NASCER, VIVER E MORRER

Nascemos, vivemos e morremos. E depois? Esta pergunta tem desafiado a humanidade através da História do Mundo. Nosso entendimento do que acontece após a morte influenciará muito a maneira pela qual vivemos. Para aqueles que procuram agradar a Deus, é importante saber o que ele revelou sobre este assunto.

O que é a morte? O que acontecerá depois que eu morrer? A Bíblia responde a essas perguntas. A morte é uma separação. Podemos entender este fato claramente, considerando como a Bíblia descreve a morte espiritual.

Quando Deus disse a Adão que não comesse da árvore do conhecimento do bem e do mal, ele revelou que a conseqüência da desobediência seria a morte no mesmo dia do pecado (Gênesis 2:17). Com certeza, Deus cumpriu sua promessa sobre a conseqüência do pecado, porque ele sempre fala a verdade e nunca quebra uma promessa. Por causa do pecado do casal original, Deus expulsou-os do Jardim do Éden (Gênesis 3:23-24). Mesmo tendo Adão vivido, em seu corpo físico, por 930 anos, ele e sua esposa morreram no dia de seu pecado, no sentido de que eles foram separados de Deus. A morte espiritual é a separação de Deus.

O caso de Adão e Eva nos ajuda a entender que é possível estar fisicamente vivo, enquanto morto espiritualmente (veja Efésios 2:1-6, por exemplo). A razão para esta morte espiritual esta separação de Deus é sempre a mesma. Separamo-nos de Deus pelo nosso próprio pecado (Isaías 59:1-2).

A morte física também é uma separação. Quando o corpo está separado do espírito, ele está morto (Tiago 2:26). Eclesiastes 12:7 nos diz que isto é o que acontece no fim da vida física: "O pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu".

O que acontecerá após a minha morte? É claro que o espírito voltará a Deus, mas o que ele fará com meu espírito? Mesmo que a Bíblia possa não satisfazer toda a nossa curiosidade sobre o que acontece depois da morte, ela é clara ao apresentar diversos fatos vitais:

- Deus confortará o fiel e mandará o ímpio para um lugar de tormento (Lucas 16:25). Deus julgará cada pessoa (Hebreus 9:27). Este julgamento será de acordo com a palavra que Deus revelou através de Seu Filho (João 12:48). Ele julgará as coisas que fizemos (2 Coríntios 5:10). Passagens como Mateus 25:31-46 e 2 Tessalonicenses 1:7-12 mostram claramente que haverá uma eterna separação (morte espiritual) entre os justos (obedientes) e os injustos (desobedientes).

Podemos concluir, então, que a morte eterna não é o fim da existência, mas uma eterna separação de Deus. É óbvio no caso do homem rico porém desobediente em Lucas 16 que uma pessoa ainda será consciente, mas que o injusto nunca pode atravessar a separação para estar na presença de Deus.

Diante disso o que faremos? Nosso entendimento do que acontece após a morte influenciará muito a maneira pela qual vivemos. O entendimento correto do ensinamento Bíblico sobre a morte tem aplicação prática em nossas vidas. Devemos viver de acordo com os ensinamentos da Bíblia, de modo que estejamos prontos, quando encontrarmos Jesus (Mateus 24:42-44; 2 Pedro 3:10-13).

Nosso sincero desejo é que todos estejam preparados para o encontro com Jesus.

A IGREJA DA REFORMA E A REFORMA DA IGREJA

A Reforma Luterana é um dos acontecimentos mais importantes da história. Ela foi resultado do empenho de um sacerdote alemão da Igreja Católica - Martinho Lutero - em reformar ensinos teológicos e comportamentos morais da Igreja, com base no ensino bíblico. A resistência da Igreja determinou o crescimento do movimento e, por fim, o surgimento de novas Igrejas - como a Igreja Luterana.

Lutero era filho de camponeses católicos alemães. Como era comum na época, Lutero foi alvo de uma disciplina rígida. O menino Lutero aprendeu, entre outras coisas, a orar aos santos, realizar boas obras e reverenciar o papa e a igreja.

Cedo, aos 5 anos, Lutero começou a estudar latim em uma escola local. Já aos 12 anos, foi aluno de uma escola de uma irmandade religiosa em Magdeburgo. Em 1505 recebeu grau de Mestre em Artes da Universidade de Erfurt em 1505 e começou a estudar Direito.

