A
PALAVRA DE AFEIÇÃO.
A
propósito do dia das Mães.
Texto:
25 E JUNTO À CRUZ DE JESUS ESTAVA SUA MÃE, e a irmã de sua mãe, Maria
mulher de Clopas, e Maria Madalena.
26 Ora Jesus, vendo ali sua
mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe:
Mulher, eis aí o teu filho.
27 Depois disse ao
discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua
casa. (João 19. 25-27)
INTRODUÇÃO
No nosso sermão de hoje,
estou utilizando como base de nossa argumentação o livro: Os Sete Brados do
Salvador na Cruz. A. W. Pink.
Na introdução deste livro,
seu ator Arthur W. Pink afirma o seguinte:
“A MORTE DO SENHOR JESUS
CRISTO, é um assunto de interesse inexaurível para todos os que estudam em
oração a Escritura da verdade”. (Pg. 07).
SÃO
SETE OS BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ:
1ª - PALAVRA DE PERDÃO: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)
2ª- PALAVRA DE SALVAÇÃO: “E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que
hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lucas 23. 42-43)
3ª- PALAVRA DE AFEIÇÃO: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o
discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o
teu filho”. (João 19:25-26).
4ª - PALAVRA DE ANGÚSTIA: “E perto da hora nona exclamou Jesus em alta
voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?”. (Mateus 27:46).
5ª- PALAVRA DE SOFRIMENTO: “Depois, sabendo Jesus que já todas as
coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho
sede”. (João 19:28)
A 6ª - A PALAVRA DE VITÓRIA: “E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está
consumado”. (João 19:30).
7ª - A PALAVRA DE CONTENTAMENTO: “E, clamando Jesus com grande voz,
disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou”.
(Lucas 23.46).
A Propósito do dia das Mães,
gostaríamos de dedicar nossa atenção a Mãe de Jesus e a sua presença junto a
Cruz de Cristo. Em nossa análise nos dedicaremos a TERCEIRA das 7 palavras da
Cruz.
3ª-
PALAVRA DE AFEIÇÃO: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o
discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o
teu filho”. (João 19:25-26).
Note que o Evangelista João
faz questão de registrar: “E junto à
cruz de Jesus estava a sua mãe”. (João 19.25).
Exatamente como seu filho,
Maria também estava familiarizada com o sofrimento. Por ser uma pessoa com um
chamado especial para servir a Deus, Maria esteve grandemente exposta a vida
sofrimento.
“E, entrando o anjo aonde
ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as
mulheres. E, vendo-o ela, TURBOU-SE MUITO com aquelas
palavras, e considerava que saudação seria esta”. (Lucas 1:28,29).
Esse foi o anúncio do
nascimento de Jesus e o prenúncio de muitas perturbações na vida de Maria.
O anjo Gabriel veio anunciar
o fato da concepção milagrosa, e não foi coisa fácil e simples para Maria
tornar-se mãe.
A gravidez, o período de
gestação e o exercício da maternidade são realmente desafiadores. Há desafios
imensos, que se fazem presentes na criação dos filhos. Tornar-se mãe é por
demais desafiador: “Sair da completa liberdade para a completa responsabilidade
sobre outro ser humano é incomensurável”. (1)
Esse privilégio, de conceber
pelo Espírito de Deus, trouxe mais tarde, grande honra, mas também grande
perigo para a reputação de Maria e não pouca prova para a sua fé em Deus.
Com resignação amorosa Maria
responde ao chamado do Senhor:
“Disse
então Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra”. (Lucas 1:38).
É
extremamente fácil perceber aflição e sofrimento na vida desta mulher e mãe:
-
QUE LUTA! Sua concepção do Espírito Santo e início de gravidez acontecem antes
da concretização do seu casamento.
“...José, filho de Davi, não
temas receber a Maria, tua mulher, porque o que NELA ESTÁ GERADO é do Espírito
Santo”. (Mateus 1.20).
-
QUE SITUAÇÃO! Seu Noivo, preocupado com a “difamação” intentou deixá-la sozinha
com sua gravidez.
“Então José, seu marido,
como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente”.
(Mateus 1.19).
