“Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; e manifestou-se deste modo: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo, Natanael, que era de Caná da Galiléia, os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus discípulos. Disse-lhes Simão Pedro: Vou pescar. Responderam-lhe: Nós também vamos contigo. Saíram e entraram no barco; e naquela noite nada apanharam”. (João 21. 1-3).Uma cena muito familiar. O Lago de Tiberíades. Um grupo de pescadores, trabalham durante toda a noite e não apanham nada. É como se estivéssemos no início do Evangelho (ver Lucas 5,1-11). E, contudo há, uma diferença. Já conheceram Cristo e viveram com ele. Escutaram os seus ensinamentos, viram os seus milagres, puseram todas as suas esperanças nele. E agora, aparentemente, resta-lhes o fracasso.
Quando me vejo tentando imaginar essa cena, como teria sido, como Jesus se sentiu ao ver os discípulos tão desanimados com a tarefa que Ele lhes confiou, fico a pensar se a cena não se repete, ano após ano também em nossas vidas.
Quando as coisas não dão muito certo, me parece que quase sempre reagimos do mesmo modo. Quais são as nossas reações perante o fracasso? Parece-me que quase sempre abraçamos o caminho mais fácil. O do comodismo.
Perante este fracasso, os discípulos não sabem o que fazer. Então, tentam regressar ao que melhor conhecem: a pesca. Talvez, perante o vazio que sentem, isso lhes dê alguma segurança? É nesse vazio que Jesus Cristo vem junto dos seus discípulos, para os ajudar a irem mais longe. Vai servir-se do seu fracasso para ajudá-los a compreender que são chamados a algo de maior. A promessa do início vai realizar-se.
Apesar das suas limitações, estes pescadores vão tornar-se pescadores de homens (Mateus 4.19).
Parece-me que aqui nesse ponto reside o fracasso ou definitivamente o sucesso de nossa missão. Alguns almejam o sucesso na vida espiritual fazendo aquilo que sabem, fazem de melhor. Mas, logo se frustram quando não conseguem bons resultados.
O convite de Jesus aqui é bem direto: Voltar ao início e lembrar-se do convite feito: “vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens”. (Mateus. 4.19).
Jesus Cristo não humilha os seus discípulos, aproxima-se com palavras cheias de ternura: "Tendes alguma coisa para comer?" Em seguida vêm as palavras que os vão desafiar a arriscar de novo. "Lançai a rede para o lado direito do barco e haveis de encontrar" (versículo 6). Perante este desafio, os discípulos poderiam pensar: "Quem é este homem para nos dizer como pescar?", mas confiam. Como no início do Evangelho (Lucas 5,5), a confiança vai permitir-lhes ver que ele é o Senhor!
Ao chegar ao final de mais um ano, certamente muitos de nós contabilizamos inúmeras vitórias e ao mesmo tempo constatamos a existência de alguns fracassos. Nas labutas da vida é, e sempre será assim. Um dia após o outro se levanta diante de nós, e todos temos que sair para pescar.
Somos pescadores (alguns por profissão) e na grande maioria dos discípulos de Cristo em resposta ao chamado do mestre.
Desejo que ao longo do novo ano que se inicia, aceitemos o convite de Jesus para lançar as redes. Lançar as redes, mesmo quando até o presente momento não vimos os frutos do nosso trabalho. Lançar as redes mesmo quando nossa experiência pessoal parece mostrar uma intensa noite de trabalho perdido. Lançar as redes em obediência a sua Palavra.
Experimente isso nesse ano novo: "Confiando em tua palavra lançaremos as redes". (Lucas 5.5)
Para se obter êxito no trabalho do Senhor, duas grandezas precisamos relembrar: a confiança em sua Palavra e o total comprometimento com a sua missão.
Qual foi mesmo o convite de Jesus? “vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”. (Mateus 4.19). Em que consite a tarefa de um pescador de homens?
Tenho entendido que a tarefa de um pesacdor de homens, pode ser bem executada se procurarmos pautar nossas ações na Palavra de Deus. Lançar as redes confiados na sua Palavra. Vejamos como devemos pescar:
P - roclamação do evangelho - ( “...pregai o evangelho a toda a criatura - Mc16.15)
E - nsino cristão - (“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” - Mt 28.19)
S - erviço cristão - ( “não veio para ser servido, mas para servir...” - Mt 20.28; “Ao Senhor teu Deus...só a ele servirás” - Mt 4.10)
C - omunhão - (“se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros...” - 1 Jo 1.7).
A - doração - (“Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás” - Mt 4.10).
R - estauração - (“...enviou-me a restaurar os contritos de coração”. - Is 61.1)
Nosso desejo é que ao longo do novo ano, o Senhor nos permita uma pesca abundante. Que ao lançarmos as redes, vejamos nossas “redes” cheias, fruto do trabalho diretamente comprometido com a exata missão que Ele nos confiou.
E vamos P - E - S -C - A - R! "Confiando em tua palavra lançaremos as redes". (Lucas 5.5)
Q DEUS continue o abençoando.
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