Pouco tempo após iniciar seus estudos de Direito, Lutero resolveu tornar-se monge e entrou no Mosteiro Agostiniano de Erfurt. A sua ordenação foi em 1507. Em seguida, deixou o Mosteiro para ensinar filosofia moral na Universidade de Wittenberg.

Continuando seus estudos, Lutero obteve o título de Doutor em Teologia. De 1513 a 1518, ensinou Teologia Bíblica na Universidade de Wittenberg. Nessa época, começou a tornar-se bastante conhecido.

Após certa idade, Lutero começou a ser afligido por uma angústia que pode ser sintetizada em uma pergunta: se o coração da pessoa é governado pelo pecado, como pode esperar salvação diante de Deus? Por causa do que havia aprendido, procurou resposta - e paz - através de boas obras, incluindo jejuns e auto-flagelação. Contudo, seu sentimento de incapacidade para sentir paz diante de Deus continuou, levando às portas do desespero.

A aflição de Lutero somente encontrou resposta no dia em que encontrou na Bíblia a certeza de que não existe como alguém merecer o favor de Deus por alguma coisa que faz; que a única forma de alguém obter o favor Deus é através da fé em Jesus Cristo; que através da fé em Jesus que os pecados são perdoados por Deus. Este entendimento, conhecido como a doutrina da justificação pela fé, tornou-se um dos pilares do pensamento religioso de Lutero.

A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham necessidade para serem salvas. Por isso, este "mérito extra" dessas pessoas poderia ser transferido - especialmente através de pagamento - para pessoas cuja salvação era duvidosa. Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência.

Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou uma série de críticas - que se tornaram conhecidas como 95 Teses - na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. As Teses eram um protesto contra o abuso da autoridade do Papa, especialmente no sentido de desafiar o Papa a esvaziar de graça o purgatório, já que diz controlá-lo. Lutero também negou o ensino do mérito extra que estava por detrás das indulgências. Segundo Lutero, o verdadeiro tesouro da Igreja é o Evangelho - a proclamação do amor de Deus.

As idéias de Lutero logo encontraram adeptos em todas as regiões da Alemanha, e mesmo fora dela. A resposta do Papa à situação foi uma bula (ordem papal), ameaçando Lutero de excomunhão, caso não se retratasse. Em protesto, ele queimou publicamente a Bula e foi excomungado em janeiro de 1521.

Em junho de 1525, Lutero casou-se com Catarina de Bora, uma ex-freira. Os dois tiveram seis filhos e abrigaram onze órfãos.

Lutero publicou cerca de 400 obras durante a sua vida, incluindo comentários bíblicos, catecismos, sermões e tratados. Também escreveu hinos para a Igreja.

Lutero faleceu de derrame cerebral em 1546, aos 63 anos de idade, em sua cidade Natal Eisleben. Seu corpo foi sepultado na Igreja do Castelo de Wittenberg, onde, cerca de 30 anos antes, havia afixado suas 95 Teses.

Em 31 de outubro de 2009 (492 anos depois) devemos nos lembrar que a “reforma da igreja” precisará contar sempre com a Fé, com a Graça e com a Escritura.

Somente a fé, somente a graça, somente a Escritura, Glória somente a Deus.

AMIZADE E AMIGOS DE VERDADE


A lealdade é parte de uma amizade genuína. A Bíblia diz em Provérbios 17:17 “O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia nasce o irmão.”

O melhor amigo que podemos ter é Jesus. A Bíblia diz em João 15:15 “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”

Que características necessitamos para ser um bom amigo? A Bíblia diz em Filipenses 2:3-4 “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” Bisbilhotice pode destruir amizades. A Bíblia diz em Provérbios 16:28 “O homem perverso espalha contendas; e o difamador separa amigos íntimos.”

Vale a pena manter os nossos amigos. A Bíblia diz em Provérbios 27:9-10 “O óleo e o perfume alegram o coração; assim é o doce conselho do homem para o seu amigo. Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia de tua adversidade. Mais vale um vizinho que está perto do que um irmão que está longe.”  Um amigo se preocupa conosco de tal forma que tem que ser honesto conosco mesmo que nos ofenda.

A Bíblia diz em Provérbios 27:6 “Fiéis são as feridas d'um amigo; mas os beijos d'um inimigo são enganosos.”

“O amigo ama em todo o tempo; e para a angústia nasce o irmão.” Uma grande dificuldade encontrada é que apesar de amarmos nossos irmãos, nem todos são nossos amigos. Quantas vezes você tem chamado de irmãos aqueles que não o são? O que esse texto de Provérbios está dizendo é que um irmão não é apenas aquele que nasce da mesma mãe, que faz parte da mesma família. Não é apenas o irmão biológico. Um irmão pode ser aquele que entra em sua história e se torna irmão em um momento de dor, de angústia e desespero.

