E pesou o coração de Davi, depois de haver numerado o povo; e disse Davi ao SENHOR: Muito pequei no que fiz; porém agora ó SENHOR, peço-te que perdoes a iniqüidade do teu servo; porque tenho procedido mui loucamente. Levantando-se, pois, Davi pela manhã, veio a palavra do SENHOR ao profeta Gade, vidente de Davi, dizendo: Vai, e dize a Davi: Assim diz o SENHOR: Três coisas te ofereço; escolhe uma delas, para que ta faça”. (2 Samuel 24.10-12).
Seria tão bom se estivéssemos atentos, o tempo todo, à voz do Senhor! Ah! Como seríamos poupados se seguíssemos continuamente as orientações de Deus. A Palavra diz: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1Cor.10.12). É necessário que estejamos vigilantes e essa vigilância precisa ser incessante, porque para que caiamos basta que estejamos em pé. Depois de uma série de vitórias, de conquistas, nossa tendência é relaxarmos e chegarmos à beira do precipício da displicência. Isso aconteceu com Davi: Deus havia dado vitória sobre vitória a Israel sob a regência dele: agora havia paz. Por que, então, recensear o povo? Você pode estar se perguntando: há algum mal em se promover um senso? Isso não é, inclusive, um sinal de organização do regente de um país? A resposta é: não existe problema em se realizar um censo. O problema está na intenção do coração de Davi. Na verdade, ele permitiu que o orgulho e a vanglória tomassem seu coração pelas conquistas de seu exército, esquecendo-se de que a vitória sempre veio das mãos do Senhor. Não era seu numeroso exército que fazia a diferença, mas a forte mão do Senhor dos Exércitos. Joabe, mediante a solicitação do rei de efetuar o recenseamento, tentou demovê-lo de tal ideia, mas Davi não cedeu, portanto precisou “arcar com as consequências” de seus atos impensados. Diz a Palavra que, depois de haver numerado o povo, o coração de Davi doeu e ele disse ao Senhor: “Muito pequei no que fiz... tenho procedido mui loucamente”.
Sabe o que aconteceu? Davi teve que escolher : “Foi, pois, Gade a Davi, e fez-lho saber; e disse-lhe: Queres que sete anos de fome te venham à tua terra; ou que por três meses fujas de teus inimigos, e eles te persigam; ou que por três dias haja peste na tua terra? Delibera agora, e vê que resposta hei de dar ao que me enviou”. ( 2 Crônicas 24.13). Um preço seria pago pelo erro. Que escolha difícil! Não havia, porém, como escapar. Era preciso “arcar com as consequências” de sua insensatez. Ele ESCOLHEU: “Então disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; porém caiamos nas mãos do SENHOR, porque muitas são as suas misericórdias; mas nas mãos dos homens não caia eu”. (2 Samuel 24.14).
Quantas vezes o Senhor sinaliza para nós, como fez com Davi, através de Joabe, mas ignoramos o sinal. Quanto mal poderia ser evitado em nosso caminho se estivéssemos mais atentos à voz de Deus! É melhor prevenir do que remediar. O preço por nossa insistência e obstinação pode ser alto demais! Ouçamos aquilo que o Senhor tem para nos falar diariamente, através da Sua Palavra e fiquemos sempre em estado de alerta.
Se, contudo hoje temos que tomar decisões, se escolhas difíceis estão diante de você. Se as escolhas ou mesmo as opções que estão diante de você não são boas, faça como Davi: “... caia nas mãos do SENHOR, porque muitas são as suas misericórdias...”.
Davi se arrependeu muito do pecado que cometeu. As escolhas que Davi teve diante de si foram difíceis. Mas ele tomou uma boa decisão, caiu nas mãos de Deus e sacrificou em arrependimento ao Senhor: “Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao SENHOR meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinqüenta siclos de prata”. (2 Samuel 24.24).
Quando as opções não são boas, o melhor caminho é “cair nas mãos do Senhor”, muitas são as suas misericórdias. Elas são a causa de não sermos consumidos.
Do pastor e amigo
Carlos Elias de Souza Santos