O DEUS QUE SE RELACIONA CONOSCO.




No início da sua criação, Deus está no Éden. Procurando manter um relacionamento com o homem.

“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim”. (Gênesis 3:8).

Deus está correndo atrás do homem e o homem está correndo de Deus.  O homem na verdade está se escondendo de Deus.

Grande parte dos homens que não estão correndo ou se escondendo de Deus, acabam por decidir viver como se Deus não existisse.

“Disse o néscio no seu coração: Não há Deus”.  (Salmos 14:1).

A verdade sobre Deus é que Ele existe e deseja se relacionar conosco:
“A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel", que significa "Deus conosco". (Mateus 1.23).

1)   O CONVITE DE DEUS PARA NOS RELACIONARMOS COM ELE.

O convite de Deus para um relacionamento, às vezes, vai além do chamado individual. Ele convidou toda a nação da antiga Israel para entrar em um relacionamento com Ele.

Essa associação foi baseada em uma aliança que previa promessas, expectativas e condições importantes para manter esse relacionamento.
Através de Moisés, Deus disse aos israelitas:

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa” (Êxodo 19:5-6, ARA).

Esse relacionamento, de certa forma, foi admitido como uma aliança de casamento. Mas o coração de Israel não estava inclinado a obedecer a Deus. Através do profeta Jeremias, Deus disse a Israel:

“Deveras, como a mulher se aparta perfidamente do seu marido, assim com perfídia (deslealdade) te houveste comigo, ó casa de Israel” (Jeremias 3:20, ARA).

Antes disso, Deus tinha dito a Samuel: “Antes, a Mim me tem rejeitado, para Eu não reinar sobre eles” (1 Samuel 8:7).

Veja o que Deus achou, quando eles O rejeitarem como seu Deus e Rei.

“Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exaltei-os, mas eles prevaricaram contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o Meu povo não entende … Deixaram o Senhor, blasfemaram do Santo de Israel, voltaram para trás” (Isaías 1:2-4).

Qual foi a resposta de Deus para essa rejeição?

“Com mão erguida, também jurei a eles … que os espalharia entre as nações e os dispersaria por outras terras, porque não obedeceram às minhas leis, mas rejeitaram os meus decretos e profanaram os meus sábados, e os seus olhos cobiçaram os ídolos de seus pais” (Ezequiel 20:23-24, NVI).

Embora os antigos israelitas tenham rejeitado a Deus e recusaram Seu convite para um relacionamento, Ele ainda deseja profundamente ter um relacionamento com os seres humanos. Embora Deus tenha castigado os israelitas, Ele nunca os abandonou completamente nem aos seus descendentes. Paulo explica:

“Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu” (Romanos 11:1-2, NVI).

Paulo continua:

“Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegue a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade” (Romanos 11. 25-26, NVI).

Paulo conclui:

Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vocês; mas quanto à eleição [como pessoas com quem Deus estabeleceu um relacionamento especial] são amados por causa dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis. Assim como vocês, que antes eram desobedientes a Deus, mas agora receberam misericórdia, graças à desobediência deles, assim também agora eles se tornaram desobedientes, a fim de que também recebam agora misericórdia, graças à misericórdia de Deus para com vocês” (Romanos 11. 28-31, NVI).

Por causa de Sua grande misericórdia, Deus planeja trazer o povo de Israel ao completo arrependimento e, trabalhando com eles, vai convidar todas as outras pessoas para entrar em um relacionamento semelhante com Ele.

Deus é fiel. Ele não desiste de um relacionamento que estabeleceu, enquanto ainda há alguma esperança de arrependimento e restauração das partes envolvidas.

DEUS TE CONVIDA PARA RELARCIONAR-SE COM ELE.

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.
(Mateus 4:19 - ACF).

Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. (Mateus 11:28,29- ACF).

2) PRINCÍPIOS QUE REGEM ESSE RELACIONAMENTO.

Todos nós conhecemos esse dilema de causalidade: “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?” Este dilema poderia ser aplicado ao nosso relacionamento com Deus, desse modo: “O que veio primeiro, a necessidade do homem de ter um relacionamento com Deus ou o desejo de Deus em ter um relacionamento com o homem?” Aqui está a resposta:

“Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro”, explicou o apóstolo João (1 João 4:19,). “Nisto está o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas que Ele nos amou a nós, e enviou o Seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4. 10).

Está muito claro que o desejo e plano de Deus era estabelecer um relacionamento entre Si e o ser humano.

Devemos ter em mente o propósito de Deus de nos criar. Aprendemos que Deus desenhou os seres humanos para refletirem o Seu caráter justo, ser como Ele.

“No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez. Macho e fêmea os criou” (Gênesis 5:1-2). “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27).

Precisamos meditar em alguns princípios básicos acerca do relacionamento antes de entrarmos nos detalhes do compromisso de Deus e Suas expectativas do Seu relacionamento conosco.

Primeiramente, devemos perguntar: O que é um relacionamento? Dicionário da Universidade Novo Mundo de Webster (Webster’s New World College Dictonary) define como “a qualidade ou estado de estar relacionado; uma continua ligação ou associação entre pessoas”.

Deus instituiu um relacionamento com o seu povo Israel, quando disse: “Andarei entre vós e serei o vosso Deus, e vós sereis o Meu povo” (Levítico 26:12, ARA).

Estas poucas palavras resumem o que Deus quer no Seu relacionamento com o povo. Vejamos dois aspectos dessa simples declaração de Deus.

2.1) DEUS QUER SER O SEU DEUS SUPREMO E SOBERANO.