"O amigo ama em todo o tempo." Amar o amigo é estar presente, é estar junto tanto nos momentos de alegria quanto nos de angústia. É abraçá-lo em seu aniversário, mas também saber confortá-lo pela perda de um ente querido. É estar disposto a caminhar com ele quando aparentemente parece que não há caminho a seguir; quando ele está em pecado e está lá embaixo, no abismo. É nesta hora que ele mais precisa de um verdadeiro irmão.

Na vitória é muito fácil se fazer amigos. Quando tudo vai bem, é muito fácil fazer amigos. Mas quando se está lá embaixo, quando a angústia chega, quem se revela como verdadeiro irmão? Quando o marido foi embora, quando a esposa traiu, ou o desemprego bateu à porta ou a enfermidade chegou sem avisar, quem se dispõe a caminhar junto como um irmão de verdade? É nesses momentos que o amigo deve chegar e se mostrar como irmão. "O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão." (Provérbios 18.24.)

Jesus. Ele é o nosso maior amigo, mais chegado, mais íntimo que todo bom irmão que possamos ter aqui nesta terra. Ele deu a sua vida por amor a nós sem que o merecêssemos. E nós devemos nos espelhar no Senhor Jesus para que sejamos esse amigo mais chegado que um irmão.

Você precisa ter amigos, mas para isso é essencial que você também seja amigo. "Não abandones o teu amigo, nem o amigo de teu pai, nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade. Mais vale o vizinho perto do que o irmão longe." (Provérbios 27.10.) Além dos amigos que fazemos, recebemos amigos de herança dos nossos pais, e a Palavra nos diz para não os abandonarmos. E ainda diz mais, que o vizinho perto é muito mais precioso do que o irmão longe. E se quisermos ter amigos, temos de fazer a nossa parte, sendo amigo, próximo, irmão, amigo mais chegado que um irmão, assim como Jesus.

A Palavra também diz para não abandonarmos o amigo de nosso pai. Talvez seu pai já tenha morrido, mas os amigos dele ainda estão vivos e de vez em quando ligam para você, ou você os encontra. O problema é que, muitas vezes, você não quer nada com os amigos do seu pai. Mas não os esqueça, não os abandone, conserve os vínculos, pois isso é bom, porque é assim nos orienta a Palavra de Deus.

Não sei se você já ouviu a história de Horace Greeley, o famoso editor do jornal New York Tribune. Ele  era conhecido por ter uma grafia quase ilegível. Frequentemente, nem mesmo ele conseguia ler o que escrevera, especialmente quando algum tempo se passara entre a escrita e a tentativa da leitura.

Num determinado dia, Greeley escreveu um editorial minutos antes do jornal começar a ser impresso. Por falta de tempo para que o texto fosse corrigido, o manuscrito foi direto para a sala de composição tipográfica. Ali, o digitador fez o máximo, tentando interpretar os garranchos do autor.

Como era de se esperar, ao Greeley ler o jornal, ficou furioso. Chamou o digitador em sua sala e o mandou embora do emprego, não sem antes escrever-lhe um bilhete muito desaforado e grosseiro, denunciando sua incompetência em decifrar sua grafia.

Quando o digitador foi em busca de um novo emprego, procurou logo o jornal concorrente. Na entrevista com o diretor do diário, esse lhe perguntou se tinha alguma carta de recomendação do seu antigo patrão. “Sim, claro que tenho. Aqui está uma carta do Sr. Greeley”, acrescentou o pretendente, apresentando o bilhete onde era tratado com toda sorte de palavras.

Como o bilhete era praticamente indecifrável, o diretor do jornal disse: “Ótimas recomendações... Pelo que percebo, vocês eram grandes amigos. Assim, vou te dar um aumento de 150 dólares e você começa amanhã cedo”.

Você tem amigos? Certamente que sim. Temos amigos que conhecemos e temos amigos desconhecidos. Temos amigos e a-m-i-g-o-s. Você considera Deus como seu amigo? Por nossas faltas, deslizes e traições (pecados), às vezes nos esquecemos que nosso maior amigo é o Criador. A experiência de Abraão nos ajuda... Mesmo pecador, ele aceitou a providência do perdão divino e por isso “foi chamado de amigo de Deus” (Tia. 2:23). Amigos de verdade perdoam... Deus é amigo de verdade e para sempre!

