HOMEM, MULHER & SUBMISSÃO

Homem, Mulher & Submissão.
Citado de: David Hume (1711-1776)



“Dizem que todas as mulheres na CÌTIA certa vez conspiraram contra os homens, mantendo o segredo tão bem guardado que puderam executar seus desígnios antes de levantar suspeitas. Um dia elas surpreenderam todos os homens da cidade bêbados ou adormecidos; acorrentaram-nos rapidamente; e, tendo convocado um conselho solene de todo o seu sexo, iniciaram um debate sobre de que maneira poderiam tirar melhor proveito daquela situação, para evitar que caíssem de novo na escravidão. Matar todos os homens não pareceu agradável a qualquer integrante da assembleia, apesar das injúrias anteriormente recebidas deles; e, mais tarde, elas próprias viram nesta sua indulgência um grande mérito. Concordou-se, por fim, em arrancar os olhos de todos os representantes do sexo masculino e portanto elas renunciariam, em todas as épocas futuras, à vaidade que baseavam na própria beleza, como preço para assegurarem sua autoridade. Elas pensaram: não será mais possível nos vestirmos bem e nos exibirmos; mas ao menos estaremos livres da escravidão. Não ouviremos mais suspiros ternos; mas em compensação tampouco ouviremos ordens imperiosas. O amor deve nos abandonar para sempre; mas ele levará consigo a nossa submissão”.

“Já que as mulheres estavam determinadas a mutilar os homens, privando-os de um dos seus sentidos, para torná-los humildes e dependentes, algumas consideraram uma circunstância infeliz que o sentido da audição não servisse ao seu propósito, pois que as mulheres teriam preferido suprimi-lo à visão. E acredito ser um consenso entre as pessoas instruídas que, no estado conjugal, não é um inconveniente tão grande perder a audição quanto perder a visão. Seja como for, o anedotário nos conta que algumas das mulheres de CÍTIA pouparam secretamente os olhos de seus maridos, presumindo, suponho, que elas poderiam governá-los igualmente bem por meio daquele sentido. Mas esses homens eram tão incorrigíveis e intratáveis que as suas esposas foram todas obrigadas, em poucos anos, à medida que decaíam a sua juventude e beleza, a imitar o exemplo das suas irmãs; o que não foi difícil de fazer, num estado onde o sexo feminino já tinha conquistado a superioridade absoluta”.

“Desconheço se as nossas damas “escocesas” herdaram algo de seu temperamento dessas ancestrais de CÍTIA; mas devo confessar que, frequentemente, já me surpreendi ao ver uma mulher muito satisfeita ao conseguir um tolo como marido, já que ela poderia governá-lo e controlá-lo com menos esforço; e não pude deixar de pensar em seus sentimentos a este respeito, ainda mais bárbaros que aqueles das mulheres de CÍTIA acima mencionadas; PORQUE OS OLHOS ENTENDIDOS SÃO MAIS VALIOSOS QUE OS OLHOS DO CORPO”.

“Mas, para ser justo, e para repartir a culpa mais equitativamente, receio que seja uma falta do nosso sexo se as mulheres gostam tanto de mandar; pois, se não abusássemos de nossa autoridade, elas jamais sequer pensariam que vale a pena disputar o poder”.

“SABEMOS QUE SÃO OS TIRANOS QUE PRODUZEM OS REBELDES; e a história nos mostra que os rebeldes, quando prevalecem, tendem, por sua vez, a se tornar tiranos. Por essa razão, eu desejaria que não houvesse pretensões ao poder de lado algum; mas que tudo fosse, ao contrário, conduzido em perfeito equilíbrio, como ocorre entre dois membros diferentes de um mesmo corpo”. (Citado das Págs. 774-776).

Pense como Deus planejou o casamento:

“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor”.
(Efésios 5:21,22).

“Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Efésios 5:25).

“Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo”. (Efésios 5.28)

Não se esqueça: “São os tiranos que produzem os rebeldes”.

Fonte: HUME, David. Ensaios Morais, Políticos e Literários. Trad. Luciano Trigo. Rio de Janeiro: Topbooks: 2004. Págs 774-776. Parte III – Ensaios Retirados & Não-publicados. V- Do amor e do casamento.

David Hume foi um filósofo, historiador e ensaísta escocês que se tornou célebre por seu empirismo radical e filosófico.

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