Hoje, em nossa atualidade,
sabemos que tais preocupações estão perdendo o seu valor. Em seu Livro:
“Modernidade Líquida” - Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, faz uma análise
deste tempo e o caracteriza como uma modernidade fluída e não mais sólida:
“O romance secular da nação
com o Estado está chegando ao fim; não exatamente um divórcio, mas um arranjo
de “viver juntos” está substituindo a consagrada união conjugal fundada na
lealdade incondicional. Os parceiros estão agora livres para procurar e entrar
em outras alianças; sua parceria não é mais o padrão obrigatório de uma conduta
própria e aceitável”. (2)
-
QUANTA DIFICULDADE! Não havia um lugar seguro e tranquilo para a realização do
seu parto
“E aconteceu que, estando
eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.
E deu à luz a seu filho
primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não
havia lugar para eles na estalagem”. (Lucas 2.6,7).
- QUANTO PAVOR! Quando soube que o Rei Herodes
queria Matar o seu filho.
“E, tendo eles se retirado,
eis que o anjo do Senhor apareceu a José num sonho, dizendo: Levanta-te, e toma
o menino E SUA MÃE, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga;
porque Herodes há de procurar O MENINO PARA O MATAR”. (Mateus 2.13).
-
QUANTA INSTABILIDADE! Quando deixa sua vida e sua família para trás, para fugir
para outro País.
“E, levantando-se ele, tomou
o menino e SUA MÃE, de noite, e foi para o Egito”. (Mateus 2:14).
Podemos
ver o “retrato” do seu sofrimento nos versos:
“Então Herodes, vendo que
tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou matar todos os
meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois anos para
baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos.
Então se cumpriu o que foi
dito pelo profeta Jeremias, que diz:
Em Ramá se ouviu uma voz,
LAMENTAÇÃO, CHORO E GRANDE PRANTO: Raquel chorando os seus filhos, E não quer
ser consolada, porque já não existem”.
(Mateus 2:16-18).
-
QUANTA MALDADE! O auge do seu sofrimento, com a traição, a prisão, o
espancamento e a crucificação do seu filho.
O que podemos aprender com o
tamanho sofrimento dessa Mãe?
I - A MÃE IMPERFEITA NOS ENSINA PELO SEU EXEMPLO COMO SE DEVE AMAR UM FILHO.
“E JUNTO À CRUZ DE JESUS
ESTAVA SUA MÃE”. (João 19.25).
Nada aqui foi não previsto
ou mesmo, não permitido por Deus. Nada nessa história escapou a soberania de
Deus.
“E Simeão os abençoou, e
disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em
Israel, e para sinal que é contraditado. (E UMA ESPADA TRASPASSARÁ TAMBÉM A TUA
PRÓPRIA ALMA); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”.
(Lucas 2:34,35).
Maria
é reconhecidamente uma mulher com a alma traspassada por uma espada.
O
MAIOR DE TODOS OS PRIVILÉGIOS, TROUXE CONSIGO A MAIOR DE TODAS AS TRISTEZAS.
Após os dias de sua infância
e adolescência, e durante todo o ministério público de Cristo, vemos e ouvimos
pouco de Maria. Sua vida foi vivida em um silencioso “anonimato”.
Contudo, quando seu filho
está na Cruz agonizante, ela reaparece ao seu lado, e permanece ali junto a
Cruz. Naquele dia lembrou-se da felicidade tal como nunca houve em um
nascimento humano, e experimentou tristeza tal como nunca diante de uma morte
cruel e desumana. É aqui que consigo ver
o coração de uma verdadeira mãe.
Aquele que agonizava até a
morte na cruz era seu filho. Ela foi a primeira a beijar aquela testa, agora
coroada com espinhos. Ela foi a primeira a guiar aquelas lindas mãozinhas e os
seus lindos pés nos momentos de seus primeiros passos. Agora vê ali na sua
frente a perfuração com cravos enormes daquelas mãos e pés.
Pense comigo no que se passa
no profundo do coração dessa mãe em relação ao sofrimento do seu filho:
- Seus discípulos podem
desertá-lo
- Seus amigos podem esquecê-lo
- Sua nação pode
desprezá-lo.
Ela, no entanto, desejou que
seu filho soubesse: SUA MÃE ESTÁ ALI AO SEU LADO: “E JUNTO À CRUZ DE JESUS
ESTAVA SUA MÃE”. (João 19.25).
Estava ali, sofrendo
silenciosa em vigoroso silêncio. Contudo estava firme ao lado do seu filho.
Seria perfeitamente
aceitável se ela se afastasse de tal espetáculo! Mas não! Ela ficou ali. Sua
ação e atitudes são singulares. De uma coragem transcendente.