Uma das maiores demonstrações do amor verdadeiro entre seres humanos foi o que aconteceu entre Davi e Jônatas.

Nos diz a Bíblia que Jônatas, que era filho do rei Saul, portanto seu herdeiro, ao conhecer Davi fez uma aliança com ele.

“E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma.

E Saul naquele dia o tomou, e não lhe permitiu que voltasse para casa de seu pai. E Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma. E Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, como também as suas vestes, até a sua espada, e o seu arco, e o seu cinto.” (1 Sm 18:1-3) E selaram essa grande amizade com um pacto, quando Davi era perseguido pelo pai de Jônatas: “Então fugiu Davi de Naiote, em Ramá; e veio, e disse a Jônatas: Que fiz eu? Qual é o meu crime? E qual é o meu pecado diante de teu pai, que procura tirar-me a vida?(…) Então disse Jônatas a Davi: Vem e saiamos ao campo. E saíram ambos ao campo.
E disse Jônatas a Davi: O SENHOR Deus de Israel seja testemunha! Sondando eu a meu pai amanhã a estas horas, ou depois de amanhã, e eis que se houver coisa favorável para Davi, e eu então não enviar a ti, e não to fizer saber; O SENHOR faça assim com Jônatas outro tanto; que se aprouver a meu pai fazer-te mal, também to farei saber, e te deixarei partir, e irás em paz; e o SENHOR seja contigo, assim como foi com meu pai. E, se eu então ainda viver, porventura não usarás comigo da beneficência do SENHOR, para que não morra? Nem tampouco cortarás da minha casa a tua beneficência eternamente; nem ainda quando o SENHOR desarraigar da terra a cada um dos inimigos de Davi. Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: O SENHOR o requeira da mão dos inimigos de Davi. E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o amava; porque o amava com todo o amor da sua alma.” (1 Sm 20:1, 11-17)
Essa amizade entre eles era tão forte que Jônatas quase foi morto pelo seu próprio pai Saul, que odiava a Davi e temia que o filho perdesse o futuro trono de Israel para o mesmo:
“Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que manda buscá-lo, agora, porque deve morrer. Então, respondeu Jônatas a Saul, seu pai, e lhe disse: Por que há de ele morrer? Que fez ele? Então, Saul atirou-lhe com a lança para o ferir; com isso entendeu Jônatas que, de fato, seu pai já determinara matar a Davi.” (1 Samuel 20:31-33)
No final do livro de 1 Samuel há o relato da morte de Saul, de Jônatas e seus irmãos.

A história segue em 2 Samuel e logo no primeiro capítulo, vemos um fato que dimensiona o tamanho da grande amizade entre Davi e Jônatas.

Ao receber a notícia da morte deles, vejam como reage Davi:
“Saul e Jônatas, tão queridos e amáveis na sua vida, também na sua morte não se separaram; eram mais ligeiros do que as águias, mais fortes do que os leões. Vós, filhas de Israel, chorai por Saul, que vos vestia deliciosamente de escarlata, que vos punha sobre os vestidos adornos de ouro. Como caíram os valorosos no meio da peleja! Angustiado estou por ti, meu irmão Jônatas; muito querido me eras! Maravilhoso me era o teu amor, ultrapassando o amor de mulheres. Como caíram os valorosos, e pereceram as armas de guerra!” (2 Sm 1:23-27)
E no capítulo 9, temos o desfecho incrível para marcar a amizade verdadeira do agora rei Davi e do seu amigo Jônatas.

Pois o rei procura se existe alguém da família de Jônatas que fosse vivo para que o pacto feito no passado fosse cumprido.
“Disse Davi: Resta ainda alguém da casa de Saul, para que eu use de benevolência para com ele por amor de Jônatas? E havia um servo da casa de Saul, cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. perguntou-lhe o rei: Tu és Ziba? Respondeu ele: Teu servo! Prosseguiu o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu possa usar com ele da benevolência de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado dos pés. E Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, veio a Davi e, prostrando-se com o rosto em terra, lhe fez reverência. E disse Davi: Mefibosete! Respondeu ele: Eis aqui teu servo. Então lhe disse Davi: Não temas, porque de certo usarei contigo de benevolência por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai; e tu sempre comerás à minha mesa.” (2 SM 9:1-3,6,7)
E assim o rei Davi cumpriu o que tinha prometido ao seu amigo mesmo depois da morte do mesmo. Os laços de irmandade vistos nessa história deixam um grande exemplo para a Igreja de Cristo. Por mais que vivamos em um mundo onde a indiferença, falsidade, egoísmo e a inveja têm destruído as relações, a Igreja tem que fazer diferença.

