aplicado ao nosso relacionamento com Deus, desse modo: “O que veio primeiro, a necessidade do homem de ter um relacionamento com Deus ou o desejo de Deus em ter um relacionamento com o homem?” Aqui está a resposta:

“Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro”, explicou o apóstolo João (1 João 4:19,). “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou a nós, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4. 10).

Está muito claro que o desejo e plano de Deus era estabelecer um relacionamento entre Si e o ser humano.

Devemos ter em mente o propósito de Deus de nos criar. Aprendemos que Deus desenhou os seres humanos para refletirem o Seu caráter justo, ser como Ele.

“No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Macho e fêmea os criou” (Gênesis 5:1-2). “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27).

Precisamos meditar em alguns princípios básicos acerca do relacionamento antes de entrarmos nos detalhes do compromisso de Deus e Suas expectativas do Seu relacionamento conosco.

Primeiramente, devemos perguntar: O que é um relacionamento? Dicionário da Universidade Novo Mundo de Webster (Webster’s New World College Dictonary) define como “a qualidade ou estado de estar relacionado; uma continua ligação ou associação entre pessoas”.

Deus instituiu um relacionamento com o seu povo Israel, quando disse: “Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o Meu povo” (Levítico 26:12, ARA).

Estas poucas palavras resumem o que Deus quer no Seu relacionamento com o povo. Vejamos dois aspectos dessa simples declaração de Deus.

2.1) DEUS QUER SER O SEU DEUS SUPREMO E SOBERANO.

Primeiro, Ele expressa o Seu desejo de ser reconhecido e aceito como Ser Supremo. Portanto, Ele expressa o desejo de associar—ter um relacionamento—com aqueles que o aceitam como Seu Deus.

Quando entendemos que Deus deseja ter um relacionamento conosco, então precisamos reconhecer que, na verdade, nós é que precisamos d’Ele. (Eu serei o vosso Deus) O apóstolo Paulo nos lembra:
“Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Coríntios 3:5, NVI).

O apóstolo João resume a natureza do relacionamento que temos de ter com Deus, desta maneira:
“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a Ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (1 João 3:1-3).

Aqui vemos o propósito da criação da humanidade: Deus está formando uma família—Sua própria família. Ele nos criou para que possamos ter um relacionamento especial, de Pai com filhos, com Ele.

Deus planeja nos dar a Sua imortalidade. Como Paulo explica:
É necessário que isto que é incorruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:53).
Deus quer ter um relacionamento eterno conosco, como Seus filhos.

Paulo nos diz que “Deus nosso Senhor … deseja que todos os homens sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3 4).

 2.2) NÓS PODEMOS NOS RELACIONAR COM DEUS ATRAVÉS DE NOSSO ARREPENDIMENTO.

Deus elaborou uma maneira de tornar esse relacionamento disponível a cada ser humano de acordo com o Seu horário. Como disse Pedro:
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; porém, é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que TODOS VENHAM A ARREPENDER-SE” (2 Pedro 3:9).

Observe que Pedro diz que O ARREPENDIMENTO TEM UM PAPEL INTEGRAL EM FORMAR O RELACIONAMENTO ENTRE DEUS E O HOMEM. Deus está pronto e disposto a firmar esse relacionamento. Mas condiciona isso à nossa vontade de reconhecer, confessar e de nos arrepender dos nossos antigos caminhos e estar determinados a segui-Lo. Somente assim Ele pode nos redimir da pena da morte, que merecemos, por causa de nossos pecados.

3)   POR QUE PRECISAMOS DESSE RELACIONAMENTO?

Nossos pecados nos afastaram de Deus. O profeta Isaías escreveu: “As vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós” (Isaías 59:2).

Quando Jesus veio para ser batizado, João Batista disse:
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29, 36).
João reconheceu Jesus de Nazaré como o Messias prometido, que iria redimir a humanidade, pagando a pena de morte pelo pecado.

“A REDENÇÃO SIGNIFICA A LIBERTAÇÃO DE ALGUM MAL, MEDIANTE O PAGAMENTO DE UM PREÇO” (Novo Dicionário da Bíblia de 1996, “Redentor, Redenção”).

Pedro explica que
“não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:18-19).
Paulo explica que o sangue de Cristo “comprou” a “igreja de Deus” (Atos 20:28).

Deus planejou desde o início esse maravilhoso dom da redenção. O apóstolo João explica:

“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8).

Jesus Cristo, como o Cordeiro de Deus, espontaneamente, “se deu a Si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade … ” (Tito 2:14).

Todos nós precisamos ser redimidos para ter um relacionamento com Deus? Evidentemente a resposta é sim.