Simplesmente um poderoso e
fiel exemplo de como uma mãe deve amar seu filho. É digno de ser imitado.
Que outras lições
encontramos?
II
- O HOMEM PERFEITO NOS ENSINA PELO SEU EXEMPLO A HONRAR OS PAIS.
“26 Ora Jesus, vendo ali sua
mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe:
Mulher, eis aí o teu filho. 27 Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe”. (João
19. 26-27)
Jesus é um filho exemplar,
no trato com sua mãe e no cumprimento dos seus deveres para com seu Pai
Celestial.
Nesse exemplo o Senhor Jesus
deseja que todos os filhos o imitem, no seu comportamento para com seus pais de
acordo com as leis naturais, presentes nas relações entre pais e filhos e na manifestação
da graça, presente na relação que temos como filhos de Deus.
Lembre-se que as palavras
que o dedo divino gravou nas duas tábuas de pedra, e que foram dadas a Moisés
no monte Sinai, nunca foram anuladas. Elas estarão em vigor enquanto essa terra
aqui perdurar.
Veja que Êxodo 20.12: (O Provável Quinto
Mandamento).
12 “Honra a teu pai e a tua
mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.”
É reiterado em Efésios 6. 1-3:
1 Vós, filhos, sede
obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua
mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
3 Para que te vá bem, e
vivas muito tempo sobre a terra.
O mandamento para os filhos
honrarem os seus pais vai muito além de uma obediência a essa vontade expressa,
embora certamente inclua essa vontade. Esse mandamento envolve amor e afeição,
gratidão e respeito.
Quase sempre achamos que
esse mandamento é dirigido aos filhos jovens, que ainda vivem sob o mesmo teto
que seus pais.
A Palavra HONRA é muito mais
do que simples OBEDIÊNCIA.
Filhos adultos, mesmo os que
já deixaram o teto de seus pais, têm com seus pais um débito que eles nunca
podem se desobrigar. O mínimo de retribuição é tratá-los e considerá-los em
alta estima, reverenciá-los.
No exemplo perfeito de
Cristo temos as duas coisas: Obediência e Estima.
Na Infância, durante seus
primeiros anos, o menino Jesus estava sob o controle de seus Pais.
“42 E, tendo ele já doze
anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa.
43 E, regressando eles,
terminados aqueles dias, ficou o menino Jesus em Jerusalém, e não o soube José,
nem sua mãe.
44 Pensando, porém, eles que
viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia, e procuravam-no
entre os parentes e conhecidos;
45 E, como o não
encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele.
46 E aconteceu que, passados
três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os.
47 E todos os que o ouviam
admiravam a sua inteligência e respostas.
48 E quando o viram,
maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para
conosco? Eis que teu pai e eu ansiosos
te procurávamos.
49 E ele lhes disse: Por que
é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?”. (Lucas
2:42-49).
Certamente a expressão
“ansiosos te procurávamos” mostra o quanto aflito estava o casal ao procurar o
menino que certamente poucas vezes deve ter estado fora da esfera imediata da
influência e dependência deles.
A resposta de Jesus a seus
Pais, apesar de pouco entendida e não raras vezes incompreendida, precisa aqui
ser interpretada por nós: “Não sabeis
que me convém...”.
Concordamos com o Dr Campbel
Morgan de que Cristo não respondeu “indevidamente” seus pais aqui. Nossa
interpretação do texto fica assim: “Mãe, certamente você me conhece
suficientemente bem para saber que nada pode me deter, senão os negócios do meu
Pai”.
Fica ainda mais clara a
sujeição desse menino aos seus pais, quando o evangelista Lucas assim registra:
“51
E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe
guardava no seu coração todas estas coisas”. (Lucas 2.51).
A influência dos pais na
vida de Jesus, é facilmente percebida neste texto. “A criação de filhos requer vários tipos de intervenção. A criação dos
filhos não se limita ao momento presente. Preparamos nossos filhos para o
futuro. O caráter de uma pessoa é fator determinante para o seu destino”. (3).
Ainda que os anos de obediência
direta, estivessem “interrompidos” pela ausência do lar, por sabermos que Jesus
seguiu para um ministério de 3 anos longe de seus Pais, O Senhor Jesus sabia,
que os anos de “honra” não haviam terminado. Na verdade nesta vida eles nunca
se encerram.