Pois o amor entre os irmãos é o distintivo de uma vida transformada pelo poder de Deus.
“Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros”. (1 Ts 4.9)
Tomar o exemplo dessa incrível amizade entre o rei Davi e Jônatas para a Igreja hoje pode parecer utópico, mas se servimos ao mesmo Deus, podemos pedir para que Ele forje em nós um coração sincero e amável para com os nossos irmãos em Cristo.

E assim cumpriremos o que o Mestre recomendou aos discípulos:

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.”(Jo 13:34,35)
Que o Senhor nos ajude a gerar sentimentos verdadeiros como os que o rei Davi tinha em relação a Jônatas, para assim vivermos a verdadeira comunhão de Cristo.

50 ANOS DE VITÓRIAS

A Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro, comemorou no dia 11 de outubro os 50 anos de atuação missionária do casal Guenther Carlos Krieger e Wanda Krieger entre os Xerentes.

O pregador da ocasião foi o Pr. José Laurindo Filho da PIB de Niterói que trouxe da parte de Deus uma mensagem baseada no livro de Isaías capítulo 52 no versículo 7.

O culto contou com a presença de representantes de Missões Nacionais e pastores de várias igrejas que foram prestigiar este momento único. A Convenção Batista Carioca esteve representada por seu presidente Pr. Carlos Elias de Souza Santos. A Convenção Batista Fluminense, presidida atualmente pelo Pr. Vanderlei Batista Marins se fez representar e entregou ao casal uma placa comemorativa para marcar a data. Também esteve representada no culto a AIBOC – Associação de Igrejas Batistas Cariocas, que na pessoa de seu executivo Pr. Jayr dos Santos Filho entregou uma lembrança ao Casal. Inúmeras cartas vieram de outros estados e até de outros países.

Guenther Carlos Krieger nasceu no dia 25 de janeiro de 1938, em Blumenau, Santa Catarina.  Em agosto de 1957 foi batizado na Igreja Batista de Casa Verde, em São Paulo. Em 1958 concluiu o curso no Instituto Evangélico Missionário, em Jacutinga, MG, indo ao campo para um período complementar de estágio. No trabalho com indígenas, pôde ver quão espinhosa era a tarefa de evangelização dos índios xerentes, mas sentiu seu chamado sendo confirmado.

O trabalho Missionário do Pr. Guenther entre os Xerentes teve seu início no dia 1º de outubro de 1959 onde passou a atuar como missionário da Junta de Missões Nacionais na região. Seu primeiro campo foi a aldeia da Baixa-Funda. Em 23 de novembro de 1960 casou-se com Wanda Braidotti, que conhecera ainda no Instituto em Jacutinga. Deus agraciou o casal com três filhos: Orlando Luiz Krieger (19/09/61), Guenther Carlos Krieger Filho (13/06/64) e Marcos Fernando Krieger (05/04/67).

Quando celebramos nesta data os 50 anos de ministério do casal Guenther e Wanda junto aos indígenas e como missionários da JMN, rendemos graças ao bom Deus por tão abençoado ministério e por tamanha dedicação ao reino de Deus.

A cerimônia aconteceu no culto matutino e teve seu início com a entrada das bandeiras conduzidas pelos Embaixadores do Rei. Os músicos apresentaram o processional entoando o Hino 603 do HCC. Em um ambiente de gratidão toda igreja louvou ao Senhor com o hino 422 do HCC.

Após a exibição de um vídeo da retrospectiva dos Missionários, as crianças do coro infantil apresentaram uma linda mensagem musical. O Coro Viver e Vencer, coro da terceira idade da PIBCG, adorou a Deus na ocasião.

A presença maravilhosa de Deus foi sentida num dia de gratidão e adoração a Jesus Cristo. Para os membros da PIBCG fica a honra de fazer parte da história deste casal que tanto tem colaborado para o crescimento do Reino entre o povo Xerente e por onde eles passam deixam suas marcas, através da contribuição e o ardor missionário. Sempre inspirando vidas para servir o Rei dos reis. A prova disso está não só no testemunho pessoal, mas também nos trabalhos publicados por ele e pela missionária Wanda: Primeira Cartilha Xerente (1960), Primeiro Hinário Xerente (1961), Evangelho Segundo São Marcos (1970), Livro sobre Higiene e Saúde (1972), Atos dos Apóstolos em Xerente (1978), Coletânea de Textos do Novo Testamento (1990), Dicionário Escolar Xerente/Português - Português/Xerente (1994) e o Novo Testamento em Xerente.
“Pois, que ação de graças podemos render a Deus por vós, por todo o gozo com que nos regozijamos por vossa causa diante do nosso Deus” (I Tes. 3.9)
A Deus toda honra e toda Glória.

