ESCRITO PELA MÃO DE DEUS

 

1.    Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
2.    Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
3.    Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz.
4.    Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os confins do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,
5.    que é qual noivo que sai do seu tálamo, e se alegra, como um herói, a correr a sua carreira.
6.    A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra extremidade deles; e nada se esconde ao seu calor.
7.    A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples.
8.    Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos.
9.    O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e inteiramente justos.
10.    Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos.
11.    Também por eles o teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa.
12.    Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos.
13.    Também de pecados de presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreiem de mim; então serei perfeito, e ficarei limpo de grande transgressão.
14.    Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu! (Salmos 19:1-14)


Introdução

Seria perder tempo investigar o período específico em que esse poema encantador foi composto, pois não há nada em seu título ou assunto que nos ajudasse nessa pesquisa. O cabeçalho, "Para o mestre da música, salmo de Davi", nos informa que Davi o escreveu, e que foi entregue ao Mestre encarregado da música no santuário para o uso dos adoradores reunidos. Nos primeiros dias, o salmista, enquanto vigiava o rebanho de seu pai, se dedicou ao estudo dos dois grandes livros de Deus - a natureza e a Escritura; e ele havia penetrado tão completamente no espírito destes dois únicos volumes de sua biblioteca que pôde com crítica devota comparar e contrastá-los, magnificando a excelência do autor como vista em ambos. Como são tolos e ímpios aqueles que em vez de aceitar os dois tomos sagrados e deleitar-se em ver a mesma mão divina em cada um, gastam todas as suas faculdades mentais tentando achar discrepâncias e contradições. Podemos estar seguros de que os verdadeiros "Vestígios da Criação" nunca entrarão em contradição com Gênesis, nem um "Cosmos" correto seria encontrado em desacordo com a narrativa de Moisés. É mais sábio aquele que lê tanto o livro-mundo, quanto o Livro-palavras como dois volumes da mesma obra, e que sente respeito a eles: "Meu Pai escreveu todos os dois".

Este canto se divide em três partes: As coisas criadas mostram a glória de Deus, 1-6. A palavra mostra sua graça, 7-11; Davi ora por graça, 12-14. Assim, louvor e oração se combinam, e aquele que aqui canta a obra de Deus no mundo exterior roga por uma obra de graça em seu interior.

1-    O livro da Natureza de Deus - Revelação Geral.

1.    Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
2.    Um dia faz declaração a outro d
ia, e uma noite revela conhecimento a outra noite.
3.    Não há fala, nem palavras; não se lhes ouve a voz.
4.    Por toda a terra estende-se a sua linha, e as suas palavras até os confins do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,
5.    que é qual noivo que sai do seu tálamo, e se alegra, como um herói, a correr a sua carreira.
6.    A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra extremidade deles; e nada se esconde ao seu calor.

Este salmo é maravilhoso, pois acaba por nos conduzir a uma revelação muito especial de Deus.

A revelação geral é uma das formas que Deus tem escolhido para Se revelar à humanidade. A revelação geral se refere às verdades gerais que podemos aprender sobre Deus através da natureza.

A revelação geral, expressa de maneira clara no Salmo 19:1-4, que a existência e o poder de Deus podem ser vistos claramente através da observação do universo. A ordem, detalhes e maravilhas da criação falam da existência de um Criador poderoso e glorioso.

A revelação geral também é ensinada em Romanos 1:20: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”.

Semelhante ao Salmo 19, Romanos 1:20 ensina que o poder eterno e a natureza divina de Deus “claramente se conhecem” e são “percebidos” pelo que foi criado, e não há nenhuma desculpa para negar esses fatos. Com essas Escrituras em mente, talvez uma definição de revelação geral seria: “A revelação de Deus a todas as pessoas, em todos os momentos e em todos os lugares que prova que Deus existe e que Ele é inteligente, poderoso e transcendente”.

Quando lemos este Salmo percebemos que o poder, a sabedoria, a bondade, a pontualidade, a fidelidade, a grandeza e a glória de Deus são muito visíveis nos céus.