Primeiro, Ele expressa o Seu desejo de ser reconhecido e aceito como Ser Supremo. Portanto, Ele expressa o desejo de associar—ter um relacionamento—com aqueles que o aceitam como Seu Deus.

Quando entendemos que Deus deseja ter um relacionamento conosco, então precisamos reconhecer que, na verdade, nós é que precisamos d’Ele. (Eu serei o vosso Deus) O apóstolo Paulo nos lembra:
“Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Coríntios 3:5, NVI).

O apóstolo João resume a natureza do relacionamento que temos de ter com Deus, desta maneira:
“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a Ele. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos. E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro” (1 João 3:1-3).

Aqui vemos o propósito da criação da humanidade: Deus está formando uma família—Sua própria família. Ele nos criou para que possamos ter um relacionamento especial, de Pai com filhos, com Ele.

Deus planeja nos dar a Sua imortalidade. Como Paulo explica:
É necessário que isto que é incorruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:53).
Deus quer ter um relacionamento eterno conosco, como Seus filhos.

Paulo nos diz que “Deus nosso Senhor … deseja que todos os homens sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:3 4).

 2.2) NÓS PODEMOS NOS RELACIONAR COM DEUS ATRAVÉS DE NOSSO ARREPENDIMENTO.

Deus elaborou uma maneira de tornar esse relacionamento disponível a cada ser humano de acordo com o Seu horário. Como disse Pedro:
“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; porém, é longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que TODOS VENHAM A ARREPENDER-SE” (2 Pedro 3:9).

Observe que Pedro diz que O ARREPENDIMENTO TEM UM PAPEL INTEGRAL EM FORMAR O RELACIONAMENTO ENTRE DEUS E O HOMEM. Deus está pronto e disposto a firmar esse relacionamento. Mas condiciona isso à nossa vontade de reconhecer, confessar e de nos arrepender dos nossos antigos caminhos e estar determinados a segui-Lo. Somente assim Ele pode nos redimir da pena da morte, que merecemos, por causa de nossos pecados.

3)   POR QUE PRECISAMOS DESSE RELACIONAMENTO?

Nossos pecados nos afastaram de Deus. O profeta Isaías escreveu: “As vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós” (Isaías 59:2).

Quando Jesus veio para ser batizado, João Batista disse:
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29, 36).
João reconheceu Jesus de Nazaré como o Messias prometido, que iria redimir a humanidade, pagando a pena de morte pelo pecado.

“A REDENÇÃO SIGNIFICA A LIBERTAÇÃO DE ALGUM MAL, MEDIANTE O PAGAMENTO DE UM PREÇO” (Novo Dicionário da Bíblia de 1996, “Redentor, Redenção”).

Pedro explica que
“não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pedro 1:18-19).
Paulo explica que o sangue de Cristo “comprou” a “igreja de Deus” (Atos 20:28).

Deus planejou desde o início esse maravilhoso dom da redenção. O apóstolo João explica:

“E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8).

Jesus Cristo, como o Cordeiro de Deus, espontaneamente, “se deu a Si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade … ” (Tito 2:14).

Todos nós precisamos ser redimidos para ter um relacionamento com Deus? Evidentemente a resposta é sim.

“Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23), e “o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6: 23).

Por que Precisamos desse relacionamento com Deus? Em outras palavras, nós merecemos a morte eterna. Nós fizemos isso a nós mesmos por causa do pecado, que nos impossibilita de receber o dom da vida eterna.

Então, como o nosso problema pode ser resolvido para que possamos entrar em um relacionamento com Deus como Seus filhos?

Deus enviou Seu Filho, Jesus Cristo, ao mundo para pagar a pena pelos nossos pecados para que pudéssemos ser salvos da pena da morte eterna (João 3:16).

Em Hebreus 2:9 é explicada a finalidade desse sacrifício:
“Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”.
Jesus tornou-se o cordeiro sacrificial de Deus, que foi oferecido pelos pecados da humanidade.

O conceito de redenção foi dado a conhecer à antiga Israel através do sistema sacrificial da Antiga Aliança.

Em Hebreus 9:22, lemos que “quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (ou resgate).

Em Hebreus 9 no versículo 28, segue o raciocínio: “Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos”.
O apóstolo João acrescenta que “o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).

A redenção é definida como “um liberação, particularmente quando pago o preço … referindo-se à intervenção especial de Deus para salvar a humanidade” (Dicionário da Bíblia Unger, 1972, “Redenção”).
Em outras palavras, a redenção é um ato de Deus, que nos liberta da culpa que incorremos por nossos pecados, ao substituir a morte de Cristo para pagar a penalidade que merecemos.

CONCLUSÃO.

Cremos que pela revelação bíblica temos conhecimento da existência de um único Deus vivo e verdadeiro, e que esse Deus deseja ter um relacionamento conosco.

Esse Deus eterno, imutável e soberano nos convida a termos um relacionamento com ele.

Esse relacionamento requer de nós seres humanos, que o reconheçamos como um Deus supremo e soberano, e que nos relacionemos com ele, mediante o arrependimento dos nossos pecados.

Como seres humanos, carecemos e muito desse relacionamento, pois sem a obra da redenção, ou seja, a remissão de nossos pecados, todos nós estaríamos perdidos.

No entanto, Deus vai conceder a redenção apenas àqueles que se arrependerem sinceramente. É por isso que o arrependimento é o nosso ponto de partida para receber redenção e para estabelecer uma relação duradoura com o nosso Criador. Aqueles que, com sinceridade, se arrependam de pecar continuamente serão perdoados e se tornarão servos redimidos de Deus. São esses que passam a ter um relacionamento maravilhoso com o seu Deus.


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