“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23), e “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6: 23).

Por que Precisamos desse relacionamento com Deus? Em outras palavras, nós merecemos a morte eterna. Nós fizemos isso a nós mesmos por causa do pecado, que nos impossibilita de receber o dom da vida eterna.

Então, como o nosso problema pode ser resolvido para que possamos entrar em um relacionamento com Deus como Seus filhos?

Deus enviou Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo para pagar a pena pelos nossos pecados para que pudéssemos ser salvos da pena da morte eterna (João 3:16).

Em Hebreus 2:9 é explicada a finalidade desse sacrifício:
“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”.
Jesus tornou-se o cordeiro sacrificial de Deus, que foi oferecido pelos pecados da humanidade.

O conceito de redenção foi dado a conhecer à antiga Israel através do sistema sacrificial da Antiga Aliança.

Em Hebreus 9:22, lemos que “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (ou resgate).

Em Hebreus 9 no versículo 28, segue o raciocínio: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos”.
O apóstolo João acrescenta que “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).

A redenção é definida como “um liberação, particularmente quando pago o preço … referindo-se à intervenção especial de Deus para salvar a humanidade” (Dicionário da Bíblia Unger, 1972, “Redenção”).
Em outras palavras, a redenção é um ato de Deus, que nos liberta da culpa que incorremos por nossos pecados, ao substituir a morte de Cristo para pagar a penalidade que merecemos.

CONCLUSÃO.

Cremos que pela revelação bíblica temos conhecimento da existência de um único Deus vivo e verdadeiro, e que esse Deus deseja ter um relacionamento conosco.

Esse Deus eterno, imutável e soberano nos convida a termos um relacionamento com ele.

Esse relacionamento requer de nós seres humanos, que o reconheçamos como um Deus supremo e soberano, e que nos relacionemos com ele, mediante o arrependimento dos nossos pecados.

Como seres humanos, carecemos e muito desse relacionamento, pois sem a obra da redenção, ou seja, a remissão de nossos pecados, todos nós estaríamos perdidos.

No entanto, Deus vai conceder a redenção apenas àqueles que se arrependerem sinceramente. É por isso que o arrependimento é o nosso ponto de partida para receber redenção e para estabelecer uma relação duradoura com o nosso Criador. Aqueles que, com sinceridade, se arrependam de pecar continuamente serão perdoados e se tornarão servos redimidos de Deus. São esses que passam a ter um relacionamento maravilhoso com o seu Deus.


DECISÕES ESPIRITUAIS.

“E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu”. (Atos 16:6,7).



INTRODUÇÃO

Um dos grandes desafios na vida cristã é tomar decisões: vocação profissional, namoro, casamento e etc.

Ilustrar: Ao procurar um médico, a paciente perguntou: - O que preciso tomar para ser Feliz? O médico respondeu: Tome decisões!

 A nossa vida, nossa caminhada e nosso futuro dependerão totalmente das decisões e escolhas que fizermos.

No contexto (Atos 15) ao texto que lemos, faz-se registrar que havia uma divergência na igreja de Jerusalém: Circuncisão para gentios (Atos 15.1 e 5). Para solucionar a divergência, foi estabelecida uma decisão espiritual.

DECISÕES ESPIRITUAIS...

1) SÃO TOMADAS POR CRISTÃOS DIRIGIDOS PELO ESPIRITO SANTO.

“E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós;
E não fez diferença alguma entre eles e nós, purificando os seus corações pela fé”.  (Atos 15.8,9).

Sabemos que havia uma divergência na igreja de Jerusalém: Circuncisão para gentios (Atos 15.1 e 5). Outra divergência posterior acontece na liderança, ocorrida entre Paulo e Barnabé por causa de João Marcos, essa desavença foi tamanha que eles não caminharam mais juntos (At 15:36-41), contudo, pelas epístolas de Paulo se percebe que a desavença foi posteriormente vencida (Cl 4:10; 2 Tm 4:11).

É nesse contexto de contenda e desavenças que o Espirito Santo se manifestou para ajudar a igreja na busca para solucionar seus problemas.
As decisões espirituais foram:

a)   Decisões importantes tomadas por líderes cristãos – Atos 15.2.
b)   Decisões com a orientação de uma Liderança Espiritual – Atos 15.7-9 e Atos 15.13.
c)   Decisões de uma Igreja guiada pelo ES. “Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja...” (Atos 15:22).
Pareceu-nos bem, reunidos concordemente... Atos 15:25.
d)   Decisões duplamente espirituais – Atos 15.28. “Pareceu bem ao Espirito Santo e a nós”.
e)   Decisões na vida de quem já tem a direção do ES. – Atos 15. 37-39.

