LEVANTE NO EGITO NÃO É ISLÂMICO?

Irmandade Muçulmana: levante no Egito não é islâmico

Apoiadores de Hosni Mubarak montados em cavalos durante um confronto entre
manifestantes pró e anti-Mubarak. Foto: Chris Hondros/Getty Images
O porta-voz da Irmandade Muçulmana, partido político proscrito no Egito, disse que a revolução contra o regime do presidente Hosni Mubarak "é um levante de todo o povo egípcio" e que sua organização está tentando não aparecer muito para que a revolta não seja vista como uma "revolução islâmica". Em entrevista à revista semanal alemã Der Spiegel, Rashad al-Bayoumi acusou o regime de Mubarak de distorcer a imagem da Irmandade Muçulmana. "O Ocidente não vai nos ouvir, mas nós não somos demônios. Queremos a paz, e não a violência. Nossa religião não é diabólica, ela respeita os crentes de outras religiões; esses são nossos princípios", disse o porta-voz.

A Der Spiegel também entrevistou o senador norte-americano John McCain, candidato do Partido Republicano derrotado por Barack Obama nas últimas eleições presidenciais nos EUA. Para ele, seria um "grande erro" permitir que a Irmandade Muçulmana participe de qualquer futuro governo de transição no Egito. "Eles são um grupo extremista, cujo objetivo principal é estabelecer a Sharia (lei religiosa muçulmana). Ela é antidemocrática de alto a baixo, especialmente no que se refere aos direitos das mulheres", disse o senador.

O principal dirigente da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie, disse ontem que sua organização está pronta para manter conversações sobre a transição política no Egito, depois de Mubarak renunciar. "Estamos com todas as forças políticas que apoiam o diálogo com quem quer que queira implementar reformas depois da saída desse tirano injusto e corrupto", disse Badie, em entrevista à rede de televisão árabe Al-Jazira.

Indagado sobre se a Irmandade Muçulmana estaria disposta a dialogar com o recém-nomeado vice-presidente Omar Suleiman, ex-chefe dos serviços de inteligência do regime de Mubarak, Badie disse que "nós só temos uma exigência. Uma vez que ela for atendida, nós nos engajaremos no diálogo". A exigência é a mesma dos manifestantes que ocupam a Praça Tahrir, no centro do Cairo, há 12 dias: a renúncia de Mubarak.

A Irmandade Muçulmana foi fundada em 1928 e só abandonou a tese da luta armada nos anos 1970, durante o governo de Anwar Sadat, o antecessor de Mubarak. Embora na ilegalidade, ela é tolerada pelo regime de Mubarak porque suas entidades assistenciais suprem carências sociais que o governo não pode ou não quer atender. As informações são da Dow Jones.

AE - Agência Estado

FIQUE DE OLHO NO EGITO


A igreja precisa estar de olho no que vem acontecendo no Egito. O plano é trocar seis por meia dúzia. Sendo que a outra meia dúzia é mais danosa do que a primeira. Hosni Mubarak governa, segundo a “oposição”, com uma ditadura. Coloquei oposição entre aspas porque na realidade não é uma oposição política, mas, revolução com chancela religiosa muito forte e visível. Querem que a CHARIAH (XARIÁ), isto é, a Lei Islâmica, seja estabelecida no Egito e que o país seja oficialmente uma Republica Islâmica. Na prática, esse desejo já é uma realidade. Chamar essa mudança de verdadeira democracia e que o direito do cidadão será verdadeiramente respeitado é no mínimo uma inverdade. Como pode ser democracia se não há liberdade religiosa? Aliás, na constituição egípcia a liberdade religiosa é garantida, mas na prática não existe. É bom que se destaque que há alguns líderes do movimento que não querem uma república islâmica, e, há os que desejam o comando do islã, porém pluralista. O que, acho difícil emplacar sem o radicalismo. Quero estar enganado.

É bom lembrar que a população do país é de 80 milhões de habitantes, e, isto significa grandes interesses em jogo. O Egito é um país que abre e interliga a África à Ásia. Seu território abrange os dois continentes. Lá está o Canal de Suez que possibilita a passagem de navios ligando os mares Mediterrâneo e Vermelho, abrindo caminho para o Mar Arábico e desta forma encurtando o trajeto para o transporte de petróleo. A coisa é tão séria que Israel pede o apoio do mundo para manter Mubarak, que também é ditador, porém menos perigoso para o Oriente Médio. O Islã certamente governará com uma mão de ferro mais pesada do que o sistema atual. O Chariah significa um governo Téo ditatorial e não teocrático. Defende a liberdade do cidadão desde que se submeta ao sistema de governo religioso islâmico. A mulher é um objeto de propriedade do homem. Se não for muçulmano não há liberdade de culto, e, se não há liberdade de expressão e culto isto se traduz como ditadura religiosa. Não há respeito ao cidadão. Que democracia é esta que eu não posso ter liberdade de culto?

Algo mais importante está acontecendo lá, e, é bom que analisemos as coisas pelo prisma apocalíptico. O palco está sendo montado na região para o cumprimento das escrituras. Sem dúvida a região é um corredor em direção a Israel. Tratando-se de um país histórico e milenar o Egito vende uma imagem de “bom moço,” para continuar atraindo o turismo, que é na realidade, a sua fonte de renda. Ele não tem petróleo como seus vizinhos, mas, tem história. Apenas 4% das terras são agricultáveis em seu território, o restante é areia. Digo, vende a imagem de bom moço porque ele está entre os principais países em nível de perseguição ao cristianismo. Vimos no primeiro dia do ano o que aconteceu numa Igreja Cristã Cóptica no Cairo. Mais de duas dezenas de pessoas foram mortas, e, quase uma centena de outras, feridas dentro do templo. Muitos que falam do evangelho são presos e executados quando não há interferência internacional. É pouca coisa que acontece lá que vaza para o conhecimento do mundo. Os Estados Unidos estão a favor da manifestação “popular,” popular? Não, não é uma manifestação popular! É na realidade uma manifestação religiosa. As nações pelejarão contra Israel. Aqui está o foco da questão. Em conversa com uma de minhas cunhadas afirmei, que isto tudo é cumprimento das escrituras. O palco tem que ser montado, e, as coisas caminham para o Armagedom. Os corredores estão sendo abertos. Está se criando uma antipatia internacional generalizada contra Israel. O Egito é um dos corredores. É bom lembrar, que o continente africano está tornando-se islâmico, e, grande parte da Ásia e Europa tambem. Tudo o que acontece no Oriente Médio deve ser acompanhado com a Bíblia aberta. Pensemos nisto!

PR. GEREMIAS BENTO
Escola Bíblica do Ar

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