A primeira Igreja Batista de Campo Grande fica na Rua Ferreira Borges, 54 – Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ (www.pibcgrj.org.br).

Newton Cezar
Ministério de Comunicação da PIBCG-RJ

PR. GUENTER KRIEGER 50 ANOS DE VITÓRIAS

Você sabia que no dia 01 de outubro de 2009 o Pr. Guenter Carlos Krieger completou 50 anos como missionário da JMN entre os índios Xerentes? Aproveitamos essa oportunidade para nos congratularmos com o Pr. Guenter e sua esposa irmã Wanda por data tão significativa.

No dia 11 de outubro de 2009 (domingo) às 9h45min na PRIMEIRA IGREJA BATISTA DE CAMPO GRANDE-RJ, será celebrado um culto de louvor a Deus com a presença do casal Krieger. O pregador da ocasião será o Pr. José Laurindo Filho da PIB de Niterói. Nosso endereço: Rua Ferreira Borges, 54 – Campo Grande – RJ. 
Guenther Carlos Krieger e Wanda Braidotti: 50 anos como missionários entre os Indíos Xerentes


Guenther Carlos Krieger nasceu no dia 25 de janeiro de 1938, em Blumenau, Santa Catarina, sendo o primogênito dentre cinco irmãos de uma família luterana alemã. Como a maioria dos meninos luteranos, começou a freqüentar o Culto Infantil, uma espécie de Escola Dominical. Aos 14 anos não era convertido de fato.

Mudou-se para São Paulo, sozinho, em 1955. Ali, trabalhando em uma joalheria, recebia um salário que era suficiente para as suas necessidades e ainda lhe permitia depositar mensalmente uma pequena quantia na Caderneta de Poupança. Certo dia sentiu-se em falta com Deus, pois, enquanto em Santa Catarina, esforçava-se por assistir, pelo menos uma vez por mês, a um culto na igreja luterana. Diante disso, procurou uma igreja luterana e em seguida comprou uma bíblia, que passou a ler. Passou a freqüentar a igreja regularmente e num culto ouviu a leitura de um versículo da Bíblia que ficou martelando em sua mente: "Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?". E o jovem Guenther narra: "Continuei, nos domingos seguintes, a freqüentar a igreja. Passaram-se alguns dias, umas três semanas, creio. Por esse tempo chegou às minhas mãos um tratado sobre a salvação. Enfim, num domingo, em fins de outubro, tornou-se claro que para não perder a minha alma eu deveria aceitar a Jesus como meu Salvador pessoal. Aceitei-o ali mesmo num quarto de pensão da Rua Santa Efigênia".

Não muito tempo depois, começou a sentir o desejo de investir a sua vida em algo que tivesse sentido para o Reino de Deus. Seu pastor se dispôs conseguir-lhe uma bolsa para o Seminário Luterano para o ano seguinte. Enquanto isso, aconselhou-o a freqüentar as reuniões semanais da Mocidade Para Cristo. Ali um missionário o encaminhou ao curso noturno do Instituto Bíblico do Brasil. Enquanto no Instituto, a chama missionária começou a arder em seu coração. Certo domingo, ouvindo uma mensagem sobre o chamado dos apóstolos, entendeu que Deus o queria como missionário e decidiu largar tudo para pescar almas em algum lugar pioneiro onde Deus quisesse usá-lo. O missionário da MPC o encaminhou ao Instituto Evangélico Missionário (atual Instituto Peniel) em Jacutinga, MG. Ali passou a preparar-se em tempo integral para o trabalho missionário. Procurando aceitar e cumprir a ordenança bíblica do Batismo, em agosto de 1957 foi batizado na Igreja Batista de Casa Verde, São Paulo.

Completando seus estudos em Jacutinga em 1958, foi para o campo missionário para um período de estágio, como complementação do curso. No trabalho com indígenas, pôde ver quão espinhosa era a tarefa de evangelização dos índios, mas sentiu seu chamado sendo confirmado.