DECISÕES ESPIRITUAIS.

 2)   IMPEDEM QUE PROSSIGAMOS NA DIREÇÃO ERRADA.

“Passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
E, quando chegaram a Mísia, intentavam ir para Bitínia, mas o Espírito não lho permitiu”. (Atos 16:6,7).

Estamos na segunda viagem missionária de Paulo. Ao partir, ele tinha a intenção de visitar as Igrejas que ele havia implantado (At 15:36,41), após ter escolhido Silas como companheiro de viagem, conheceu a Timóteo na cidade de Listra e decidir leva-lo com eles (At 15:40; 16:1-3), tomaram rumo a “região frígio-gálata” visitando as Igreja explicando e orientando aos irmãos que observassem as decisões tomadas pelos apóstolos e presbíteros de Jerusalém fortalecendo as Igrejas (At 15:1-30; 16:4-5).

Posteriormente, após percorrerem a região frígio-gálata, DECIDIRAM PREGAR A PALAVRA NA ÁSIA, mas, de alguma forma, durante a viagem, foram “impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia,…” (At 16:6).

Muitos de nós já nos deparamos com portas fechadas a nossa frente. Muitos de nós podem ter tentado mover-se em uma direção, buscado algo que geralmente é a vontade de Deus, apenas para descobrir que a porta na qual estávamos batendo não estava aberta. Bem, nós não somos os únicos. Isso também aconteceu com o apóstolo Paulo. Seu propósito era pregar a Palavra de Deus.

Paulo encontrou a porta fechada - não pelo diabo, e não pelo povo, mas pelo Espírito Santo. Como diz a Escritura: "Eles foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a Palavra na Ásia". Então, eles tentaram ir para Bitínia - outra área da Ásia Menor - mas, novamente, o Espírito não lho permitiu. Sim, alguns podem acreditar, estarem em alinhamento com a vontade de Deus e, consequentemente, baterem em algumas portas - mas estas podem não abrir. A razão - e veremos isso no caso de Paulo também - é porque o Senhor quer dirigir seus planos por caminhos que reflitam melhor a Sua vontade.

No caso de Paulo e seus companheiros, as portas que Deus fechou, os levou a Trôade, um lugar próximo à Macedônia, o lugar onde Deus queria que eles fossem. Quando eles estavam em Trôade, o Senhor deu-lhes as instruções: Ele não os queria na Ásia, mas na Macedônia. Era o momento para a Europa também ouvir a Palavra de Deus e era lá onde Deus queria que eles fossem agora.

Se você sabe que algo é a vontade de Deus, mas você ainda não encontrou uma porta aberta: "batei e abrir-se-vos-á", diz a Palavra (Lucas 11:9). Paulo não ficou em Jerusalém ou em Antioquia, esperando a visão. Ele estava batendo em portas. Ele estava a caminho. Embora as portas que ele tentasse estivessem fechadas, elas o levaram muito perto do lugar onde Deus queria que ele fosse. Foram as portas fechadas que levaram o apóstolo Paulo para perto de Deus e do seu planejamento missionário.

Paulo refez rapidamente o plano e ao se aproximar da região de “Mísia, tentaram ir para Bitínia”, contudo, mais uma vez foram impedidos de tomarem aquela direção, o próprio “Espírito de Jesus não permitiu” que continuassem a viagem naquela direção (At 16:7), então tomaram rumo a Trôade (At 16:8).

Quantas vezes perdemos a dimensão de quem é Jesus:

7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz O QUE É SANTO, O QUE É VERDADEIRO, o que tem a chave de Davi; O QUE ABRE, E NINGUÉM FECHA; E FECHA, E NINGUÉM ABRE:
8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. (Apocalipse 3:7,8).

Penso que eles devem ter ficado perplexos, afinal eles tinham partido com uma boa intenção, e eles estavam fazendo a vontade de Deus. Não está registrado como o Espírito Santo disse a Paulo que não fossem para Ásia ou para Bitínia. Pode ter ocorrido de várias formas, talvez, mediante um profeta, uma visão, uma convicção interna ou alguma outra circunstância. Conhecer a vontade de Deus não significa que devemos escutar sua voz de forma audível, falando diretamente aos nossos ouvidos, como aconteceu na conversão de Paulo (At 9:4-6). Uma porta fechada pode ser um bom sinal para não prosseguir.