- Os céus proclamam e o firmamento anuncia.

- O dia e a Noite.

- Neles pôs uma tenda para o sol. O Sol da Justiça.

Como foi importante neste momento do texto, exaltar a criação como obra do criador e não como uma divindade. O sol sendo posto numa tenda pelo Criador.

Sob diferentes nomes, o Sol era considerado uma poderosa divindade. Entre os caldeus era chamado de Bel ou Bal; os sírios o chamavam de Elagabal; os amonitas davam-lhe o nome de Moloque; os moabitas o denominavam Beelfegor; os persas de Mitra; os egípcios de Osíris; os fenícios de Adônis; os cartagineses de Saturno; os gregos Hélios ou Febo; o romanos, por sua vez, o reverenciavam como o Sol Invictus. Neste poema dos salmos o sol está no seu devido lugar e a serviço do seu criador.

O nascer e pôr do sol- A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até a outra extremidade deles; e nada se esconde ao seu calor.

Como seria maravilhoso se cada ser humano aprendesse a ler o livro escrito pela mão de Deus, o livro da natureza de Deus.

Muitos homens desfrutaram dessa aptidão e desse privilégio de ler o livro aberto da natureza de Deus.

Ilustração: Após a Reforma protestante, iniciada pelos idos do século XVI com a publicação das 95 teses de Martinho Lutero, que se rebelava contra a doutrina da igreja católica, a Europa foi dividida, e pequenos países mais ao norte, como a Holanda, sofreram os efeitos dessa divisão. A Bélgica permaneceu católica, mas a região dos Países Baixos, que estavam sob o domínio de governantes católicos espanhóis, resolveu se rebelar contra seus governantes e sua religião oficial, aderindo ao Protestantismo. Essa tendência “protestante” e rebelde foi evidente entre os pintores dos Países Baixos, como atesta Gombrich em seu livro A História da Arte.

É neste contexto que surge Rembrandt Harmenszoon Van Rijn. Ele foi um importante pintor e gravador holandês. É considerado um dos mais importantes pintores do barroco europeu. Nasceu em 15 de julho de 1606 na cidade de Leiden e faleceu em Amsterdam em 4 de outubro de 1669.

Filho de uma família simples e com muitos irmãos Rembrandt estudou latim quando era criança. Nesta época, já demonstrava grande interesse pela pintura. Jovem, foi matriculado na Universidade de sua cidade natal (Leiden).

Foi aprendiz do pintor holandês Jacob Van Swanenburgh e, pouco depois, abriu seu próprio estúdio de arte em sua cidade.

Em 1629, seu talento foi descoberto e conseguiu várias encomendas de pinturas para a corte de Hague.

Nas décadas de 1630 e 1640 seu nome ficou muito conhecido no cenário artístico holandês e europeu. Grande parte de suas obras famosas foram realizadas neste período.

Rembrandt era sobretudo humano. As figuras representadas por ele são pessoas reais, com sentimentos que podem ser adivinhados. Ele era capaz de ver o mundo cotidiano da forma extraordinária que só o olhar aguçado do pintor possui. Um mundo que ele traduzia em massas de valores, de cores. Era o que ele fazia, assim como a escola que vinha desde Caravaggio: buscava a Luz, da qual foi mestre na observação, obtendo resultados que o colocam entre os maiores do mundo.

Desejoso por expressar a Palavra de Deus através da arte, Rembrandt, marcou nossa história com sua arte e suas mais importantes obras:

- Jeremias prevê a destruição de Jerusalém - 1630

- A descida da cruz - 1633

- Ronda Noturna - 1642

- As Três Cruzes -1653

- O banho de Betsabé – 1654

E tantas outras obras que influenciaram pessoas e marcaram milhares de vidas.

Como vimos, o salmista, enquanto vigiava o rebanho de seu pai, se dedicou ao estudo dos dois grandes livros de Deus - a natureza e a Escritura; e ele havia penetrado tão completamente no espírito destes dois únicos volumes de sua biblioteca que pôde com crítica devota comparar e contrastá-los, magnificando a excelência do autor como vista em ambos. Vejamos então o segundo tomo desta biblioteca.