Nas últimas e mais terríveis
horas de sua vida, o Senhor Jesus se dedicou aquela que o amava e o amou como
ninguém. A honra que Jesus deu a sua mãe
foi uma manifestação clara de sua vitória contra o pecado.
Olhando o exemplo de Jesus
pergunto: Como você está tratando seus pais? Tem os tratado com honra?
“Ouve
teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer”.
(Provérbios 23.22).
Temos no mandamento de Deus
uma obrigação sagrada: “Honra Teu Pai e a Tua Mãe”.
III
-
COM JESUS CRISTO E SUA MÃE APRENDEMOS
SOBRE A PRUDÊNCIA.
O ato de Cristo encomendar Maria às mãos de seu discípulo,
foi uma expressão de seu terno amor e presciência. Para João, cuidar da mãe do
Salvador era uma abençoada comissão. Disse Jesus: “João! Minha mãe seja para
você como sua própria mãe”.
A prudência evidenciada por Jesus, tem origem profética:
“13 Eis que o meu
servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime”.
(Isaías 52.13).
Foi sábia a percepção de Jesus, ao ver que Deus havia
providenciado aquele que seria o guardião de sua mãe. Foi para isso que João
estava lá.
Acredito que ninguém
compreendeu mais Jesus do que a sua própria mãe. E creio também, que ninguém
mais entendeu sobre o amor de Jesus, do que João o discípulo amado.
Que bela companhia deve ter
sido João para Maria a mãe de Jesus. Lembre-se que João será o escolhido por
Deus para receber do seu Santo Espírito as visões do Apocalipse. É certo que
você consegue imaginar, como o tempo que João passou cuidando de Maria,
influenciaram sua visão a respeito da vida e da pessoa de Jesus.
Que outras lições retiramos
da terceira palavra da cruz?
IV - APRENDEMOS COM JESUS E SUA MÃE, QUE RESPONSABILIDADES ESPIRITUAIS NÃO
DEVEM NOS FAZER IGNORAR NOSSAS RESPONSABILIDADES NATURAIS.
As
responsabilidades de um filho:
Jesus poderia simplesmente
ter dito: Mãe! Me perdoe, volte depois, estou ocupado demais salvando o mundo.
O Senhor Jesus está morrendo
como Salvador de toda humanidade. Totalmente comprometido com a mais estupenda
incumbência. Com uma tarefa de enorme magnitude espiritual para concluir. E
ainda assim, Ele, O Cristo, jamais deixou ou mesmo abandonou suas obrigações
naturais de um filho que amava verdadeiramente a sua mãe.
Nenhuma obra, nenhuma
obrigação, por mais importante que seja, pode ou deve servir de escusa para
deixarmos de lado nossas obrigações de natureza, de cuidar daqueles a quem o
Senhor nos confiou para cuidar.
As
responsabilidades dos pais:
O ato de nosso Senhor na
cruz, encomendando sua mãe aos cuidados do apóstolo, é bem mais entendido à luz
da viuvez de sua mãe (4). Assim
temos claramente explicada a ausência de José na cena da crucificação. Quantos
pais ainda vivos, estão ausentes na vida de seus filhos.
A ausência da figura paterna
no lar, devido ao trabalho intenso e tantas outras ocupações, é uma dura e
cruel realidade. “Muitos pais perdem seus filhos correndo atrás de outras aspirações”.
(5) Acabam por decidir cuidar dos
outros e não cuidar da própria família. (5).
Para não se esquecer: Nenhuma
obra, nenhuma obrigação, por mais importante que seja, pode ou deve servir de
escusa para deixarmos de lado nossas obrigações naturais.
V
- COM ESSA GRANDE MÃE, APRENDEMOS MUITO SOBRE UMA NECESSIDADE QUE É IMPOSTA A
TODOS NÓS.
TODOS
PRECISAM DE SALVAÇÃO!
Como a Maria no texto Sagrado
da Bíblia é diferente das “Marias” inventadas pela religião.
Na Bíblia Sagrada, Maria não
é uma Madona altiva e poderosa. Antes é Maria, um membro da raça caída como
cada um de nós. Uma pecadora tanto por natureza humana, quanto por atos e
práticas.
Maria, assim mesmo se
identificou e apresentou:
“46
Disse então Maria: A minha alma engrandece ao Senhor,
47
E o meu espírito se alegra em Deus meu SALVADOR”. (Lucas 1.46,47).