DEUS É SOBERANO:

a. Deus é soberano sobre nossas vidas. Ele tem o direito de decidir aonde vamos, e o que vamos fazer.
b. Temos necessidade de discernir a direção do Espírito Santo. Saber que é Ele quem está por trás de circunstâncias adversas.
c. Deus nem sempre nos explica porque não quer que façamos algo. Ele simplesmente fecha as portas.
d. Não devemos insistir em fazer algo, quando Deus já disse ‘não’. Devemos nos submeter a soberania de Dele.
e. Tampouco devemos ficar paralisados diante de uma negativa de parte de Deus. Devemos ouvir sua voz e caminhar na nova direção.

Paulo aceitou e entendeu, pelas evidências, que Deus o queria em outro lugar. Veja o que aconteceu: “E, tendo passado por Mísia, desceram a Trôade. E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedónia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos” (Atos 16:8-9).

Depois que Paulo teve essa visão, preparamo-nos imediatamente para partir para a Macedônia, CONCLUINDO que Deus nos tinha chamado para lhes pregar o evangelho. (Atos 16:10).

DECISÕES ESPIRITUAIS.

3) NOS FAZEM ENCONTRAR A DIREÇÃO CORRETA.

E Paulo teve de noite uma visão, em que se apresentou um homem da Macedônia, e lhe rogou, dizendo: Passa à Macedônia, e ajuda-nos.
E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho. (Atos 16:9,10).

Paulo entendeu a visão!! Ele ouviu o clamor daquele homem da Macedônia! “E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho” (Atos 16:10).

FORAM DE GRANDE SIGNIFICADO OS RESULTADOS DA DIREÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NESTA VIAGEM DE PAULO:

A)  Lídia, a primeira convertida na Europa, converteu-se ao Senhor Jesus através da pregação de Paulo. (Lidia é de Tiatira na Ásia). Paulo não foi até a Ásia, foi a Ásia que veio até ele. (Atos 16.14).
B)  A jovem que tinha um espírito maligno de adivinhação, foi liberta pelo poder do nome de Jesus. (Atos 16.18)

C)  Um carcereiro se converte a Cristo e junto com ele toda sua família foi batizada. (Atos 16.33).

Tomar decisões espirituais não é fácil:

1)   Muitos homens podem ser afetados por essas decisões e o preço por muitas vezes é bastante alto. (Atos 16. 19-23).

2)   Nossos planos e pensamentos são diferentes do que Deus deseja. “Quero que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes planejei visitá-los, mas fui impedido de fazê-lo até agora”. (Romanos 1:13)

3)   O inimigo faz de tudo para atrapalhar.

14 Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que na Judéia estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles,
15 Os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido; e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens,
16 E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados; mas a ira de Deus caiu sobre eles até ao fim.
17 Nós, porém, irmãos, sendo privados de vós por um momento de tempo, de vista, mas não do coração, tanto mais procuramos com grande desejo ver o vosso rosto;
18 Por isso bem quisemos uma e outra vez ir ter convosco, pelo menos eu, Paulo, mas Satanás no-lo impediu. (1 Tessalonicenses 2:14-18).

CONCLUSÃO:

Deus tem sempre razão! Nossas decisões precisam ser profundamente espirituais.

14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. (1 Coríntios 2.14,15).


Quando Ele nos impede de caminharmos em certas direções, é porque os planos que Ele tem para nós, são mais excelentes, embora, humanamente falando, possam ser mais dolorosos, mas com certeza, os resultados serão eternos!

Ao buscar decidir espiritualmente lembre-se:

8 Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.
9 Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se cheguem a ti. (Salmos 32:8,9).

Se a porta que você desejava entrar estiver fechada, Creia:
Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (Filipenses 2:13).

Vai decidir! A minha recomendação é: Por isso digo: vivam pelo Espírito... (Gálatas 5:16).



APOCALIPSE NOW: Carta as sete Igrejas




Sobre o tema deste estudo, estou emprestando do filme Apocalypse Now, um clássico, um épico de guerra norte-americano de 1979 dirigido por Francis Ford Coppola e escrito por John Milius. Estrelado por Marlon Brando, Robert Duvall. O enredo do filme foi sobre a Guerra do Vietnã.
Empresto o tema do filme na esperança de encontrar uma interpretação e uma aplicação destas cartas para a igreja de hoje e para o tempo que vivemos agora.

Minhas afirmações sobre o livro:

Autor: João o discípulo amado, o mesmo autor do quarto Evangelho. “As evidências internas confirmam o testemunho externo dos primeiros pais, e, entre as opções apresentadas, aque faz mais sentido é a autoria joanina”. (Grant R. Osborne).

Data: Uma data no Reinado do Imperador Domiciano nos anos 90 do primeiro Século.