2) O Livro da Lei de Deus - Revelação Especial

7.    A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples.

8.    Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos.

9.    O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e inteiramente justos.

10.    Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos.

11.    Também por eles o teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa.

Chegamos no momento da Revelação literalmente Especial. O que seria essa Revelação especial de Deus?

A revelação especial é como Deus escolheu Se revelar através de meios milagrosos. Ela inclui aparições visíveis de Deus, sonhos, visões, a sua Palavra escrita (Sagrada Escritura) e mais importante revelação – Jesus Cristo.

Uma parte importante da revelação de Deus é a Sua Palavra, a Bíblia, a qual também é uma forma de revelação especial. Deus de forma milagrosa guiou os autores das Escrituras a registrarem corretamente a Sua mensagem à humanidade, ao mesmo tempo usando os seus estilos e personalidades.

Foi desta forma que chegamos a Lei do Senhor.

- A lei do Senhor é perfeita - Escritura Santa.

1. O que é - "lei"?.

A Lei do Senhor para a nação de Israel foi uma dádiva de Deus para o povo. Uma forma de Deus expressar sua graça através da história do Velho Testamento. A Lei estabeleceu o modo como os israelitas tinham de viver em comunidade, relacionando-se um com o outro, e ao mesmo tempo garantindo a relação deles com Javé, seu Deus. A Lei cumpriu na formação da identidade do povo e de sua religião um papel formidável e único na história do povo de Deus.

2. De quem é - "do Senhor"

3. Qual o seu caráter - "perfeito".

- O testemunho do Senhor é fiel. (v.7)

O famoso filósofo francês, ateu, que morreu em 1778, talvez o maior escritor francês, Voltaire, crítico do Cristianismo, escreveu que num espaço de cem anos (com o desenvolvimento das ciências) não haveria nenhuma Bíblia na terra senão nas prateleiras, vitrinas e amostras de museus, para ser investigada (procurada) por algum curioso em antiguidades, passando à história.

 Mas aconteceu que quem passou à história foi Voltaire, visto que a circulação da Bíblia continua a aumentar em quase todas as partes do mundo, levando bênçãos aonde quer que vá.

A respeito da presunção de Voltaire, apenas cinquenta anos depois da sua morte, a Sociedade Bíblica de Genebra comprou a residência onde Voltaire escreveu a insidiosa declaração, transformando a sua casa num enorme depósito de distribuição e de impressão de Bíblias! Mais tarde aquela mesma casa tornou-se a sede da filial de Paris, da Sociedade Bíblica Britânica e Internacional, a qual distribui Bíblias em toda a Europa! Que ironia da história!

O que muitos não entendem está escrito de forma clara neste Salmo: “...o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples”.

"Passará o céu e a terra, mas as Minhas palavras jamais passarão" (Mateus 24.35).

Com o avanço das ciências, mais e mais homens se levantam para questionar a veracidade e a autenticidade da Palavra de Deus. Com certa razão em suas questões, questionavam, se era possível se acreditar nos textos do Velho Testamento, quando os manuscritos mais antigos da Bíblia eram muito recentes e bem posteriores as épocas em questão. As redações bíblicas mais antigas e completas do Velho e do Novo Testamento eram, até pouco tempo, os célebres Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus do século IV d.C., aos quais se reuniram em 1931 os Papiros Chester-Beaty dos séculos II e III. A mais antiga transmissão completa, no texto hebraico primitivo, era o Codex Petropolitanus, escrito em 916 d.C.

Deus com humor e graça incumbiu-se de sanar tais dúvidas de forma simples e maravilhosa.

Certamente você já ouviu falar de Qumran, Khirbet Qumran, a “ruína da mancha cinzenta”. É um sítio arqueológico localizado na margem noroeste do Mar Morto, a 12 km de Jericó, a cerca de 22 quilômetros a leste de Jerusalém na costa do Mar Morto, em Israel.

