Como estamos na semana das crianças e às vésperas do nosso CONOCRIN (Congresso de Crianças), decidi pensar um pouquinho sobre o tema.
Já faz algum tempo que o compositor Toquinho escreveu uma canção com o título: “É bom ser criança”. Na visão do compositor é bom ser criança por vários motivos: “Ter de todos atenção. Da mamãe carinho, do papai a proteção. É tão bom se divertir e não ter que trabalhar. Só comer, crescer, dormir, brincar”.
Assim fica fácil entender o sentido da expressão: é bom ser criança. Imaginem só ! Comer, crescer, dormir e brincar. Coisas desse tipo marcam certamente a infância de qualquer pessoa.
Quando pensamos na infância, existem muitas óticas e muitas maneiras de falar sobre o assunto, não há uma regra única e infalível para tratar a questão, mas psicólogos, educadores, pais e pastores concordam em, pelo menos, um ponto: tudo começa na infância. “Até os 7 anos, a criança está em formação da sua personalidade. A criança pequena é como uma esponja, pois absorve tudo o que lhe é ensinado. O que aprende nessa fase, vai levar para o resto da vida. Quanto mais cedo conviver com a idéia de Deus, certamente isso será apreendido de forma mais profunda”, (Psicóloga Elizabeth Pimentel, autora do livro “O poder da palavra dos pais” Ed.Hagnos).
Os ensinos devem e podem começar bem cedo. Bebês embalados por livros e histórias permanecerão conectados ao hábito da leitura por toda a vida. Esse estímulo ao contato com as histórias desde a gestação e o nascimento — assim como a promoção da leitura entre as mães, pais e cuidadores das crianças faz nascer em cada uma delas um hábito que não as deixará jamais.
Segundo li recentemente, as últimas descobertas da neurociência mostram que de 0 a 3 anos acontece um importante desenvolvimento cerebral. E mudanças acontecem de acordo com os estímulos fornecidos. Os comportamentos dessa fase servem de base para a vida toda. Através do contato com a literatura neste período, acredita-se que a criança também terá uma capacidade linguística mais bem desenvolvida: acredita-se que 50% dessa capacidade deve ser hereditária, e os outros 50% podem ser influenciados pelo meio. Usando essa lógica, se as famílias lêem mais, elas também influenciam na capacidade e na formação dessa criança. Considere como exemplo claro disso, a criança que é orientada desde cedo através da leitura da Palavra de Deus.
Quem conhece de perto a história de Jesus, logo percebe que sua mãe foi Seu primeiro mestre humano. Dos lábios dela e dos manuscritos dos profetas, aprendeu as coisas celestiais. A vida de Jesus estava em harmonia com Deus. Enquanto criança, pensava e falava como criança; mas nenhum traço de pecado desfigurava nEle a imagem divina. Não ficou, no entanto, isento de tentação. Os habitantes de Nazaré eram proverbiais por sua impiedade. O mau conceito em que eram geralmente tidos, revela-se na pergunta de Natanael: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré"? (João 1:46). Jesus foi colocado num lugar em que Seu caráter seria provado. Era-Lhe necessário estar sempre em guarda, a fim de conservar Sua pureza. Estava sujeito a todos os conflitos que nós outros temos de enfrentar, para que nos pudesse servir de exemplo na infância, na juventude e na idade adulta.
Consideremos como é importante a família no período da infância e pensemos também como é importante o papel da igreja enquanto comunidade. Precisamos incentivar as crianças ao convívio social com outros coleguinhas da igreja. Essa troca fortalece a vida espiritual delas. Muitos pais saem do culto correndo para casa e se esquecem de que os filhos precisam desenvolver essas amizades. Além disso, os pais precisam mostrar a alegria de estar na igreja para que os filhos desejem permanecer mais tempo nela.
Do outro lado à igreja precisa ser criativa e contextualizada diante do mundo atual para atrair as crianças às suas atividades. É preciso levar a sério a missão de integrá-las na vida da igreja.
Por essas e outras que tenho certeza: é bom ser criança.
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