Gênero: Apocalíptico, sob a inspiração do Santo Espírito.

Estrutura: Consideramos uma análise possível do numa sequência lógica e não cronológica.

Interpretação: Difícil pois o livro é escrito em grego, e as figuras são todas judaicas e vétero-testamentárias.

Uma hermenêutica: As comuns são Preterista, histórica, profética ou futurista. Trabalharemos uma interpretação Idealista (vide Apocalipse – Grant Osborne), procurando nos símbolos contidos no livro as verdades espirituais atemporais. Consideraremos a igreja de todas as épocas na história eclesiástica e muito especialmente a igreja hoje.

O autor aponta e denuncia claramente uma rebelião romana contra Deus e destaca principalmente  o culto aos imperadores vivos como uma abominação para os cristãos. Das 7 igrejas, Éfeso foi um dos primeiros centros asiáticos do culto ao imperador, como encontrado em Atos 19. Nesses cultos são encontrados toda a desvirtuação da adoração ao único Deus vivo e verdadeiro, e a questão dos alimentos sacrificados aos ídolos. Outro problema grave enfrentado por quem não aceitava ou não tomava parte dessa adoração era ser excluído nas relações sócias e até comerciais de sua comunidade.

O apóstolo João, trata deste isolamento social e comercial no seu texto:

16 E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas,
17 Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. (Apocalipse 13:16,17).

Nossa vida cristã e nossa fé sempre afetarão nossas relações sociais e até a vida profissional. Esse foi o grande desafio enfrentado pela igreja do primeiro século.

Atualmente o Brasil acompanhou pelo noticiário, o seu atual presidente demonstrar interesse em transferir a Embaixada do Brasil que está em Tel Aviv para a cidade de Jerusalém. Em recente visita a Israel o presidente do Brasil anunciou não a transferência da Embaixada Brasileira para Jerusalém, e sim a abertura de um escritório para relações internacionais e comerciais. O que teria feito o atual presidente recuar de sua decisão? O ministério das relações exteriores parece deixar claro que as relações comercias mantidas com os outros povos árabes pesaram nessa decisão que tem implicações religiosas e também comercias.

É por isso, que escolhemos um tema que interpreta (de maneira idealista) o Apocalipse hoje, e não somente na história ou no futuro e em suas questões escatológicas. Apocalipse é também um livro para hoje e para agora.

Lendo a carta a cada uma das 7 igrejas encontramos:

1) Hostilidade do mundo contra uma igreja fiel. 
2) O desvirtuamento no foco da adoração. O convite a intolerância com a idolatria.
3) A prontidão dos cristãos.
4) E a vitória de Cristo, da igreja e dos seus servos.

Ainda trazemos em nossa convicção que João está escrevendo... “Um livro para congregações autênticas que o conhecem”. ((1.4;11).



“João, às sete igrejas que estão na Ásia...” (Apocalipse 1:4).

“...Escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia”. (Apocalipse 1.11).

Diante de tão grande perseguição os cristãos são desafiados a FIDELIDADE:

- A maior tentação da igreja: Ceder ao paganismo relativista. (1.9)
- Uma concessão (abrir uma brecha) que evitasse a perseguição.

Ao convoca-los a serem fiéis diante da perseguição, João, informa que podemos pagar um alto PREÇO por nossa FIDELIDADE:

- O primeiro exemplo pode ser encontrado no próprio JOÃO PRESO E EXILADO NA PRISÃO DE PATMOS, por causa do seu testemunho Fiel de Cristo (todo capítulo 1).

- Tantos outros exemplos que se sucederam, como o de POLICARPO O BISPO DE ESMIRNA.

Policarpo de Esmirna, um bispo da igreja de Esmirna do século II. Segundo a tradição dos esmirniotas, conta-se que O "Martírio..." relata que Policarpo, no dia de sua morte, disse:"Por oitenta e seis anos, eu O servi", o que poderia indicar que ele teria então esta idade, ou que ele teria vivido este tempo após ter se convertido. Ele prossegue dizendo "Como então posso ter blasfemado contra meu Rei e Salvador? Prossigais com tua vontade." Policarpo foi então queimado vivo, na estaca por se recusar a acender incenso para o imperador romano. A data da morte é disputada. Eusébio a coloca no reinado de Marco Aurélio (c. 166 - 167), porém, uma adição pós-Eusébio ao "Martírio" coloca a morte num sábado, 23 de fevereiro. Conta-se que de fato a sua morte se deu, quando foi apunhalado quando estava amarrado numa estaca para ser queimado-vivo e as chamas milagrosamente não o tocavam.

