Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!"
Lucas 7:13
Nem sempre são fáceis, belos e agradáveis os caminhos que o homem deve caminhar em sua breve existência terrena. Para uns é difícil o caminho para o trabalho. Para outros é muito longo o caminho para a igreja. Contudo, o caminho mais triste, espinhoso, doloroso e desesperador é aquele que conduz ao cemitério. Rios e lagos seriam formados, caso fosse possível juntar todas as lágrimas da história, derramadas no caminho da sepultura. É que o caminho do cemitério é o caminho da dor, da separação – da morte! E o homem detesta cemitérios e necrotérios, porque tem amor e apego à vida, e repugna a morte.
Aquela mãe da cidade de Naim chorava. E tinha razão e direito para chorar. Chorava porque pela segunda vez caminhava o caminho do cemitério. Não fazia tempo, acompanhara o cortejo fúnebre de seu esposo; agora, leva seu único filho para o mesmo lugar. O filho único! Além da dor causada pela morte, a viúva sentia a dor da separação, do silêncio, do abandono. Onde viver? Como adquirir o pão de cada dia? A mãe chora!
Jesus está perto. Jesus está parado junto á porta da cidade. Jesus ouve e observa a dor e a lamentação daquela mãe. Tendo poder sobre a vida e a morte, e tendo vindo para consolar e amparar o abatido, Jesus sente compaixão e se aproxima da viúva em prantos e diz: Não chores! Assim o Salvador inicia o seu sermão fúnebre: Não chores! Depois a sua pregação se transforma em atos. Aproximando-se do falecido, ordena: Jovem, eu te ordeno: levanta-te! E o jovem que estivera morto, levantou-se e começou a falar, e Jesus o devolveu aos braços da mãe.
Certamente também já caminhaste o caminho do cemitério e da morte. Certamente já levaste os restos mortais de um ente querido até à sepultura. Eu já vivi momentos assim. E como é triste, doloroso, espinhoso e desesperador baixar o caixão para as entranhas da terra! Parece que o mundo quer ruir por terra! Parece que não há mais consolo. Parece, mas não é. Jesus está perto. E Jesus consola. É o consolo e o milagre do cristianismo. Certamente Cristo não te devolverá logo o teu ente querido, mas um dia o poderás encontrar na eternidade. Esta certeza poderás alimentar se o teu filho morreu com fé no Salvador e se tu conservas o que tens. Não chores! Aqui está o consolo do Salvador: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que morra, viverá. Um dia abraçarei os meus!.
Na cidade de Zwickau (Zuiquiraw) na Alemanha, o grande Martinho Lutero fez o sermão fúnebre de Nicholas Haussmann. "O que nós pregamos," disse o grande reformador, "ele viveu". Poderia haver um epitáfio melhor do que este? É a pura vida cristã que faz a diferença, e dá sentido a vida.
Viver é mais do que falar. Como disse alguém: "Sua vida fala tão alto que não posso ouvir o que você está dizendo."
As Escrituras indicam que a Palavra de Deus transmite o poder necessário para que a vida cristã seja uma realidade, e que esteja sempre fortalecida para enfrentar as lutas diárias. Assim como a alimentação sustenta o físico, a Palavra do Senhor sustenta a vida espiritual.
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