Apresentou-se à Junta de Missões Nacionais e a partir de 1º de outubro de 1959 passou a atuar entre os xerentes como seu missionário. Seu primeiro campo foi a aldeia da Baixa-Funda.

Em 23 de novembro de 1960 casou-se com Wanda Braidotti, que conhecera ainda no Instituto em Jacutinga. Deus agraciou o casal com três filhos: Orlando Luiz Krieger (19/09/61), Guenther Carlos Krieger Filho (13/06/64) e Marcos Fernando Krieger (05/04/67). Todos nasceram no sul de Minas, onde moravam os pais de Wanda, e sendo levados depois para a aldeia como recém-nascidos.
O Novo Testamento em xerente é o 39º traduzido das cerca de 180 línguas indígenas existentes no Brasil


No período de 1973 até março de 1975, esteve no Maranhão, dirigindo o Instituto Batista de Carolina. Em 1974 recebeu na Universidade Federal do Pará, a Licenciatura em Pedagogia na modalidade de Administração Escolar para o 1º Grau. Foi pastor da Primeira Igreja Batista de Miracema do Tocantins e acumulou de 1976 a março de 1983 as atividades de pastor da Igreja e missionário na reserva indígena. Ali deu continuidade ao estudo lingüístico e à tradução da Bíblia. Em 1981 concluiu o Mestrado em Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.

Entre os trabalhos publicados por ele e pela missionária Wanda, constam: Primeira Cartilha Xerente (1960), Primeiro Hinário Xerente (1961), Evangelho Segundo São Marcos (1970), Livro sobre Higiene e Saúde (1972), Atos dos Apóstolos em Xerente (1978), Coletânea de Textos do Novo Testamento (1990), Dicionário Escolar Xerente/Português - Português/Xerente (1994) e o Novo Testamento em Xerente, com certeza a sua grande contribuição para o povo Xerente.

Índios xerentes recebem pela primeira vez o Novo Testamento em Xerente
Quando hoje celebramos os 50 anos de ministério do Casal Guenther  e Wanda junto aos indígenas e como missionários da JMN, redemos graças ao bom Deus por tão abençoado ministério e por tamanha dedicação ao reino de Deus.
"Pois, que ação de graças podemos render a Deus por vós, por todo o gozo com que nos regozijamos por vossa causa diante do nosso Deus." (I Tes. 3.9)




A Deus toda honra e toda Glória!
Pr. Carlos Elias de Souza Santos

Mensagens de ação de graças pela vida do Casal Krieger.

Joed Venturini, Médico, Mestre em Missiologia, escritor e conferencista. Missionário por 18 anos em Portugal e Guiné-Bissau.
Falar do Pr. Gunther e Irmã Vanda é falar do coração de missões. Algumas palavras me ajudam a entender esse ministério especial a saber: encarnação, dedicação e perseverança.

Encarnação porque eles realmente viveram a missão. Trocaram os confortos do mundo ocidental pela vida simples próxima do povo que Deus colocou em seu coração. Aprenderam cultura e língua a ponto de penetrar na cosmovisão local e por isso mesmo desenvolveram um ministério tão especial e abençoado. Sem encarnação não há missão. Gunther e Wanda encarnaram.

Dedicação porque ao longo de todos estes anos se deram de modo completo e integral. Não pouparam esforços, não mediram sacrifícios. Deram tudo o que tinham e aquilo que nem sabiam ter. Sua dedicação ao Senhor e ao povo que Deus lhes deu os levou a fazer coisas e a viver experiências das quais só ouvimos falar. Missão real exige dedicação total.

Perseverança porque onde outros caíram Gunther e Wanda se mantiveram. Quando outros desistiram eles continuaram. Entenderam que a missão necessita de tempo, a mensagem tem que ser vivida, a cultura tem que ser assimilada. Tudo isso leva só uma vida... e eles deram a deles em perseverança extraordinária e tenacidade veraz.

Gunther e Wanda são nosso rico patrimônio. Exemplos vivos da missão personificada. Tenho alegria de os conhecer e orgulho de ter recebido deles aprovação e apoio. Servos assim vemos poucas vezes. Vidas assim temos necessariamente que imitar.

Ivo Augusto Seitz, Porto Alegre RS.

