A EBD NA ÓTICA DO PROFESSOR E DO ALUNO

È sempre bom lembrar, pois tem sempre gente nova chegando na igreja. A EBD – Escola Bíblica Dominical, é o espaço que a igreja local reserva para o estudo dominical da Palavra de Deus. É nesse horário reservado no domingo, que nós os alunos da EBD nos encontramos para estudar a Palavra de Deus. Especialmente no mês Abril, que é o mês da EBD, damos uma ênfase maior ao seu trabalho e a sua importância.


O início da Escola Dominical, como a conhecemos hoje, deu-se em 20 de julho de 1780 na cidade de Gloucester. Era uma cidade importante da Inglaterra no período pós Revolução Industrial. Foi da visão de Robert Raikes, fundador da Escola Dominical que recebemos o pontapé inicial do trabalho que ainda hoje realizamos.

Pensemos na EBD na ótica do aluno. O segredo de uma EBD eficaz depende, e muito, do aluno. E como deve ser o aluno da EBD? Qual o perfil do aluno ideal? Antes de respondermos essas perguntas, é importante dizer que por aluno ideal não nos referimos, propriamente, a um ser extraordinário: brilhante, gênio, super intelectual. Não, o aluno ideal é antes de tudo uma pessoa bem intencionada. Como assim? Ele é dedicado: Assíduo, pontual, responsável. Vai à EBD com prazer e não para dizer simplesmente “estou aqui”, “cheguei” ou “agora o pastor não vai pegar no meu pé”. O verdadeiro aluno da EBD não pensa assim. Ele faz a lição de casa. Lê a Bíblia e sua revista; anota suas dúvidas e vem disposto a colaborar seriamente na sala de aula.

É lamentável quando o aluno vai à EBD sem ter estudado durante a semana; sem sua Bíblia e/ou sem revista. E olha que eu não estou falando dos pequeninos, e sim, de gente grande mesmo! Pode parecer grosseiro de minha parte, mas muitas vezes eu me ponho a pensar: “O que alguém que não leva Bíblia, revista (ou algo semelhante), e que não estuda em casa vai fazer na escola dominical?”. Aprender? Duvido! Não se pode aprender quando o básico é menosprezado.

Pensemos na EBD na ótica do professor. O bom professor é aquele que almeja a excelência do ensino e se empenha em alcançá-la. Tem que ser como o apóstolo Paulo exortou: “…o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7). Paulo recomenda àquele que ensina a dedicação total desse ministério. Dedicação que resultará num progresso constante do professor, quer seja em relação à habilidade no ensino e crescimento espiritual de seus alunos; quer seja em relação a sua própria vida cristã.

O professor da EBD deve ser o primeiro a viver o que ensina. A classe nunca deve ser subestimada (muito menos a dos pequeninos). Ela saberá se o professor está sendo sincero no que diz. Como também saberá se o professor se preparou adequadamente para a aula. Fazer pesquisas de última hora e preparar a aula às pressas nunca dá certo. Quando o professor não se esforça para fazer o melhor, ele não apenas desrespeita seus alunos como peca contra Deus.

Além de viver o que ensina, o bom professor conhece seus alunos. Ele nunca deve acreditar que basta, por exemplo, pegar a revista e ensinar o que está ali, por melhor que seja o seu trabalho de pesquisa. O professor da EBD deve conhecer a sua classe, cada um de seus alunos. É importante que o professor conheça seus alunos, até mesmo para uma transmissão mais natural e eficaz de sua aula.

Quanto ao preparo e a exposição da aula propriamente dito, existem muitas sugestões preciosas que ajudarão em muito os professores da EBD. Vejamos:

  • Utilizar sempre a Bíblia como referencial absoluto.
  • Elaborar pesquisas e anotações, buscando noutras fontes subsídios para a complementação das lições.
  • Planejar a ministração das aulas, relacionando-as entre si para que haja coerência e se evite a antecipação da matéria.
  • Evitar o distanciamento do assunto proposto na lição.
  • Dinamizar a aula sem monopolizar a palavra oferecendo respostas prontas.
  • Relacionar as mensagens ao cotidiano dos alunos, desafiando-os a praticar as verdades aprendidas.
  • No final da aula, despertar os alunos quanto ao próximo assunto a ser estudado, mostrando-lhes a possibilidade de aprenderem coisas novas e incentivando-os a estudar durante a semana.
  • Depender sempre da iluminação do Espírito Santo, orando, estudando e colocando-se diante de Deus como instrumento para a instrução de outros.
  • Verificar a transformação na vida dos alunos, a fim de avaliar o êxito de seu trabalho.
Duas coisas, pelo menos, têm levado muita gente a perder o interesse pela escola dominical hoje em dia, ou seja, a falta de criatividade do professor e dinâmica das aulas. Professor: Faça de sua aula algo interessante; seja criativo, gaste tempo nisso. Criatividade e dinamismo são, em boa parte, o segredo do sucesso do professor eficaz.
É necessário que o professor da EBD veja seu trabalho como o ministério que Deus lhe deu e que, por isso mesmo, precisa ser realizado da melhor maneira possível. “… o que ensina, esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7).

Neste mês da Escola Bíblica Dominical, nosso desejo é que alunos e professores cresçam juntos no ideal de melhor servir a Deus através deste magnífico ministério.
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Pr. Carlos Elias de Souza Santos.

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