MENSAGEM DE CONSOLAÇÃO


Uma Mensagem de Consolação.

“E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem”.  (Apocalipse 14:13).

Existem muitos problemas e tribulações que vêm sobre o crente nesse "vale de lágrimas", mas nenhum deles é tão perturbador quanto a morte. A morte é algo que lança temor no mais forte coração, pois é o fim dessa vida terrena. Na morte o corpo se dissolve e volta ao pó, e com essa dissolução do corpo tudo o que pertence à nossa vida terrena é destruído.

Além do mais, não há como escapar das garras da morte. Com a exceção daqueles que estarão vivos no retorno de Cristo, todos devem morrer. Deus diz: "… aos homens está ordenado morrerem uma vez …" (Hebreus 9:27). Isso é verdade do jovem, bem como do mais idoso. Não sabemos o dia, nem a hora quando Deus nos dirá: "Esta noite te pedirão a tua alma" (Lucas 12:20). Qualquer um de nós pode morrer a qualquer momento.

Tudo isso faz da morte uma coisa muito assustadora. Para muitas pessoas ela é algo a ser temido. O próprio pensamento da morte enche seus corações de terror. A antecipação da morte traz sentimentos tais como desespero e desesperança, e as pessoas farão quase tudo para evitar sua inevitabilidade.

Contudo, para o cristão as coisas são diferentes.

1)    O CRISTÃO NÃO PRECISA TEMER A MORTE.

Como Cristão, ele não teme a morte. Com o salmista ele diz: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum …" (Sl. 23:5). Mesmo que esteja andando no "vale da sombra da morte," ele não teme. Ele sabe que a morte não é o fim de tudo para ele. Ele não morre como a besta do campo. Não morre como alguém sem esperança. Pela graça ele crê que Deus lhe deu a vida eterna, e que a morte é o meio pelo qual ele passa para uma experiência mais gloriosa dessa vida. "Tragada foi a morte na vitória" (1Co. 15.54).

2)    O CRISTÃO DESFRUTA DA ESPERANÇA.

A esperança do crente está fixa no dia do retorno do nosso Senhor, e na ressurreição do seu corpo dentre os mortos. Embora seu corpo retorne ao pó, o mesmo não permanecerá nessa corrupção. Ele será levantado dentre os mortos. O corruptível se vestirá de incorrupção, e o mortal de imortalidade. "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro" (1Ts. 4:16).

Essa é uma das razões pelas quais o crente PODE TER ESPERANÇA. Ele espera avidamente a vinda de Cristo. Ele anseia pelo dia quando será transformado "num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta" (1Co. 15:52). Nesse momento glorioso todos do povo de Deus serão glorificados e entrarão na bem-aventurança dos novos céus e nova terra. Assim, a oração diária de todo filho de Deus é: "Ora vem, Senhor Jesus" (Ap. 22:20).

Mas isso não é tudo. A esperança do crente não é somente que ele será ressuscitado dentre os mortos quando Cristo retornar, mas que após a morte ele entrará imediatamente na presença de Cristo.

3)    O CRISTÃO SABE QUE SEU LAR É O CÉU.

O filho de Deus espera a morte para chegar ao céu. Embora o corpo retorne ao pó e não será ressuscitado até o último dia, na morte, a alma é levada ao céu. Na morte, o crente desfruta conscientemente da bem-aventurança de estar com o seu Senhor e Salvador.

A Bíblia deixa muito claro que todo Cristão pode ter conforto no fato que quando morre, sua alma vai imediatamente para o céu.

Vemos isso a partir das palavras pronunciadas por Cristo ao ladrão sobre a cruz. Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso" (Lucas 23:43).

Jesus deixou muito claro que o ladrão estaria com ele no céu no mesmo dia em que ambos morreram. Na morte, o ladrão iria para o céu.

Da mesma forma, o apóstolo Paulo cria que na morte o crente vai imediatamente para o céu. Em 2 Coríntios 5:1, ele diz: "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus."

Quando nossa "casa terrestre" – o corpo e tudo o que pertence à nossa vida terrena – se dissolver na morte, não seremos deixados nus. Há "de Deus um edifício" no céu, no qual habitaremos. Essa não é a ressurreição do corpo, mas um estado celestial de glória que o crente entra na morte. Ao morrer, o crente entra na glória do céu.

Não deveria nos surpreender, portanto, que o apóstolo afirma também: "Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho" (Fp. 1.21).

Que ganho haveria, se na morte um cristão não fosse para o céu? Que ganho existiria, se sua alma entrasse em outro lugar que não o céu? Mas visto que a alma do crente vai para o céu imediatamente após a morte, a morte é ganho. Para o crente, a morte é a passagem que o leva desse "mundo" para a glória do céu.

Ó, quão glorioso é o céu!

No céu o crente não experimentará nunca mais o pecado, sofrimento e tristeza. Todas essas coisas não mais existirão. Não haverá nenhum velho pecador. Finalmente o crente estará completamente livre da sua natureza má, de forma que será impossível que ele peque. Com o fim de seu pecado, findará também tudo o que o seu pecado traz – o sofrimento e a tristeza desta vida.

Visto que está no céu, e não na terra, ele não mais enfrentará a perseguição e crueldades dos ímpios. Sua alma estará em descanso, como a voz do céu proclama:

"Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem" (Ap. 14:13).

No céu o crente experimentará a bem-aventurança da comunhão com todos os outros santos que morreram e foram para o céu. Jesus diz: "… muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no reino dos céus" (Mt. 8:11).

Pense nisso!

Quando o crente morre, ele vai para o "seio de Abraão," onde se assentará com Abraão, Isaque, Jacó e todos os santos que foram para lá antes dele. Ele se reunirá com os seus amados que morreram no Senhor. O céu será como um grande banquete, no qual o povo de Deus desfruta da companhia uns dos outros, e se regozijam na bem-aventurança da sua salvação.

A esperança do céu, contudo, é muito mais que comunhão com os santos. No céu o crente experimentará a bem-aventurança da comunhão com Cristo, e em Cristo, comunhão com Deus.

O apóstolo nos ensina que "enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor" (2Co. 5:6). Isso porque o Senhor está no céu, e nós na terra. Mas "deixar este corpo" é "habitar com o Senhor" (2Co. 5:8). Quando o crente morre e vai para o céu, ele entra na presença de Cristo. Ele vê Cristo em todo lugar e sempre. Ele o vê como nunca o viu antes, pois o verá face a face.

Assim, na morte o crente entra numa experiência maior do pacto da graça. Ele conhece o amor e a graça de Deus como nunca conheceu antes. Ele anda e fala com Deus de uma forma mais íntima e amorosa. Ele sabe, sem a menor sombra de dúvida, que Deus é o seu Deus e que habitará com ele agora e para sempre. Seu coração está cheio, transbordando em louvor e adoração a Deus.

Não estamos dizendo que na morte o crente entra em seu estado final de glória. Devemos lembrar que na morte o corpo do crente ainda está no túmulo, os céus e a terra ainda não terão sido feitos de novo, e os santos de Deus não estarão todos reunidos. Todavia, esse estado intermediário da alma é o princípio dessa glória eterna que nos espera. É algo que deve dar grande conforto a todos do povo de Deus. No meio de todas as tristezas que pertencem à morte, o crente tem uma esperança maravilhosa. Ele sabe que está indo para o céu!

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