Esse é um dos temas centrais de cada recado as 7 igrejas: “ Sê fiel até a morte! ”

Ao ler e interpretar cada alerta dado as 7 igrejas que estão na Ásia, nos deparamos com uma ESTRUTURA COMUM e que destacamos a partir de agora:

1) A DIVINDADE DE JESUS CRISTO NA IDENTIDADE DE CADA IGREJA.

Neste momento João decide por apresentar o que chamamos de doxologia, celebrando o relacionamento de Cristo com seus seguidores. Essa é a primeira doxologia do NT dirigida somente a Cristo. Cremos que isso se deve ao fato de que os cristãos tanto daquela época como dessa, não conferem o devido valor à obra redentora de Cristo.

No primeiro capítulo do livro de Apocalipse, Cristo é anunciado as 7 igrejas da àsia: apocalipse 1. 4-8. e 1.13-18.

4 Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono;
5 E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
6 E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.
7 Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.
8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso. (
Apocalipse 1:4-8)

13...um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
14 E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
15 E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
18 E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. (Apocalipse 1:13-18).

É preciosa demais a lição que podemos tirar desse retrato de Jesus Cristo Divino, encontrado no capítulo 1 do livro, e que depois será reinserido no início de cada “recado” dado a cada uma das igrejas da Ásia. Para cada elogio, reprovação ou advertência que é dirigida a cada uma das igrejas, é resgatado direto do capítulo, um “imagem” de Jesus Cristo, que após destacada, é apresentada a igreja como um ponto fundamental e sólido na solução e no enfretamento das questões destacadas na carta.

Vejamos:

1- Éfeso: “...Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: (Apocalipse 2:1). Nessa imagem de Cristo (retirada do capítulo 1) e narrada a igreja de Éfeso, está uma palavra de encorajamento: A presença de Cristo no meio de sua igreja, e a firmeza com que Cristo sustenta sua igreja em suas mãos.  (vide capitulo 2.1).

2- A Esmirna – Numa igreja onde cristãos estão morrendo por causa da perseguição, o Cristo é apresentado como aquele que venceu a morte (2.8). Um claro recado de fortalecimento para Igreja. Sinagogas asiáticas estavam expulsando cristãos judeus (vide 2.9 e 3. 7-9). Para ficar bem com o Império, lideres expulsam da sua comunidade aqueles que estão expostos a perseguição, protegendo assim o restante do grupo.

3- Pérgamo - Cristo é a espada de julgamento para uma igreja que está cedendo ao paganismo. (2.12-17).

4 - Tiatira – Cristo, o filho de Deus, pisará com os pés os inimigos da fé cristã (2.18)

5- Sardes (3.1) – Cristo é o único que tem o Espirito Santo e o único que pode doar vida. Sardes é uma espécie de Igreja “The Walking Dead” (Mortos que ainda caminham). Só Cristo poderia trazer de volta a vida da igreja.

6- Filadélfia (3.7) – O Cristo verdadeiro é confiável, Ele cumprirá suas promessas. Quando Judeus Cristãos estão sendo expulsos das sinagogas e mortos, lhe é apresentado o Cristo que tem em suas mãos a chave, e Nele eles podem entrar e sair livremente.

7- Laodicéia (3.14) – Cristo é o amém. O Deus verdadeiro. O Deus em quem nós podemos confiar. Ele é a testemunha Fiel. Ele é a fonte primeira de Toda a criação.

APLICAÇÃO: Para cada igreja local, é suscitada uma IMAGEM DA DINVIDADE CELESTIAL. Cristo é o exato tamanho da fome espiritual, a exata quantidade de cada sede por Deus. Cristo é tudo que a igreja precisa para enfrentar todos os dias bons e difíceis de sua jornada.
Como é comum na retórica dos mestres judaicos o texto seguirá com LOUVOR e CENSURA.

2) A MISSÃO DA IGREJA E SUAS OBRAS DIGNAS DE LOUVOR.

Nesse ponto de cada carta, após o resgate da imagem da divindade de Cristo, cada igreja receberá um elogio, sempre precedido pela expressão: “Conheço a tuas obras”. Como se o Senhor de forma bem contemporânea afirmasse: EU ESTOU DE OLHO!

1)- Éfeso (2. 2-4) – Nosso Deus conhece a maneira de viver de cada um. Deus está louvando uma igreja que sabe que deve se opor aos falsos mestres. Éfeso cumpriu bem essa missão. Quantos hoje se beneficiam de sua posição autoproclamada de apóstolo e a igreja não condena tais atitudes. A igreja de Éfeso sabia a diferença entre um e outro.