Nesse lugar aconteceu a maior descoberta no que diz respeito a Palavra de Deus: "Os Pergaminhos de Qumran". Eles foram descobertos em 1947 por beduínos da tribo Ta'amra.

Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas dúvidas sobre a confiabilidade dessas cópias. A análise dos textos encontrados mostra que os textos hebraicos eram bastante fluidos antes de sua canonização. Há textos que são quase idênticos ao texto massorético.

Ilustração: “o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples”.

Foi através de gente simples que tal tesouro chegou as nossas mãos. Muhammad estava agitado e inquieto. Sua cabra travessa tinha sumido. Ao vaguear sem rumo longe de seu rebanho e de seus amigos, o beduíno chegou a uma caverna que ficava em posição elevada e dava frente para a costa noroeste do Mar Morto. Por pensar que o animal desgarrado tivesse se perdido dentro da caverna, o beduíno começou a jogar pedras pela entrada da gruta a fim de fazê-lo sair lá de dentro. Quando ele ouviu o ruído das pedras que batiam em peças de cerâmica, ficou intrigado. Será que lá dentro da caverna poderia haver um tesouro escondido? Com toda a empolgação, ele correu até a entrada da caverna, porém, no interior dela não encontrou ouro, nem prata, apenas jarros grandes e antigos ao longo das paredes, os quais continham rolos de pergaminhos despedaçados. Ele pensou: “pelo menos os pergaminhos de couro vão servir para fazer correias e tiras de sandálias”. Lamentavelmente, Muhammad não conseguiu perceber a real importância daquele momento. A teimosia de sua cabra o levara àquela que pode ser considerada, nos tempos modernos, a maior descoberta de manuscritos: uma incalculável reserva entesourada da Palavra escrita – os Manuscritos do Mar Morto.

Após uma revisão, a nova data para a descoberta do primeiro rolo de manuscritos é a de 1935 ou 1936. A partir de então até o ano de 1956, muitos outros manuscritos foram achados. Acredita-se que esses manuscritos sejam de datas diferentes, as quais variam do século III a.C. até o século I d.C. A maioria dos pergaminhos é escrita em hebraico; o restante deles é escrito em aramaico e grego. Foram achados mais de 900 documentos, que correspondem a 350 obras distintas em suas múltiplas cópias. Muitos dos escritos bíblicos e extra bíblicos estão representados em pequeníssimos fragmentos. Só em uma caverna foram encontrados 520 textos, na forma de 15 mil fragmentos. Como se pode imaginar, juntar todos esses pedaços de pergaminho na sua respectiva posição para que se faça a tradução tem se constituído numa tarefa gigantesca.

A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto confirma aquilo que as pessoas que crêem na Bíblia sempre souberam, ou seja, que a Bíblia, tal qual a temos na atualidade, é um texto que passa nos testes de fidedignidade. Apesar dos ataques contra a Bíblia, a Palavra de Deus permanece para sempre: “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é provada; ele é escudo para todos os que nele se refugiam” (2 Samuel 22.31).

Sempre houve pessoas que questionaram a confiabilidade das Escrituras. Uma vez que o texto foi copiado e re-copiado ao longo dos séculos, os críticos alegam que é impossível saber-se com certeza o que os escritores bíblicos escreveram ou queriam dizer originalmente. Os Manuscritos do Mar Morto invalidam tal hipótese ou suposição no que se refere ao Antigo Testamento. Foram achadas entre 223 e 233 cópias das Escrituras Hebraicas, as quais foram comparadas com o texto atual. O único livro do Antigo Testamento que não foi encontrado nessa descoberta é o livro de Ester. É possível que ele esteja oculto numa caverna ainda não identificada de algum lugar isolado.

Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."

Assim são os preceitos do Senhor.

- Alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos.

- Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o que goteja dos favos.

Chegamos neste momento a terceira e última parte deste lindo poema. Aquele que até aqui canta a obra de Deus no mundo exterior, roga a partir deste momento por uma obra de graça em seu interior.

3) O Homem e a imagem de Deus - Minha Espiritualidade.