DE TODOS OS POVOS
Quando a Gladis e eu seguimos para o campo missionário em Carolina, MA, passamos por todo o Tocantins, conhecendo obreiras e obreiros, famílias e igrejas de que ouvíamos falar desde cedo. Tocantínia e Miracema foram paradas obrigatórias. Ali o pr. Guenther e d. Wanda nos receberam como se fossemos seus filhos. Fizeram com que demorássemos nossa estada, aproveitando para aperfeiçoar nossa visão transcultural, gaúchos que ainda desconhecíamos o norte, nordeste e sertão. Excelente curso intensivo!

Depois trabalhamos juntos em Carolina, mais adiante ficamos distantes no mapa quando estivemos na Amazônia, e voltamos a conviver quando voltamos à sede no Rio, com os eventos e viagens.

O pr. Guenther trabalhava todos os dias na tradução do Novo Testamento Xerente, sem os recursos da informática de hoje, tendo que digitar páginas inteiras sem qualquer rasura, pela impossibilidade de conserto. Quem acompanhou as lutas imensas para que a obra estivesse completada, revisada em nos exigentes níveis das ciências da Lingüística e Comunicação sabe que a vitória só foi possível pela graça de Deus.

Destaco a simplicidade deste querido casal, com seus filhos Orlando Luís, Guenther Carlos e Marcos Fernando, e desejo que o Jubileu de Ouro de Ministério leve a eles nossa gratidão, sabendo que, no Senhor, o nosso esforço nunca é vão (1 CO 15.58). Que muitos outros apresentem suas vidas para a expansão do Reino de Deus até que ele reúna todas as gerações, de todos os povos, nações e línguas na sua presença.

A CRIANÇA E E IDOSO

Do dia 1º de outubro até o dia 12 de outubro, nós percorreremos dois extremos da vida humana: a infância e a terceira idade.

Tudo isso porque no dia 01/10 celebramos o “Dia Internacional da Terceira Idade” e no dia 12/10 comemoramos o “Dia da Criança”.

Qual é de fato a diferença maior entre um idoso e uma criança? Creio que se não fossem as grandezas tempo e crescimento a diferença seria nenhuma. Ambos seriam realmente iguais. Mas, graças ao tempo e ao crescimento idosos e crianças estão vivendo etapas diferentes em suas vidas.

Pensando na terceira idade, ou mesmo no idoso, já há entre eles o que diferenciar. Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecemos encontrando sempre a oportunidade na mudança. Que diferenças podem ser encontradas nesses termos?

Idoso é quem tem muita idade; velho é quem perdeu a jovialidade. A idade causa a degenerescência das células; a velhice, a degenerescência do espírito. Você é idoso quando se pergunta se vale à pena; você é velho quando sem pensar responde não.

Você é idoso quando sonha; você é velho quando já nem ensina. Você é idoso quando ainda aprende; você é velho quando apenas descansa. Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; você é velho quando todos os dias parecem o último de uma grande jornada. Em suma, idoso e velho podem ter a mesma idade no cartório, mas tem idades diferentes no coração. Não esqueçam que envelhecer é obrigatório, amadurecer é opcional.

E a criança? O que significa ser criança? Para alguns, ser criança é acreditar que tudo é possível. Ser criança é gostar da brincadeira, do sonho, do impossível. Criança é saber quase nada e poder quase tudo. Ser criança é não gostar de relógios e compromissos. É ter pouca paciência e muita pressa. E ser criança é, também, ser o adulto que nunca esqueceu da criança que foi um dia.

O grande desafio de ser criança ou mesmo em ser idoso está exatamente na questão do amadurecer. Este é sim é o grande desafio: amadurecer.
“.... A julgar pelo tempo, já devíeis ser mestres! Contudo ainda necessitais que vos ensinem os primeiros rudimentos da palavra de Deus, e vos tornastes tais, que precisais de leite em vez de alimento sólido! Ora, quem se alimenta de leite não é capaz de compreender uma doutrina profunda, porque é ainda criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que a experiência já exercitou na distinção do bem e do mal. (Hb 5, 12-14).

O amor do Pai conduziu Jesus no caminho da maturidade. Logo após o encontro de José e Maria com Jesus no templo, onde Ele diz "Não sabeis que preciso ocupar-me das coisas de meu Pai", a palavra nos diz: Crescia em estatura sabedoria e graça diante de Deus e dos homens. O itinerário de amor do Pai pelo seu filho Jesus que o fazia crescer no amadurecimento humano e espiritual, até a morte de si mesmo, é nosso também. Aquele que se torna filho é conduzido pelo Pai pelo mesmo caminho do Filho.

Caminhemos juntos idosos e crianças na busca da maturidade cristã.

Que para tanto o Senhor nos abençoe.