2) – Esmirna (2.9).– Sua aflição e pobreza são a sua riqueza. Em tempos de teologia da prosperidade este é um elogio raro e difícil de ser encontrado. Esmirna é pobre contudo é muito rica.

Ao contrário de Laodicéia que é rica mas é pobre. Na galeria da fé estão muitos cristãos como os de Esmirna: “Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno)...” (Hebreus 11:37,38).

3) – Pérgamo (2.13) – Você permanece fiel. Conservas o meu nome. Não negaste a minha fé. Um elogio de sua perseverança.

4) – Tiatira (2.19) – Amor, fé, serviço e perseverança claramente perceptíveis na vida e na missão de Tiatira. Uma igreja com muito a ser elogiado. Uma igreja verdadeiramente multiplicadora: “Você faz mais agora do que quando começou” (2.19).

5) - Sardes (3.1) – O Deus que tudo conhece não valoriza a fama e sim as obras.

6) - Filadélfia (3.8) – A sua fraqueza é a sua força. Guarda as minhas palavras e não nega o meu nome.

7) - Laodicéia – Não te louvarei pelo que você diz  e não faz.(3.17)

Vale observar que somente Esmirna e Filadélfia, as duas mais perseguidas, são plenamente elogiadas.

Para que a mensagem de Cristo alcance a Todos, Deus precisa de UMA TESTEMUNHA FIEL. (2.13; 3.14). Esse é o convite e o desafio feito as igrejas.

Após os elogios o texto seguirá para as disciplinas, ou seja as reprovações que Deus faz para cada igreja.

3) A DISCIPLINA NA IGREJA E A CENSURA PARA ARREPENDIMENTO.

A aplicação das duras disciplinas, se seguirá precedida da expressão: “Tenho, porém, contra ti”. Uma afirmativa firme e segura sobre a santidade de Deus. A disciplina é também destacada nos textos como uma expressão do amor de Deus: “Eu repreendo e disciplino aqueles que eu amo” (3.19. A disciplina exercida em amor. DEUS É AMOR.

1) - Éfeso (2.4)Deixaste o teu primeiro amor. Sã doutrina e perseverança são insuficientes sem amor (2.4). O amor a Deus e ao próximo são os pilares do evangelho. A igreja abandonou o seu primeiro amor. Para amar a Deus, você também precisa odiar o que Deus odeia (Obras dos Nicolaítas) (2.6).

2) - Esmirna -  Só elogios.

3) - Pérgamo (2.14). Na igreja um sem número de pessoas que se apegam a ensinos perigosos (Balaão e Nicolaítas) – O Convite: ARREPENDA-SE. Igrejas sem Ensino Bíblico profundo e sério, geram membros que são presas fáceis para todo tipo de vento.

4) - Tiatira (2.20-21) – Você tolera ensinos de imoralidade sexual. Tolera a idolatria. Disciplina que a igreja atual precisa aceitar. Há sintomas de uma grande omissão da igreja contemporânea nos temas como: Identidade Gênero, homossexualidade, fornicação, adultério entre outros.

5)Sardes (3.1) – Você tem FAMA de estar vivo, contudo está morto. Mostra uma coisa que não é. Parece uma coisa e é outra. Não achei obras perfeitas aos olhos de Deus (ausência de Obras). A fé sem obras é morta. Quanta gente sem conhecimento algum do que diz se auto denomina um reformado e calvinista e afirma assim sua ausência de obras. Uma clara ofensa aos verdadeiros e fiéis cristãos reformados. Outros por sua vez na tentativa de justificar suas obras se afirmam pentecostais e arminianos, numa clara ignorância do que podem estar afirmando sobre a o tema da salvação pela graça.

No texto de Apocalipse, as obras são tema real e muito presente: “E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem.   (Apocalipse 14:13).

6) -  Filadélfia. Só elogios.

7) - Laodicéia (3.16) – Você é morno. Miserável, pobre, cego e nu. Ouça a minha voz e abra a porta.

Vale aqui observar que as duas igrejas mais CONDENADAS são as duas cidades que estão completamente desabitadas na atualidade Sardes e Laodicéia.

Na última parte da carta as 7 Igrejas encontramos promessas muito poderosas.

4) UMA PROMESSA E A CERTEZA DA VITÓRIA.

As promessas que o Senhor dirigiu a sua igreja estão precedidas da expressão: “Ao que vencer”. Uma clara afirmação de que somos mais que vencedores. Todo aquele que perseverar diante do conflito e da adversidade sendo encontrado fiel, será coroado como um grande vencedor e digno de receber e de desfrutar das promessas de Deus.
Daqui em diante, serão apresentadas para cada umas das igrejas, uma solução para as suas dificuldades e uma promessa para aqueles que superarem os problemas.

