Quem eram os magos que foram ver o menino Jesus? Entre os medos e persas, um grupo sacerdotal respeitável formava-se de magos. Constituíam eles um Conselho Secreto dos reis, administrando assuntos religiosos. Dedicavam-se ao estudo da natureza, com ênfase na astronomia, objetivando a influência dos astros sobre o comportamento e o destino humano (astrologia). Consta que adoravam os 4 elementos cridos como princípios básicos do universo - terra, ar, água e fogo. Ao fogo erigiam templos. Conferiu-se, mais tarde, essa designação a todos que cultivavam a astrologia, interpretação de sonhos e ciências ocultas. Na corte da Babilônia havia uma Ordem de Magos, cognominados sábios, sobre os quais foi estabelecido Daniel, que demonstrou ser mais sábio do que qualquer deles, agraciado com a divina orientação (Dn 2.48).
No tempo de Jesus surgiram, entre os gregos e os romanos, representantes dessa classe, explorando a credibilidade popular, como Simão e Elimas (At 8.9;13.6-8). Os magos de Mateus 2 parecem pertencer a uma classe antiga e honrada. Quem sabe teriam recebido influência do cativeiro judaico, disso decorrendo uma expectativa que os pusesse de plantão diante de profecias messiânicas.
Que lições os magos do oriente nos passam na sua ida a Belém?
3. ADORAÇÃO A JESUS - A seu modo, os magos prestaram um culto ao Messias de Deus. Ofertaram-lhe ouro, incenso e mirra, valores ligados à religiosidade judaica, com os quais se honravam reis. Ainda que adorar, no texto, comporte a idéia de homenagear, e não necessariamente o verdadeiro culto, aqueles visitantes se curvaram diante da pessoa certa. E nós? Gozando de luzes que os magos desconheciam, adoramos corretamente o Salvador? Refletimos no dia-a-dia a "resplandecente estrela da manhã"?
Que lições mais podemos aprender com os magos?
Há pessoas que, como os magos, estão fora do Povo de Deus mas buscam a verdade e há pessoas que pertencem ao Povo de Deus mas não a buscam. Podemos dizer de outra maneira: os magos eram pagãos mas procuraram o Messias e Herodes, os sacerdotes e os doutores da Lei, que tinham a Sagrada Escritura, e puderam saber onde é que o Messias ia nascer, esses não foram a Belém e Herodes procurou mesmo matar o menino.
Há muitas pessoas hoje que dizem: “Eu sou batizado. Sou cristão”. E gabam-se muito disso, e talvez mesmo critiquem aqueles que não entram numa igreja nem participam em qualquer cerimônia religiosa - mas não basta a pessoa ser batizada, nem basta uma pessoa participar dos cultos. É preciso buscar também viver com sinceridade, fazer a vontade de Deus.
Um escritor disse um dia: “O desejo de ter a Bíblia do nosso lado é uma coisa, e o desejo sincero de estarmos do lado da Bíblia é outra coisa muito diferente”.
Uma vez um velho crente, homem idoso de condição simples, ia para o culto na sua igreja e precisou de comprar uns comprimidos na farmácia. Levava a Bíblia debaixo do braço e o farmacêutico aproveitou para caçoar dele e disse: “Então o senhor acredita que nesse livro Deus fala com o ser humano?” “Sim, é nisso que eu creio”. “Pois eu não acredito nisso. Tenho lá uma Bíblia em casa mas não acredito que ela sirva de alguma coisa”. O velho crente pagou os comprimidos que comprou e depois apontando para um cartaz que estava na parede da farmácia disse: “Aquele cartaz diz que o medicamento é indicado para a tosse não é? Mas olhe que eu estou farto de ver o cartaz e continuo com tosse”. “Mas a tosse não passa olhando para o cartaz! É preciso tomar o medicamento!” – disse o farmacêutico - ao que respondeu o crente – “também não basta ter a Bíblia em casa e olhar para ela. Nem basta mesmo lê-la. É preciso cumpri-la”.
Foi uma resposta simples mas sábia. Também os doutores da Lei sabiam que o menino ia nascer em Belém. Também Herodes sabia disso, mas não usaram bem o seu saber.
Que sabiamente apredamos também com as lições dos magos.
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