12.    Quem pode discernir os próprios erros? Purifica-me tu dos que me são ocultos.

13.    Também de pecados de presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreiem de mim; então serei perfeito, e ficarei limpo de grande transgressão.

14.    Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!

(Salmo 19:12-14).

Só pra você não se esquecer. O Salmo 19 trata de três assuntos:

1)     A revelação de Deus através da criação – Vs. 1-6.

2)     A revelação de Deus através da sua Lei – Vs. 7-11.

3)     Oração suplicando a graça de Deus – Vs. 12-14.

A oração que é feita neste momento é fruto do impacto que a Lei do Senhor causou na sua vida pessoal.  A Palavra penetrou fundo, no interior das juntas e medulas. O Salmista olhou para dentro de si e na sua parte mais íntima e profunda descobriu que precisava de mudanças.

O salmista se encontrou colocado diante de três graus de pecado: secreto, presunçoso e imperdoável.

- “Purifica-me tu dos que me são ocultos”. (v.12)

- “Também de pecados de presunção guarda o teu servo”. (v.13)

- “e ficarei limpo de grande transgressão”. (v. 13)

Tudo o que o Salmista deseja neste momento é uma vida de coerência. “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração”.

A harmonia do coração e dos lábios é necessária para aceitação verdadeira do Senhorio de Deus em qualquer vida.

Diante de tanta coerência espiritual o salmista foi tomado por um sentimento de:

1)     Humildade.

2)     Reconhecimento dos seus próprios pecados.

3)     E desejo de santidade.

Por isso, ele orou e suplicou pela graça de Deus. Ele reconheceu que sua vida santa só seria possível mediante a graça de Deus.

1)     Quem é capaz de conhecer os próprios erros? (v.12)

2)     Quem é capaz de conhecer as próprias falhas?

3)     Quem é capaz de conhecer os próprios pecados?

A resposta a essa pergunta é uma só:

1)     Ninguém conhece, plenamente, as próprias faltas.

2)     Porque ninguém é capaz de ver os próprios erros.

E sabe por que não somos capazes de ver os próprios erros? Porque enquanto somos impiedosos com os erros dos outros, somos bastante complacentes e benevolentes com os próprios pecados.

Num mundo de relativismo absoluto – Isto é, dependendo da situação, achamos que o pecado não é pecado.

Quase sempre costumamos nos comparar a outras pessoas, de preferências, às sem caráter – Justifico-me dizendo: Eu menti, mas todos mentem. É muito fácil a gente deixar de ver os próprios pecados.

Deste salmo podemos extrair duas grandes lições para nós:

1.     Deve-se aceitar a visão bíblica do pecado – Do ponto de vista bíblico, o que é pecado? - 1 João 3:4 - Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei.

2.     É necessário pedir o perdão de Deus dos nossos pecados ocultos - V. 12b. – Purifica-me tu dos que me são ocultos

Uma outra preocupação do salmista era em não ser dominado pela soberba – V. 13b. - Também de pecados de presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreiem de mim.

1.      A soberba é uma força satânica que tem uma grande força dominadora.

2.      E há muitos que se deixam dominar pela soberba em suas múltiplas facetas:

a)     Orgulho religioso.

b)     Orgulho racial.

c)      Orgulho social.

d)     Orgulho intelectual.

3.      O orgulho foi o pecado que transformou um anjo de luz, Lúcifer, em Satanás.

Para concluir o seu poema o salmista expressa o seu desejo mais Sincero: Ser Agradável Deus - V. 14 - As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!

A.     Todos desejam agradar:

1)     Alguns agradam a si mesmos.

2)     Alguns agradam os homens.

3)     Alguns procuram agradar a Deus.

O salmista queria agradar a Deus.

Conclusão:

A.     Assim com Davi, nós também devemos contemplar:

1)     A maravilhosa criação de Deus.

2)     E o poder e a perfeição da sua Lei.

B.     E assim como Davi:

1)     Nós devemos ser tomados por um sentimento de humildade e de desejo sincero de agradar a Deus.

2)     Também devemos suplicar pela graça de Deus, que nos é concedida através de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.


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