Lutero era filho de camponeses católicos alemães. Como era comum na época, Lutero foi alvo de uma disciplina rígida. O menino Lutero aprendeu, entre outras coisas, a orar aos santos, realizar boas obras e reverenciar o papa e a igreja.
Cedo, aos 5 anos, Lutero começou a estudar latim em uma escola local. Já aos 12 anos, foi aluno de uma escola de uma irmandade religiosa em Magdeburgo. Em 1505 recebeu grau de Mestre em Artes da Universidade de Erfurt em 1505 e começou a estudar Direito.
Pouco tempo após iniciar seus estudos de Direito, Lutero resolveu tornar-se monge e entrou no Mosteiro Agostiniano de Erfurt. A sua ordenação foi em 1507. Em seguida, deixou o Mosteiro para ensinar filosofia moral na Universidade de Wittenberg.
Continuando seus estudos, Lutero obteve o título de Doutor em Teologia. De 1513 a 1518, ensinou Teologia Bíblica na Universidade de Wittenberg. Nessa época, começou a tornar-se bastante conhecido.
Após certa idade, Lutero começou a ser afligido por uma angústia que pode ser sintetizada em uma pergunta: se o coração da pessoa é governado pelo pecado, como pode esperar salvação diante de Deus? Por causa do que havia aprendido, procurou resposta - e paz - através de boas obras, incluindo jejuns e auto-flagelação. Contudo, seu sentimento de incapacidade para sentir paz diante de Deus continuou, levando às portas do desespero.
A aflição de Lutero somente encontrou resposta no dia em que encontrou na Bíblia a certeza de que não existe como alguém merecer o favor de Deus por alguma coisa que faz; que a única forma de alguém obter o favor Deus é através da fé em Jesus Cristo; que através da fé em Jesus que os pecados são perdoados por Deus. Este entendimento, conhecido como a doutrina da justificação pela fé, tornou-se um dos pilares do pensamento religioso de Lutero.
A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham necessidade para serem salvas. Por isso, este "mérito extra" dessas pessoas poderia ser transferido - especialmente através de pagamento - para pessoas cuja salvação era duvidosa. Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência.
Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou uma série de críticas - que se tornaram conhecidas como 95 Teses - na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. As Teses eram um protesto contra o abuso da autoridade do Papa, especialmente no sentido de desafiar o Papa a esvaziar de graça o purgatório, já que diz controlá-lo. Lutero também negou o ensino do mérito extra que estava por detrás das indulgências. Segundo Lutero, o verdadeiro tesouro da Igreja é o Evangelho - a proclamação do amor de Deus.
As idéias de Lutero logo encontraram adeptos em todas as regiões da Alemanha, e mesmo fora dela. A resposta do Papa à situação foi uma bula (ordem papal), ameaçando Lutero de excomunhão, caso não se retratasse. Em protesto, ele queimou publicamente a Bula e foi excomungado em janeiro de 1521.
Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e abrigaram onze órfãos.
Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja.
Lutero faleceu de derrame cerebral em 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal Eisleben. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde, cerca de 30 anos antes, havia afixado suas 95 Teses.
Em 31 de outubro de 2009 (492 anos depois) devemos nos lembrar que a “reforma da igreja” precisará contar sempre com a Fé, com a Graça e com a Escritura.
Somente a fé, somente a graça, somente a Escritura, Glória somente a Deus.
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