É no dia da morte de seu
filho, que ela descobre a verdadeira alegria de ter um SALVADOR. Ela sabe com certeza que a oração de Izabel,
enquanto cheia do Espírito de Deus afirmava: “Bendita és tu entre as
mulheres”. (Lucas 1:42). Ou seja, “entre”
as mulheres, nem abaixo, nem acima delas.
Maria, se prostra diante da Cruz
como um membro de nossa raça caída, uma pecadora que reconhecidamente sabe que
precisava de um Salvador.
“E
o meu espírito se alegra em Deus meu SALVADOR”. (Lucas 1.47).
Está resumida nesta simples
palavra, a expressa necessidade de todo o descendente de Adão. Voltar os olhos
do mundo para fora do eu, e olhar por fé para o SALVADOR que morreu na cruz por
nós os pecadores.
Na cruz estava o divino
caminho para a Salvação:
- Nossa Libertação da Ira Vindoura
- O Perdão para os nossos Pecados
- A Nossa Aceitação por Parte
de Deus
Tudo isso alcançado não por
feito meritório, não por obras, não por ordenanças religiosas. A Salvação está
ali diante dela. O Salvador está ali diante dos seus olhos: “O Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo”. (João 1.29).
Como não se alegrar? Essa
foi a grande alegria da vida de Maria:
“E o meu espírito se ALEGRA em Deus MEU SALVADOR”. (Lucas 1.47).
Maria olhou para o SALVADOR
na cruz, com a mesma fé que os Israelitas “olharam” para aquela serpente
levantada no deserto.
14 E, como Moisés levantou a
serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
15 Para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
16 Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna. (João
3.14-16).
CONCLUSÃO
Foi por isso que Deus
permitiu, que uma mãe tão especial, estivesse junto da cruz do calvário, quando
seu filho estava sendo crucificado.
“E junto à cruz de Jesus estava a sua mãe”. (João 19.25).
Estava junto a cruz nos
ensinando pelo seu exemplo como se deve amar um filho.
Estava junto a cruz, para
ver que mesmo do alto dela, o seu filho, nos ensina pelo seu exemplo a honrar
os pais.
Junto a cruz, aprendemos com
Jesus Cristo e sua mãe sobre a prudência.
Junto a cruz, aprendemos com
Jesus e sua mãe, que responsabilidades espirituais não devem nos fazer ignorar
nossas responsabilidades naturais.
Junto a cruz, com essa
grande mãe, aprendemos muito sobre uma necessidade que é imposta a todos nós. Precisamos
de salvação. Todos nós precisamos reconhecer o sacrifício do Salvador Jesus.
E junto à cruz de Jesus
estava a sua mãe. Foi sim à primeira vista, a sua maior dor e tristeza. Foi
também, sem sombra de dúvida, o fim de toda a sua dor e miséria.
Alegrou-se DEFINITIVAMENTE em
Deus pela Morte e pela Vida do seu SALVADOR.
“E o meu espírito se ALEGRA
em Deus MEU SALVADOR”. (Lucas 1.47).
Referência:
Resumido e adaptado do
Livro: PINK, Arthur Walkington. OS SETE BRADOS DO SALVADOR NA CRUZ. Trad.
Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da Silva. 1ª Ed. São Paulo: Arte
Editorial, 2009. Págs. 55-71. Originalmente publicado em inglês com o título: The
Seven Sayings of the Saviour on the
Cross (1919).
Citações:
(1) WOLK, Claudine. Vai Ficar mais fácil: e outras mentiras que
contamos as mamães de primeira viagem. Trad. Marsely de Marco Matins Dantas.
Ribeirão Preto: Novo Conceito, 2011. Pg.92.
(2) BAUMAM, Zygmunt. Modernidade Líquida. Trad. Plínio Dentzien. Rio
de Janeiro: Zahar, 2001.Pg. 231.
(3) CLOUD, Henry. TOWNSEND, John. Limites para Ensinar os filhos.
Trad. Denise Avalone. São Paulo: Vida, 2001. Pg. 18
(4) PINK, Arthur Walkington. Os Sete Brados Do
Salvador Na Cruz. Trad. Felipe Sabino de Araújo Neto e Vanderson Moura da
Silva. 1ª Ed. São Paulo: Arte Editorial, 2009. Pg. 62
(5) LOPES, Hernandes Dias. Pai, um homem de valor.
São Paulo: Hagnos, 2008. Págs. 35 e 39.
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