1) - Éfeso (2.7) - Comer da árvore da vida que está no paraíso de Deus. Ante a grave falha de Adão e Eva no jardim de Deus, chegou o tempo em que os redimidos desfrutarão da árvore da vida na presença de Deus.

2) - Esmirna - Sê Fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida (2.10). Não sofrerá o dano da segunda morte (2.11). 
Para cada cristão que está morrendo ou está inseguro ante a graves ameaças de morte, é reafirmada a vitória do crente diante da morte: “E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou”. (1 Coríntios 15:13).
“E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. (1 Coríntios 15:14).
“Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. (1 Coríntios 15:19).

3) - Pérgamo. Darei o maná escondido (2.17). Que igreja e ministério não precisa de alimento no deserto? Em tempos difíceis a igreja é lembrada que pode confiar no Deus da sua provisão.
 Uma pedra branca com um novo nome escrito (2.17). Na judéia o corpo de jurados utilizava pedras brancas para inocentar o réu, e pedras negras para sua condenação. (Craig Kenner – Comentário do Novo Testamento). A certeza de nossa justificação em Cristo.

4) - Tiatira – Darei autoridade sobre as nações. Darei a mesma autoridade que recebi de meu pai. Darei a estrela da manhã. (2.26-28).

5) - Sardes (3.5)– Serão vestidos de branco, terão seus nomes no livro da vida. Reconhecerei diante de meu Pai.

6) - Filadélfia (3.12) – Você será uma coluna no santuário de Deus. Escreverei nele o nome do meu Deus. Escreverei nele o meu novo nome.

7) - Laodicéia (3.21)– Sentará comigo no meu trono.

CONCLUSÃO:

O apelo aos cristãos é para que:

1) Mantenham firme a sua confissão de fé por CRISTO. A palavra de Cristo é Fiel. O nosso Cristo é Eterno, Ele é antes da fundação do mundo. O nosso Cristo é o servo sofredor e também é o Verbo Encarnado. Em apocalipse, Ele é o Cristo glorificado, o Rei dos reis o Senhor dos Senhores. Cada igreja pode confiar, que Cristo sempre será o cabeça da Igreja e tudo fará para cumprir todo o seu proposito na vida da igreja.

2)Cumpram com fidelidade a sua missão. Nossas obras, nossa perseverança, nossa fidelidade, tudo é para que o nome de Deus seja louvado.

3) Aceitem a disciplina de Deus. A repreensão de Deus é a melhor expressão de sua justiça e do seu amor (3.19). Diz o Senhor: “repreendo e disciplino aqueles que eu amo....”.

4) Podemos e devemos perseverar diante da perseguição, do conflito e da adversidade, pois temos em Deus a certeza da vitória. Ao que vencer: Galardão e Coroa são promessas fiéis do Senhor aos que creem no seu nome.

O desafio para cada cristão no sentido de não vivermos para esta era e seus impérios, e sim, vivermos para o nosso Rei que virá e para a nova cidade celestial (Jerusalém).

Que para tanto o Senhor nos abençoe.

REFERÊNCIAS:

BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: antigo e novo testamento. Tradução João Ferreira de Almeida (ACF): Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 2011.

BÍBLIA. Apocalipse. Português. A Bíblia Sagrada NVI: antigo e novo testamento. Tradução Comissão de tradução da Sociedade Bíblica Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2015.  P. 1711-1715.

ERICKSON, Millard J. Teologia Sistemática. Trad. Robinson Malkomes, Valdemar Kroker, Tiago Abdalla Teixeira Neto. São Paulo: Vida Nova, 2015.

FERREIRA, Franklin; MYATT, Alan. Teologia Sistemática: Uma análise histórica, bíblica e apologética para o contexto atual. São Paulo: Vida Nova, 2007.

GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. Vários Tradutores. São Paulo: Vida Nova, 1999.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Trad. Valter Martins. São Paulo: Hagnos, 2001.

LADD, George Eldon. Apocalipse: Introdução e Comentário.  1ª Edição. São Paulo: Vida Nova, 1996.

LOPES, Hernandes Dias. APOCALIPSE: O Futuro Chegou. As coisas que em breve devem acontecer. São Paulo: Editora Hagnos, 2005.

OSBORNE, Grant R. Apocalipse: Comentário Exegético. Trad. Robinson Malkomes, Tiago Abdala T. Neto. São Paulo: Vida Nova, 2014.